segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

21 de maio

21 de maio


1873 - Corumbá elevada à comarca


Pela lei provincial n.1 de 21 de maio de 1873, do presidente da província de Mato Grosso José da Silva Reis, é criada a comarca de Corumbá, antes ligada à comarca da capital. A disposição ocorre com a ampliação de três para quatro comarcas, nos termos do artigo 1° da citada lei:

"Art. 1° - As três comarcas ora existentes na província, ficam divididas em quatro, a saber: 

§ 1° - A primeira compreenderá os termos de Cuiabá, Poconé, Rosário e Diamantino, sob a denominação de comarca de Cuiabá.

§ 2° A segunda, os municípios de da cidade de Mato Grosso e Vila Maria, sob a denominação de comarca de S. Luiz de Vila Maria.

§ 3° - A terceira, os municípios da vila de Corumbá e da vida de Miranda, ficando este último. desde já, desligado do termo de Cuiabá, a que tem estado provisoriamente ligado, sob a denominação de comarca de Santa Cruz de Corumbá.

§ 4° - A quarta compreenderá o município único da vila do Paranaíba, sob a denominação de comarca de Santana do Paranaíba".

FONTE: Leis da província de Mato Grosso, 1835 a 1912, página 7.





21 de maio


1925 - Klinger dá ultimato à coluna Prestes







Nas proximidades de Dourados as tropas da Coluna Prestes recebem um emissário do governo, com carta do major Klinger, da Circunscrição Militar de Campo Grande, com o seguinte ultimato:

Meus destemidos camaradas.

(...) Apelo pois para vosso patriotismo, que tem sido certamente o supremo móvel da vossa ação, a fim de ter afinal um termo esta luta ingrata, que já agora só pode, sem outro resultado, aumentar a desgraça do país e de seus filhos, cavar mais fundo a cisão e aumentar os ódios. Ofereço de iniciativa exclusiva minha que será imediatamente posta em aplicação sob minha responsabilidade pessoal se aceitardes o seguinte:


1 - Todas as forças revolucionárias de Mato Grosso entregam suas armas, munições, cavalos e todo o material de qualquer espécie que tenham em seu poder.


2 - Todos os oficiais e um décimo das praças a critério dos chefes revolucionários terão trânsito livre para passarem incontinenti a fronteira mais próxima.


3 - Pormenores a fixar entre um chefe representante dos revolucionários e um representante meu.



A coluna simplesmente ignorou o ultimato.



FONTE: Domingos Meireles, A noite das grandes fogueiras, Editora Record, Rio, 1995, página 295.








21 de maio


1951 - Rondon agradece a Demosthenes Martins



Presidente do Conselho Nacional de Proteção ao Índio, o general Rondon agradece ao secretário Demosthenes Martins, de Interior, Justiça e Finanças de Mato Grosso por homenagem recebida, em seu aniversário, 5 de maio:

Foi com imensa satisfação que chegou ao meu conhecimento a notícia de que o eminente amigo patrocinara uma iniciativa no sentido de que minha data natalícia não passasse despercebida no meu muito querido Estado de Mato Grosso. 

"Essa satisfação a que me refiro, não foi devida a adoção gentilíssima da homenagem, pois, como mil e uma vezes tenho reiterado, em toda minha vida consagrada à grandeza do Brasil e ao serviço da República, nada mais fiz do que cumprir o meu dever; daí, meu princípio de que ‘não pode haver maior felicidade do que poder se chegar ao fim da vida com a consciência de se ter cumprido o dever.’


"Essa satisfação, repito, foi imensa porque essa grata iniciativa de V. Exa. teve a virtude de evidenciar a simpatia e a solidariedade nascida nos dias em que a Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, teve a ventura de contar, entre os seus colaboradores dedicados, o ilustre nome de V. Exa., razão que explica a generosidade das palavras empregadas ao referir-se a este modesto mato-grossense e explica, igualmente, a erudição histórica com que V. Exa. narrou episódios vividos em pelno sertão, ao serviço do Exército, da República e da Pátria.


"Deveras comovido pelas atenções com que V. Exa. me honra, venho reiterar ao ilustre costaduano e amigo os meus protestos da mais elevada estima e distinta consideração.” 



FONTE: Demósthenes Martins, A poeira da jornada, edição do autor, Campo Grande, 1980, página 180. 

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