1935 –
Vespasiano eleito senador
A Constituição Federal, recém promulgada, dispunha que os primeiros senadores da República seriam eleitos pelos deputados estaduais constituintes. Atendendo a essa disposição, a Assembleia Constituinte de Mato Grosso, em votação secreta, elege os dois representantes de Mato Grosso para o Senado:
No dia 9, sob a presidência do sr. Estevão Alves Correa, presentes 24 deputados à Assembléia Constituinte declarou aberta a sessão, convocada para hoje a fim de ter lugar a eleição para os cargos de senadores federais pelo Estado de Mato Grosso, cuja ordem do dia constou da sessão anterior. Pelo sr. presidente foi dito que ia proceder a eleição dos senadores por escrutínio secreto, de acordo com as prescrições legais, suspendendo a sessão por dez minutos a fim de que os senhores deputados preparassem as respectivas cédulas. Findo esse tempo o sr. presidente reabriu os trabalhos mandando que o sr. 1º secretário procedesse a chamada dos senhores deputados que passaram a votar a medida ia sendo lido os seus nomes. Após ter votado o último deputado, o sr. presidente convidou os deputados Benjamim Duarte Monteiro e Rosário Congro para escrutinadores anunciando à Assembléia que ia proceder à apuração da eleição. Aberta a urna que antes tinha sido examinada, foram encontradas vinte e quatro sobrecartas devidamente autenticadas pela mesa e que conferiram com o número de deputados que votaram. Abertas as sobrecartas e apurados os votos encontrou-se o seguinte resultado para senadores federais: dr. João Vilasboas, com quinze (15) votos; dr. Vespasiano Barbosa Martins com treze (13) votos; dr. Aral Moreira com três (3) votos; dr. Leônidas Antero de Matos, com um (1) voto.
Foram eleitos João Vilasboas, para o mandato de 8 anos e o campograndense Vespasiano Martins, para o de quatro anos. Os mandatos duraram somente até 1937, com a decretação do Estado Novo, pelo presidente Getúlio Vargas.
Vespasiano foi o primeiro senador do Sul de Mato Grosso. Voltou a ocupar a vaga do Estado no Senado, em 1946, com a queda da ditadura de Vargas.
FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 174.
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