1869 – Corumbá transformada em zona franca
Decreto n. 4.388 do governo imperial confere ao principal porto de Mato Grosso a privilegiada condição de zona de livre comércio. A medida era extensiva a toda a província:
Usando da atribuição conferida pelo artigo 8º da Lei n. 1352, de 19 de setembro de 1866, hei por bem conceder, por espaço de dois anos, completa isenção dos direitos de consumo às mercadorias que forem importadas na província de Mato Grosso e os da importação aos gêneros de produção nacional.
Para o historiador, esta "isenção de impostos de importação,com que o Governo Imperial beneficiou a Alfândega local, animou o comércio corumbaense, que renasceu pujante".
"Tornou-se o rio Paraguai frequentado por navios que lhe proporcionavam tecidos, ferragens, sal, outros artigos em troca de couros, solas, carne seca, ipecacuanha, entre os mais valiosos da pauta da exportação.
Também conduziam máquinas de maior peso, como a primeira que se destinou ao fabrico de açúcar à margem do Cuiabá. Transportou-a, por volta de 1880, o vapor 'Dona Constança', em chata rebocada.
O exemplo seria, sem tardança, imitado por outros industriais do Rio Abaixo. Contemporaneamente, entrou a funcionar uma saboaria em Corumbá e charqueada em Cáceres,uma utilização das boiadas das fazendas circunjacentes, ao tempo em que também se ensaiava a extração do látex das seringueiras".
FONTE: Virgílio Correa Filho, História de Mato Grosso, Fundação Júlio Campos, Várzea Grande, 1995, páginas 552 e 571.
15 de julho
1886 – Bispo de Cuiabá chega a Corumbá
Dom Luis, prelado de Cuiabá, chega a Corumbá em sua primeira viagem ao Sul de Mato Grosso. Sua parada inicial na região é narrada pelo escriba da missão, cônego Bento Severiano da Luz:
Na madrugada do dia 15 o vapor fundeou no porto de Corumbá e logo que amanheceu o povo aglomerou-se ali para ver o desembarque de S. Exa. Rvma. Às 7,00 horas vieram a bordo os srs. capitão de mar e guerra Francisco Freire Garção, o rvmo. padre encarregado da paróquia e outros cavalheiros entre os quais o sr. tenente Gomes Esteves, que fez grandes oferecimentos ao sr. Bispo e muito alegrou-se pela honra que deu-lhe S. Exa. indo hospedar-se em sua casa.
As 8,00 horas o prelado saltou em terra, sendo-lhe prestadas as continências militares de estilo, ao meio dia realizou-se o ingresso solene na matriz da freguesia, sendo S. Exa. rvma. recebido à porta do templo pelo rvmo. vigário. Findas as cerimônias costumadas, o sr. bispo pregou anunciando aberta a visita pastoral e quais seus fins e depois mandou publicar as indulgências.
Em frente à matriz se achava uma guarda de honra.
Ultimado o ato religioso, S. Exa. recolheu-se para a casa de sua residência, até onde teve um brilhante acompanhamento.
FONTE: Luis-Philippe Pereira Leite, Bispo do Império, edição do autor, sd., página 133.
15 de julho
1953 - Bispo de Corumbá visita Figueirão
O distrito de Figueirão, no município de Camapuã, recebe a primeira visita de um prelado da igreja católica. É festivamente recepcionado pela população do patrimônio, Dom Orlando Chaves (foto), bispo de Corumbá, acompanhado do frei Otaviano e do padre Rodolfo. A viagem de Coxim foi feita em um jipe e eles permaneceram três dias no povoado, hospedados na escola. A vizinhança compareceu em massa, a cavalo, a pé, de carros de bois. Além das missas realizaram-se dezenas de crismas, batizados e casamentos.
FONTE: Admar de Araújo, Figueirão, Editora Iaçu Porã, Campo Grande, 2005, página 73.
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