segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

30 de Junho

30 de junho

1876 - Frei Mariano liberta escrava por um conto de réis


Escravo liberto, vendedor ambulante


Frei Mariano de Bagnaia, pároco de Corumbá, liberta sua escrava Margarida, mediante indenização, de acordo com a seguinte carta de alforria:

Título de liberdade concedido pelo Reverendo Frei Mariano de Bagnaia a sua escrava de nome Margarida, como abaixo se declara: Por esta que vai por mim assinada concedo plena liberdade à escrava Margarida mediante a indenização de um conto de réis, havendo a comprado em Cuiabá por dois contos de réis - Declaro em consciência, e ante Deus que a este ato não me leva nem dever, e nem interesse de qualidade alguma, nem mesmo o serviço da agraciada, mas somente o espírito de beneficência, e o Evangelho que aconselha pagar o mal com benefício. Resta que a agraciada se comporte como boa cristã e Deus a abençoe. Corumbá, 30 de junho de mil oitocentos setenta e seis - O Pregador Imperial Frei Mariano de Bagnaia. Nada mais se continha com o dito título que bem e fielmente aqui fica copiado do próprio original, em mão e poder d'agraciada apresentante, de que dou fé. Corumbá, oito de julho de mil oitocentos setenta e seis. Eu, Paulinho José Soares das Neves, segundo tabelião de notas que escrevi, subscrevi, conferi e assino em público e vas (sic) de que uso.  


FONTE: Arquivo Público Estadual, "Como se de ventre livre fosse...", Campo Grande, 1994, página 57.
 

domingo, 27 de fevereiro de 2011

29 de junho

29 de junho


1850 Iniciado o forte do Fecho dos Morros


Fecho dos Morros, rio Paraguai

Ocupado em ampliar seus domínios na fronteira e a garantir-se contra uma possível hostilidade de seu vizinho Paraguai, o governo brasileiro manda instalar um forte às margens do rio Paraguai, abaixo léguas do presídio de Coimbra, área reivindicada pelo Paraguai como neutra. O ato inicial da construção foi presidido pelo capitão José Joaquim de Carvalho, comandante da Fronteira, do qual lavrou-se a seguinte ata:

Ano do nascimento de N.S.J.C. de 1850, vigésimo nono da Independência e do Império, aos 21 graus e 20 minutos de latitude, 40 léguas ao sul do Forte de Coimbra, em lugar denominado ‘Fecho dos Morros’, à margem esquerda do Paraguai, 800 braças a oeste da mais alta montanha conhecida pela denominação de Pão de Açúcar, sobre a base inferior do Morro de Pedra Viva mais saliente ao rio em forma de um colete esférico e sobranceiro ao pequeno monte que jaz na margem oposta, achando-se presente o comandante Geral desta fronteira, o capitão do Estado Maior de 1ª classe, Exmo. Sr. J. J. de Carvalho, o tenente C. F. de Caçadores F. Bueno da Sa., o missionário apostólico frei Mariano de Banhaia e todas as praças que fizeram parte da comitiva do mesmo Cmt. Depois do arvorado o pavilhão nacional, acompanhado de entusiásticos vivas a S. M. Imperador e à integridade do império, foi empossado o novo destacamento de que é Cmt. o já referido ten. F. B. de Sa. e deu-se imediatamente princípio à construção do edifício que tem de servir provisoriamente de Quartel Guarnição Parque de Armas, Casa de Oficiais e Armazém de Artigos Bélicos até que, segundo as ordens do governo, seja edificado o forte permanente. E para todo o tempo constar, lavrou-se o presente que assinam o Cmt Geral, o Cmt da Guarnição do novo destacamento, o missionário apostólico e todas as praças presentes aos 29 dias do mês de junho.¹


As obras foram interrompidas com a sua completa destruição, em 14 de outubro do mesmo ano, por tropas paraguaias e o projeto definitivamente arquivado pelas autoridades brasileiras. Em verdade, o governo brasileiro tentou com essa iniciativa resgatar um projeto de 1775, quando o capitão Ribeiro da Costa, encarregado pelo governador Luis de Albuquerque de construir o forte de Coimbra, enganou-se no reconhecimento do local, apesar das instruções do governador. "No lugar de aportar no Fecho dos Morros, desembarcou 44 léguas antes, no local denominado estreito de São Francisco Xavier, cuja topografia apresenta alguma semelhança com o primeiro." ²





FONTES: ¹Acyr Vaz Guimarães, Mato Grosso do Sul, sua evolução histórica, Editora UCDB, Campo Grande, 1999. Página 98. ² Carlos Francisco Moura, O Forte de Coimbra, Edições UEMT, Cuiabá, 1975, página 24.






29 de junho


1979Marcelo Miranda assume governo







Com a exoneração a 12 de junho do engenheiro Harry Amorim Costa, primeiro governador de Mato Grosso do Sul, assume o governo do Estado, Marcelo Miranda Soares, prefeito de Campo Grande, indicado pelo então senador Pedro Pedrossian e nomeado pelo presidente João Figueiredo. Inicia-se uma fase tumultuada na política do novo Estado, com o rompimento dos grupos liderados pelo novo governador e seu antigo chefe político. Pedrossian, um ano depois derrubaria Marcelo e assumiria em seu lugar. O racha terminou beneficiando a oposição, através do PMDB, que em 1982, elege o primeiro governador, Wilson Barbosa Martins, com o apoio do Marcelo que se elege senador também pelo PMDB. Em 1983, Marcelo voltaria ao governo do Estado, em eleição direta.

