1867 – Coronel Camisão morre de cólera na retirada da Laguna
Na guerra contra o Paraguai, a epidemia de cólera-morbus que dizimava a coluna na retirada da Laguna, acometera o seu comandante-chefe, coronel Carlos Camisão. Taunay revive o drama:
A 29 tornou-se evidente que o Coronel morreria. Por vezes vencera o sofrimento aquela dignidade que tanto zelara: ‘Dizem que a água mata, exclamava, dêem-ma, quero morrer!’ Caiu num estado de torpor e sonolência e o corpo cobriu-se-lhe de manchas violáceas. Às sete e meia fez supremo esforço; levantou-se do couro em que estava deitado, apoiou-se sobre o capitão Lago, e perguntou-lhe onde estava a coluna, repetindo ainda que a salvara. Depois, voltando os olhos, já vidrados, para o seu ordenança, exclamou em tom de comando: ‘Salvador! Dê-me a espada e o revólver.’ Procurou afivelar o talim e exatamente nesta ocasião deixou-se rolar no chão murmurando: ‘Façam seguir as forças, que vou descansar.’ E assim expirou.
Naquele mesmo dia, com a morte do tenente-coronel Juvêncio Manuel Cabral de Menezes, assume o comando da coluna, o major José Tomás Gonçalves.
FONTE: Taunay, A retirada da Laguna, 14ª edição, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1942, página 120
29 de maio
1929 – Chega ao porto de Santos o Kanagawa Maru
Procedente de Okinawa, chega ao Brasil o navio japonês Kanagawa Maru, trazendo um grupo de famílias, destinadas à lavoura, na fase de maior intensidade da imigração nipônica. Muitos deles vieram para Campo Grande, onde a colônia exerce grande influência cultural, completamente integrada à vida social da cidade.
FONTE: Evandro Higa, Série Campo Grande 2001, Fundação de Cultura do Município, Campo Grande, 2001, página 77.
29 de maio
1936 - Corumbá-Cuiabá via Pantanal: uma viagem confortável, aprazível e demorada
Apesar de demorada, as viagens do Sul do Estado para Cuiabá eram ainda mais rápidas e menos arriscadas ao final da década de 30, do século passado via fluvial, pelos rios Paraguai, São Lourenço e Cuiabá, mesma rota estabelecida pelos bandeirantes no século XVIII. Além de mais aprazíveis e confortáveis, naturalmente. Somente em 1936, seria criado um serviço regular de transporte rodoviário entre Campo Grande e Cuiabá, o que, por suas inúmeras dificuldades, não concorria com o sólido serviço de navegação fluvial.
Várias empresas mantinham linhas regulares entre as duas cidades, sendo dessas a mais conhecida e preferida dos passageiros pela qualidade do serviço, a Empresa de Navegação Fluvial de Miguéis & Cia, com matriz em Corumbá, seguramente a mais antiga, em atividade até os dias atuais.
Para informar os clientes e antecipar-se à concorrência, a empresa recorria aos anúncios em jornais de Corumbá e Cuiabá.
FONTE: Jornal O Matto-Grosso (Cuiabá), 29 de maio de 1936.
29 de maio
1945 - Fundada a Associação Comercial de Dourados
Fundada por uma assembleia que se reuniu às 10 horas da manhã no salão principal do Hotel Modelo,localizado na avenida Marcelino Pires, a Associação Comercial de Dourados. Compareceram à reunião - convidados pelos empresários locais - os componentes da diretoria da Associação Comercial de Ponta Porã, o dr.Wilson Dias de Pinho, diretor do serviço de imprensa do território de Ponta Porã, comerciantes,industriais e contadores também de Ponta Porã. Na ocasião procedeu-se a eleição da primeira diretoria da entidade e de seu conselho consultivo. A primeira diretoria teve a seguinte composição: Presidente Wilson Sá Santos; vice-presidente Armando de Campos Bello;1ª secretária Glória Ferreira; 2° secretário Antonio de Campos Leite; 1° tesoureiro Raul Frost; e segundo tesoureiro Elias Milan. Para o Conselho Consultivo foram eleitos Ataliba Fagundes, João Cândido da Câmara, Austrilio Ferreira de Souza, Carlos Garcett, Azis Rasselen e Albertina Pereira de Mattos.
FONTE:Regina Heoliza Targa Moreira, Memória Fotográfica de Dourados, UFMS, Campo Grande, 1990, página 99.
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