1929 - Fundado o Centro Beneficente Português de Campo Grande
É oficialmente criado o Centro Beneficente Português de Campo Grande por uma comissão formada por Manoel Secco Thomé, Henrique Fonseca, Antonio da Silva Vendas, Antonio Fernandes e Guilhermino Pereira dos Santos. Instalado à rua Barão do Rio Branco (entre a 14 e a Calógeras) o Centro promovia eventos sociais e atendimento de ambulatório aos seus associados. Na trajetória da entidade, segundo Ernesto Rodrigues, ex-dirigente na década de 60, consta a participação de jovens descendentes dos imigrantes que deram um novo caminho na administração, liderados por Fernando Gonçalves, cônsul honorário de Portugal em Mato Grosso do Sul.
Do patrimônio do clube fazia parte uma área em frente ao então estádio Belmar Fidalgo e uma chácara, na região da Logoa da Cruz. Com a venda dos imóveis foi adquirida uma área no Jardim Autonomista onde passou a funcionar a Associação Luso-Brasileira, mantenedora do Clube Estoril.
FONTE: Revista do Arquivo Histórico de Campo Grande (Arca) n° 7, Campo Grande, 2000, página 11.
14 de julho
1932 – Rebeldes ocupam Coxim
Centro de Coxim na década de 30 |
Deflagrada a 9 de julho a revolução constitucionalista de São Paulo, com adesão da Circunscrição Militar de Campo Grande, rebeldes tomam, sem resistência, a cidade de Coxim, então em poder da polícia do interventor Leônidas de Matos, de Mato Grosso. O episódio, pouco valorizado pela historiografia, tem como fonte item do relatório do prefeito nomeado de Coxim, Jorge Adalberto Castilho, ao Conselho Consultivo Municipal, em 31 de dezembro de 1932:
Alegou que, além de todos os problemas existentes, teve a sua administração perturbada pela ocupação da cidade pelas forças rebeldes ligadas ao Movimento irrompido em São Paulo e Sul de Mato Grosso, cuja ocupação ocorreu no dia 14 de julho e só se retirando no dia 6 de outubro de 1932.
No mesmo relatório o prefeito dava conta de que o "tráfego para Cuiabá estava interrompido em virtude da destruição da ponte sobre o rio Piquiri, pelos rebeldes que ocuparam a cidade".
A interrupção na reforma do Código de Posturas Municipais é atribuída à "presença dos revoltosos na cidade durantes alguns meses".
FONTE: Ronan Garcia da Silveira, História de Coxim, Prefeitura de Coxim, 1995, página 171.
FOTO: João Ferreira Neto, Raizes de Coxim, Editora UFMS, Campo Grande, 2004, página 230.
14 de julho
1932 - Morre José de Barros Maciel, líder ruralista de Corumbá
Morre em Corumbá o pecuarista e político João de Barros Maciel. Nascido em 24 de setembro de 1876, em Nossa Senhora do Livramento, filho Manuel Venceslau de Barros e Augusta Leite de Barros, estudou no Liceo Cuiabano, diplomando-se em ciências humanas. Bacharel em Direito e licenciado para o exercício da agrimensura, exerceu a função de diretor da Repartição Estadual de Terras. Medindo terras na região do Pantanal terminou interessando-se pela região e mudou-se para Corumbá, onde passaria a maior parte de sua vida. Em pouco tempo tornar-se-ia uma das maiores fortunas de Corumbá e Mato Grosso, assumindo a liderança dos produtores, como um dos fundadores do Centro dos Criadores da Nhecolândia.
Na política elegeu-se deputado estadual e destacou-se na Assembléia Legislativa em Cuiabá, como expressivo defensor de Corumbá e dos pecuaristas da região.
FONTE: Nilo Póvoas, Galeria dos varões ilustres de Mato Grosso, Fundação de Cultura de Mato Grosso, Cuiabá, 1978, página 71
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