19 de julho
1881 - Descoberta jazida de ferro em Corumbá
Liberadas análises químicas de uma jazida nas proximidades de Corumbá. A análise feita pela Casa da Moeda deu: ferro 53,701%, sílica 21,783%. Em outra análise feita na Inglaterra, o resultado foi o seguinte: óxido de ferro, 59,4 e ferro metálico, 41,58. A diferença é explicada pela diversidade das amostras apresentadas.
"O sr. engenheiro Leandro Dupré afirma conhecer aquela jazisa, que vai de Piraputangas (margem do rio Paraguai) até o sítio do Colombo, numa extensão de cinco a seis léguas, oferecendo grande quantidade de minérios que pode ser extraído a céu aberto. Havendo à mão boas matas para fornecerem o combustível, mananciais para darem a força motriz e numerosos rios com o Paraguai, São Lourenço, Cuiabá, Jauru e outros para oferecerem transporte barato, entende o mesmo engenheiro que uma fábrica ali estabelecida, poderia suprir vantajosamente com os seus produtos não só a mesma província de Mato Grosso, mas ainda a de Goiás e a vizinha República do Paraguai, sendo o ferro excessivamente caro por todas aquelas redondezas".
FONTE: Jornal do Comercio (RJ), 21/07/1881.
19 de julho
1923 – Nasceem Corumbá Mário Calábria
Bacharel em Direito pela Universidade do Brasil, em 1945. Cônsul de 3ª classe em 1945. Vice-consul do Brasil em Frankfurt, consul em Munique e Berlim, na Alemanha. Secretário da delegação do Brasil à Assembléia da ONU em 1946. Designado para tomar parte nos trabalhos preparatórios de organização da Conferência Interamericana para Manutenção da Paz e da Segurança do Continente, em 1947; assistente do secretário geral da Conferência da Paz e da Segurança no Continente em 1947.
Calábria é autor de De Corumbá a Berlim e Memórias de um diplomata, livros sobre sua trajetória profissional.
Apaixonado por Corumbá, dedicou várias crônicas à sua cidade natal, publicada em jornais do Estado. A extensão do trilhos da Noroeste de Porto Esperança a Corumbá, com a chegada da maria-fumaça à cidade branca, Calábria registrou>
Hoje, é Corumbá. Minha cidade querida o onipresente. Agora, o trem da Noroeste vai passar depressa por Campo Grande, apitando rápido, só porque tem encontro marcado com Corumbá. A velha locomotiva, de trinta e cinco quilômetros por hora, não irã mais dormir em Porto Esperança. Não. Agora dormirá em Corumbá, descansará na estação de Porto Carrero e se preparará todinha para, na manhã seguinte, iniciar fogosa a aventura boliviana. Minha cidade tem rio e tem montanhas, ó gentes, tem ferro, tem apito de trem, tem meninas bonitas também! Coisas que juntas a vossa não tem.²
FONTE: ¹Rubens de Mendonça, Dicionário Biográfico Matogrossense, edição do autor, Cuiabá, 1971. Página 37. ²O Estado de Mato Grosso (Cuiabá) 25 de setembro de 1947.
19 de julho
1932 – Primeiro filme de Campo Grande estreia no Rio de Janeiro
Em plena revolução constitucionalista é exibido para a imprensa carioca Alma do Brasil, o primeiro filme nacional de reconstituição histórica, inteiramente sonorizado, produzido em Campo Grande. Sobre a produção de Alexandre Wulfes e Líbero Luxardo, assim manifestou-se a crítica:
A Fan-Film exibiu ontem para a imprensa ‘Alma do Brasil’, no Cinema Broadway, interessante e instrutivo tomado quando foi das manobras de Nioaque pelas tropas da guarnição de Mato Grosso, pretexto para a evocação, no cenário histórico da tragédia que foi a Retirada da Laguna, feito heroico imortalizado no livro de Taunay.
A impressão causada por esse trabalho, que é sincronizado pelo sistema R.C.A. Victor, foi magnífica. Ali se estampam nitidamente aspectos do Brasil bárbaro e selvagem dos campos, banhados e capoeirões de Mato Grosso e do trabalho quase ignorado mas soberbo do Exército Nacional nessas longínquas paragens, que respiram brasilidade através da instrução militar fornecida aos recrutas.
A dramática evocação das cenas cruéis da retirada da Laguna é bem feita, emociona e confrange. Vale por uma bela e justa homenagem ao bravo que foi o coronel Camisão.
"Alma do Brasil" vai ser exibido no Broadway e deve despertar, por sua oportunidade, o mais vivo interesse.
O trabalho fotográfico é excelente.
(Mário Nunes - Jornal do Brasil)
CLIQUE E VEJA O FILME
FONTE: José Octávio Guizzo, Alma do Brasil, edição do autor, Campo Grande, 1984. Página 69.
1923 – Nasce
Calábria é autor de De Corumbá a Berlim e Memórias de um diplomata, livros sobre sua trajetória profissional.
Apaixonado por Corumbá, dedicou várias crônicas à sua cidade natal, publicada em jornais do Estado. A extensão do trilhos da Noroeste de Porto Esperança a Corumbá, com a chegada da maria-fumaça à cidade branca, Calábria registrou>
Hoje, é Corumbá. Minha cidade querida o onipresente. Agora, o trem da Noroeste vai passar depressa por Campo Grande, apitando rápido, só porque tem encontro marcado com Corumbá. A velha locomotiva, de trinta e cinco quilômetros por hora, não irã mais dormir em Porto Esperança. Não. Agora dormirá em Corumbá, descansará na estação de Porto Carrero e se preparará todinha para, na manhã seguinte, iniciar fogosa a aventura boliviana. Minha cidade tem rio e tem montanhas, ó gentes, tem ferro, tem apito de trem, tem meninas bonitas também! Coisas que juntas a vossa não tem.²
FONTE: ¹Rubens de Mendonça, Dicionário Biográfico Matogrossense, edição do autor, Cuiabá, 1971. Página 37. ²O Estado de Mato Grosso (Cuiabá) 25 de setembro de 1947.
19 de julho
1932 – Primeiro filme de Campo Grande estreia no Rio de Janeiro
Cena de Alma do Brasil, o primeiro filme rodado no Sul de Mato Grosso |
A Fan-Film exibiu ontem para a imprensa ‘Alma do Brasil’, no Cinema Broadway, interessante e instrutivo tomado quando foi das manobras de Nioaque pelas tropas da guarnição de Mato Grosso, pretexto para a evocação, no cenário histórico da tragédia que foi a Retirada da Laguna, feito heroico imortalizado no livro de Taunay.
A impressão causada por esse trabalho, que é sincronizado pelo sistema R.C.A. Victor, foi magnífica. Ali se estampam nitidamente aspectos do Brasil bárbaro e selvagem dos campos, banhados e capoeirões de Mato Grosso e do trabalho quase ignorado mas soberbo do Exército Nacional nessas longínquas paragens, que respiram brasilidade através da instrução militar fornecida aos recrutas.
A dramática evocação das cenas cruéis da retirada da Laguna é bem feita, emociona e confrange. Vale por uma bela e justa homenagem ao bravo que foi o coronel Camisão.
"Alma do Brasil" vai ser exibido no Broadway e deve despertar, por sua oportunidade, o mais vivo interesse.
O trabalho fotográfico é excelente.
(Mário Nunes - Jornal do Brasil)
CLIQUE E VEJA O FILME
FONTE: José Octávio Guizzo, Alma do Brasil, edição do autor, Campo Grande, 1984. Página 69.
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