1839 - Fundado o Porto Alencastro
Joaquim Francisco Lopes, o Sertanejo, funda o Porto de Alencastro, no termo da estrada que abriu de Piracicada, então vila da Constituição, às margens do rio Paraná, a soldo do governo de São Paulo:
Ao alvorecer de 1838, recebeu, por ordem do presidente Gavião Peixoto, 100$000 de auxílio para as despesas da abertura e melhoramento da picada de Franca para estrada nova no interior paulista. Sob alvitre de terceiros, talvez do dr. Vergueiro, requereu à Assembleia provincial maior auxílio, que foi fixado em 250$000, pagos pela secretaria do governo.
Partiu de São Paulo para Campinas e daí para Piracicaba, então vila da Constituição. Com a colaboração de soldados e civis, encetou logo a abertura da picada em a nova estrada, de acordo com o traçado aprovado, e tal trabalho, até o trecho da via Araraquara-mirim, estava concluído em abril. O resto do ano empregou-o o Sertanejo não só na abertura da nova picada ao encontro da estrada recém-aberta até o rio Paraná, como também na retificação de voltas e curvas na estrada já concluída, para o que dispôs do auxílio de 350$000, conferido pelo presidente da província e da cooperação dominante do piloto oficial José de Campos Negreiro.
O ano de 1839 foi por ele empregado nas tarefas de melhorar as picadas para as estradas de Araraquara e do Paraná, a cuja ribeira, a 20 de outubro do mesmo ano, se fundava o porto de Alencastro, a 81 léguas da vila de Piracicaba.
O Porto de Alencastro que se conhece nos dias atuais localiza-se no rio Paranaíba, na divisa de Mato Grosso do Sul com Minas Gerais. De sua viagem de volta ao Rio, depois da célebre retirada da Laguna, Taunay refere-se ao local:
As margens do Paranayba são naturalmente barrancosas; as águas claras, têm velocidade considerável, que a constante inclinação e esforço dos sarandis, em alguns pontos mais próximos das ribanceiras, indicam, a largura é de 350 a 400 braças. Para atravessá-las existe uma barcaça composta de duas estragadas canoas de tamboril mantida pela barreira provincial de Mato Grosso, que daí tira algum rendimento.
Ainda sobre essa estrada há notícia de que em 1842, Garcia Leal e José da Costa Lima, fundadores de Paranaíba, venceram concorrência para refazê-la.
Inaugurada no dia 11 de outubro de 2003, pelo governo federal no município de Paranaíba (MS) a ponte suspensa de Porto Alencastro, sobre o rio Paranaíba, ligando os Estados do Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
FONTE: Mário Monteiro de Almeida, Episódios Históricos da Formação Geográfica do Brasil, Alvorada, Campo Grande, 2010, página 57.Taunay, Viagens de Outrora, Editora Melhoramentos de São Paulo, 1921, pag.63.
20 de outubro
1911
– Porto Murtinho transformado em vila
Por decreto do governo do
Estado a freguesia de Porto Murtinho é elevada à condição
de vila. Implantada em terras da fazenda Três Barras, do major
Boaventura da Mota, por iniciativa da Empresa Mate Larangeira, Porto
Murtinho foi por muitos anos entreposto de embarque da erva-mate, colhida
em território do sul-matogrossense para o exterior.
Houve ainda no município as indústrias de tanino: Florestal Brasileira e Quebracho do Brasil.
Houve ainda no município as indústrias de tanino: Florestal Brasileira e Quebracho do Brasil.
Sua base econômica atual é a pecuária.
FONTE: Virgílio Correa Filho, Mato Grosso, Coeditora
Brasílica, Rio de Janeiro, 1922; página175.
1948 - Crime em família abala Corumbá
Crime ocorrido em Jacadigo, na fronteira com a Bolívia, abalou a população de Corumbá e teve repercussão nacional. Três irmãos solteiros, da família Velasquez, assassinaram Ramon Velasquez, o irmão casado, com 18 tiros, no sítio onde este morava, numa disputa por terras. A notícia, publicada nos jornais da cidade e do Estado, foi destaque no Diário da Noite¹, do Rio de Janeiro:
FOTO: acervo de Felipe Velasquez (Album de Família)
20 de
outubro
1948 - Crime em família abala Corumbá
Crime ocorrido em Jacadigo, na fronteira com a Bolívia, abalou a população de Corumbá e teve repercussão nacional. Três irmãos solteiros, da família Velasquez, assassinaram Ramon Velasquez, o irmão casado, com 18 tiros, no sítio onde este morava, numa disputa por terras. A notícia, publicada nos jornais da cidade e do Estado, foi destaque no Diário da Noite¹, do Rio de Janeiro:
Segundo Felipe Velasquez, neto da vítima, os irmãos homicidas foram inocentados, alegando legítima defesa, "apesar de ser pública e notória a prática do crime".²
FONTE: ¹Diário da Noite (RJ) 27 de outubro de 1948; ²Felipe Velasquez, entrevista ao blog em 20 de maio de 2017
FOTO: acervo de Felipe Velasquez (Album de Família)
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