sexta-feira, 11 de outubro de 2013

30 de outubro

30 de outubro

1834 - Governo prende responsáveis pela Rusga




Por delação de Poupino Caldas, fundador e dirigente da Sociedade Zelosos da Independência, e governador do Estado por ocasião da Rusga, o governador Antonio Pedro de Alencastro prendeu os suspeitos de cabeças da revolta contra os portugueses e outros estrangeiros em Cuiabá.

São detidos: dr. Pascoal Domingos de Miranda, juiz de direito, Braz Pereira Bendes, professor de Lógica, Jacinto de Carvalho, promotor público, Bento Franco de Camargo, José Alves Ribeiro, Euzébio Luis de Brito, professor de primeiras letras e ajudante do batalhão e Antonio F. Mendes.

Nenhum desses consta da sentença condenatória, assinada pelo juiz José Guimarães e Silva, em 24 de junho de 1835.

FONTE: Rubens de Mendonça, Historias das revoluções em Mato Grosso, edição do autor, Cuiabá, 1970, página 47.


30 de outubro
 
1864 – Coimbra esperando ataque paraguaio

De Corumbá, o comandante da flotilha de Mato Grosso em ofício ao presidente da província, relata a situação de Coimbra, às vésperas do ataque paraguaio ao forte:

“A 30 do mês findo cheguei aqui de volta do Forte de Coimbra, para onde fui conduzindo o batalhão de artilharia da província. Provavelmente V. Exa. terá recebido uma participação circunstanciada do estado daquele forte, assim como de outras diligências procedidas pelo exmo. Sr. Comandante das Armas, que comigo regressou no mesmo dia; todavia direi à V. Exa. que não é satisfatório o estado do dito forte, contudo pode resistir aos navios do Paraguai e defender-se talvez de seus ataques por terra. O exmo. sr. Comandante das Armas determinou alguns melhoramentos e serviços que entende serão de vantagem, e pretende fortificar a antiga posição da Marinha em frente ao mesmo forte, de modo que, cruzando os fogos, se auxiliem mutuamente.”
  


FONTE: Jorge Maia, A invasão de Mato Grosso, Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1964, página 37.


30 de outubro

1930 - Nasce em Aquidauana Nelson Trad





Filho de Assf e Margarida Macksoud Trad, nasce em Aquidauana, Nelson Trad. Aos 12 anos em Campo Grande, conclui o curso ginasial no Colégio Dom Bosco. Em 1950, no Rio de Janeiro, faz o Científico (ensino médio) no Internato Irmãos Maristas. Em 1953 ingressa na Faculdade de Direito do Catete, destacando-se na política estudantil, com presidente da AME - Associação Matogrossense de Estudantes, do centro acadêmico de seu curso de Direito e da UME- União Metropolitana de Estudantes.

Conclui o curso de Direito em 1957 e retorna a Campo Grande, onde passa atuar com advogado criminalista e a dedicar-se às atividades partidárias, como filiado do PTB. Em 1959 elege-se vereador e em 1962, vence a eleição de vice-prefeito de Campo Grande, numa dobradinha com o PSD, de Antonio Mendes Canale. Naquele tempo as eleições para prefeito e vice eram separadas e Nelson Trad superou a votação do titular da chapa.

Cassado em 1964 pelos militares, Nelson Trad voltaria à vida pública em cargo eletivo somente em 1982, quando se elege deputado estadual pelo PDS, reelegendo-se em 1986. Em 1990 vence sua primeira eleição para deputado federal, reelegendo-se sucessivamente até 2006. Em 2010 encerra a carreira política, tendo como sucessor seu filho caçula, Fábio Trad.

Casado com Terezinha Mandetta Trad, seus três filhos, em 2018, estavam em posições de destaque na política do Estado. Nelson Trad Filho, duas vezes prefeito de Campo Grande (2004-2012), elegera-se Senador da República em 7 de outubro. Fábio Trad, na mesma eleição, reelege-se deputado federal e Marcos Trad, depois da vereança e de dois mandatos de deputado estadual é o prefeito de Campo Grande (eleito em 2016). O neto, Otávio Trad é vereador em Campo Grande.

Nelson Trad faleceu em 7 de dezembro de 2011.

FONTE: Oscar Ramos Gaspar, Nelson Trad uma vida pra valer, Editora Letra Livre, Campo Grande, 2018.



30 de outubro

1999 - Assassinada prefeita de Mundo Novo 




Aos 36 anos é morta a tiros a prefeita de Mundo Novo, Dorcelina de Oliveira Folador (PT). O crime, ocorreu à noite, na varanda de sua casa, no bairro Copagril. Usando uma escada, o assassino ultrapassou o muro e a atingiu com seis disparos, pelas costas. Ligada aos movimentos populares do município, Dorcelina, antes de entrar na política, atuou como repórter junto ao MST, tendo sido ainda comerciante e professora.


Depois de perder duas eleições para a vereança, elegeu-se prefeita no pleito de 1996 e administrou o município com rigorosa observância aos princípios de justiça e moralidade pública, o que veio a contrariar seus opositores e a resultar em sua morte prematura e traiçoeira.¹

A Folha de S.Paulo dá detalhes do assassinato:

"Dorcelina estava sentada na varanda da residência, na rua Marechal Floriano Peixoto, 52, no bairro Copagril, quando foi atingida. Morreu na hora.

O autor dos tiros usou uma pistola automática calibre 380. Para fazer os disparos, ele subiu em uma escada em um terreno vizinho abandonado para transpor um muro de 1,8 metro. Os tiros aconteceram de uma distância de aproximadamente três metros.
A polícia não acredita que ele tenha agido sozinho, apesar de ninguém ter testemunhado a fuga dos criminosos.

O marido, Cezar Folador, 44, estava na edícula da casa no momento do assassinato. As filhas, Jéssica Winnye, 8, e Indira Meirieli, 4, vendo televisão.

Folador afirmou que, quando ouviu os disparos, correu em direção à mulher, mas já a encontrou morta. Depois, foi até as filhas e telefonou para o irmão, Itamar Folador, avisar a polícia, "porque no desespero eu não lembrava o número".²

Acusado por sua morte, numa investigação muito questionada à época, foi condenado a 18 anos de reclusão, Getúlio Machado, que confessou o crime e entregou o mandante, Jusmar Martins da Silva, secretário de Agricultura da prefeitura, nomeado pela vítima, de quem era amigo e correligionário. Pela execução, o pistoleiro confessou que receberia R$ 35.000. Foram ainda condenados, além do mandante, Valdemir Machado, Ismael Neura e Roldão Teixeira de Carvalho

Ao velório de Dorcelina compareceram as mais expressivas lideranças do PT, como o presidente de honra do partido Luis Inácio Lula da Silva e o governador do Estado Zeca do PT.

Entre as homenagens à Dorcelina há um assentamento rural com seu nome em São Gabriel do Oeste e ruas em Mundo Novo e Campo Grande.


FONTE: ¹Revista In Mundo Novo, maio de 2016, ²Folha de S.Paulo (online) 31/10/1999.


 

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