domingo, 6 de fevereiro de 2011

31 de março

31 de março

1877 - Corumbá: extravio da bagagem milionária do barão de Vila Maria

Morto a bordo do navio que o levava de volta do Rio para Corumbá, o Barão de Vila Maria teve parte de sua bagagem extraviada, o que segundo sua esposa. se constituía em objetos de elevado valor financeiro:

"A.S. Alteza Imperial e aos Exmos. ministros da marinha e justiça

A baronesa de Vila Maria, viúva do barão do mesmo nome, falecido a bordo do transporte de guerra Madeira, do qual era comandante o capitão-tenente Manoel de Moura Cirne, e sepultado na ilha de Flores, em Montevideo, recorre à clemência e equidade do governo imperial, para que, fazendo-lhe a justiça dievida, lhe seja remetida ou entregue a seu procurador na corte, o espólio do referido finado, do qual não apareceu se não algum dinheiro, parte das joias e uma mala com papéis de pequena importância, faltando toda a bagagem e encomendas de muito valor, que o mesmo finado trazia no seu regresso para esta província.

Corumbá, 31 de março de 1877.

Baronesa de Villa Maria".

FONTE: O Globo (RJ), 3 de maio de 1877.



31 de março

1892 - Militares propõem em Corumbá a criação da República Transatlântica  de Mato Grosso


Coronel João da Silva Barbosa, comandante militar do Estado


Reunido em Corumbá o alto comando militar de Mato Grosso, à frente o coronel João da Silva Barbosa, decide entre outras medidas para sustentar o golpe de 22 de janeiro contra o governo constitucional do Estado, propor a desanexação de Mato Grosso da federação brasileira. A ideia foi registrada em ata firmada por oficiais do 21 de Infantaria, que se opuseram à ideia de "libertação" Estado:

"A algumas objeções de que não havia meios de resistência, declarou que meios havia e que o principal era declarar livre o Estado de Mato Grosso e oficiar às repúblicas do Prata, porque estas, para manter neutralidade não consentiriam passar forças pelos rios que banham a mesma república."


O documento é a marca da primeira dissidência ao malfadado movimento seccionista militar:


"Não concordam também na declaração de Estado livre de Mato Grosso o República Transatlântica de Mato Grosso, porque como filhos dele, sabem que o Estado não dispõe de recursos; finalmente não aderem a movimento algum que tenha por fim repelir atos e ordens do governo federal."


A ata da dissidência é assinada por Antônio Velasco, capitão; Antônio Manoel Martins Filho, tenente-ajudante; Urbano Vieira da Silva, tenente-secretário interino; Vicente Rabelo Leite Sobrinho, alferes quartel-mestre; e João Gomes Monteiro, alferes. 





FONTE: Miguel A. Palermo, Nioaque, evolução política e revolução de Mato Grosso, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1992, página 95.




31 de março

1934 - Circula revista Civilização



Com direção de Peri Alves Campos, Franklin Cassiano da Silva, Alberto de Castro, tendo Cecílio Rocha como secretário geral, circula em Campo Grande a revista Civilização, publicação de cunho literário, bem definido em seu primeiro editorial:

"Em nossas colunas pontificarão autênticos pontífices das letras matogrossenses, alguns velhos, outros moços - todos porém dentro das suas ideologias e crendices. Ombreando-os também surgirão os de espírito-novo, não importando o branquear de suas cãs, bem como a sua maior ou menor idade." 



FONTE: Rubens de Mendonça, História do jornalismo em Mato Grosso,edição do autor, Cuiabá, 1963, página 102.





31 de março

1964 - Golpe de Estado derruba Jango Goulart







Forças armadas derrubam o governo constitucional no Brasil e iniciam o mais longo período de ditadura no país. O governador de Mato Grosso, Fernando Correa da Costa, foi um dos primeiros a apoiar o golpe. De Cuiabá seguiram tropas sob o comando do coronel Meira Matos (foto), para incorporar às forças rebeladas do general Mourão Filho, que se dirigiam de Juiz de Fora (MG) para o Rio de Janeiro. 

No Sul de Mato Grosso houve a imediata adesão da 9a. Região Militar e foi grande a perturbação com a prisão de comunistas, petebistas, sindicalistas e oposicionistas em geral em todas as cidades. 

Em Campo Grande, a repressão contou ainda com o apoio civil da Ademat, Ação Democrática Matogrossense, associação de extrema direita, composta entre outros por Cláudio Fragelli, Agostinho Bacha, Rodolfo Andrade Pinho, Alcindo de Figueiredo, Vicente Oliva, Oswaldo Bucker, Italívio Coelho, Assis Brasil Correa, Ludio Coelho, João Rocha, Roberto Spengler, Cândido Rondon, Arlindo Sampaio Jorge, Anísio de Barros, Irmão Bello, Daniel Reis, Ladislau Marcondes, Cícero de Castro Faria, Munier Bacha, Antonio Lopes Lins, Amando Barbosa, Annes Salin Saad, José Ferreira, Geraldo Correa, Eduardo Metello, José Cândido de Paula e Cel. Câmara Sena. 




FONTE: REVISTA BRASIL-OESTE nº 92, página 45.


31 de março

2020 - A primeira morte por covid 19 em Mato Grosso do Sul

Faleceu em hospital provado de Dourados, a primeira vítima da covid 19 em Mato Grosso do Sul. A vítima é uma mulher de 64 anos, residente do município de Batayporã

A investigação da Secretaria de Estado de Saúde apontou que a paciente contraiu o coronavírus através do contato com duas irmãs que chegaram da Bélgica, dias antes do início de sintomas da paciente. Apesar das duas serem assintomáticas, uma delas testou positivo para Covid-19. A paciente foi internada primeiramente no dia 16 em hospital particular de Nova Andradina e depois foi transferida para um Hospital privado em Dourados no dia 26.

A vítima tinha pneumopatia crônica o que pode ter contribuído com a grave evolução do quadro.


FONTE: Secretaria de Saúde MS, 31/03/2020

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