No período entre 12 e 29 de junho de 1979 o governo do Estado foi ocupado pelo deputado Londres Machado, presidente da Assembleia Legislativa.







28 de junho

28 de junho


1864Leverger em missão no Sul do Estado


Augusto Leverger, o Barão de Melgaço


Augusto Leverger, o barão de Melgaço, dá ao presidente da província de Mato Grosso, Alexandre Manoel Albino de Carvalho, as primeiras notícias sobre sua missão ao Sul do Estado. Fora ele encarregado pelo governo imperial de elaborar um mapa da região fronteiriça com o Paraguai, que invadiria a região em dezembro seguinte. Tinha como integrante de sua comitiva, o capitão Antonio Maria Coelho. Em abril esteve em Miranda e de Nioaque manda pra Cuiabá o seguinte relatório:

Segui de Miranda para este lugar e depois para as colônias militares de Miranda e de Dourados. 


Percorri a linha culminante que divide as vertentes paraguaias do Apa e Aquidaban das do nosso rio Ivinhema. Em seguida atravessei a barra do rio Dourado e visitei o porto das Sete Voltas onde se achava o vapor Tamanduateí vindo de Itapira em março deste ano e aí retido, segundo me disse o comandante, por falta de água suficiente para transitar pelas corredeiras que dificultam a navegação ainda do porto das Sete Voltas para baixo. Aí mesmo atravessei o Brilhante e explorei o espaço que medeia entre as suas cabeceiras e o Anhanduí.

Reconheci o varadouro entre este último rio e o da Cachoeira, galho do Aquidauana (outrora Emboteteu e também chamado oficialmente Mondego).
Regressei pelo espigão mestre da serra do Amambaí deixando à minha esquerda as águas que correm para o rio Paraná e a direita as que correm para o Paraguai.


Descendo a mesma serra voltei a Nioaque onde estou parado há uma semana a fim de dar aos animais de carga o descanso de que precisam.”


A missão de Leverger ao Sul do Estado duraria até novembro, quando voltou a Cuiabá. No mês seguinte, tropas paraguaia iniciavam a invasão ao território brasileiro por Corumbá e pela região explorada pelo almirante.





FONTE: GENEALOGIAS PAULISTA E MATOGROSSENSE, página 355.



28 de junho

1867 - Retomada de Corumbá: comandante paraguaio acusado de traição




Morto em combate na batalha de 13 de junho, o tenente-coronel Hermogenes Cabral, comandante militar de Corumbá, foi acusado por seus comandados, de haver cometido ato de traição, contra o Paraguai. A denúncia foi formulada pelos soldados em fuga, a bordo de um vapor de guerra, ancorado em Albuquerque, ainda sob domínio do exército e marinha paraguaios:

Com o mais profundo respeito cumprimos o dever de levar ao conhecimento de V.E. que tanto os oficiais, como as tropas de marinha e terra, que estamos aqui dispostos a fazer quantos sacrifícios demandem a honra às armas nacionais, em vista do acontecimento sumamente desagradável da invasão de nossa praça de Corumbá pelo inimigo, e ainda mais pela traição infame do tenente coronel Hermógenes Cabral, juntamente com o capelão; todos unanimimente estamos com o mais ardente dever de correr presurosos a dar o condigno castigo a esses pérfidos inimigos, protestando desde logo contra o execrável comportamento do comandante Cabral, o capelão e demais traidores, e renovando à V. E. nosso patriótico juramento de que jamais consentiremos tão vilã humilhação, preferido mil vezes morrer combatendo ao inimigo, que deixar um borrão sobre o brilho de nossas armas e o nome de nossas famílias.

Deus guarde à V. E. muitos anos.

A bordo do Vapor Nacional de guerra Salto de Guairá no porto de Albuquerque Junho 28 de 1867.

Romualdo Nuñes, Ezequiel Roman, Mamerto Barreiro, Angel Fernandez, Manuel Delgado, Felipe Morales, Miguel D. de Doncel, Geronimo Candia, Bias Paez, Eduardo Zarate e Juan José Rivarola.
 

A parte não especifica o ato de traição cometido pelo comandante. Dados disponíveis na Biblioteca Nacional do Paraguai resumem: 

El Mariscal López dijo que se vendió a los brasileños y estigmatizó su memoria. De hecho, algunos autores sostienen que se enamoró de una brasileña y que ella lo vendió a él y a la guarnición.



FONTE: Jornal El Semanário (Assunção,PY) 20 de julho de 1867; Biblioteca Nacional Paraguai (goo.gl/USHgCd)

FOTO: acervo da Biblioteca Nacional do Paraguai.


28 de junho

1877 - Água encanada para Corumbá

Pela lei 513, de 1877, do presidente Hermes Ernesto da Fonseca, a província de Mato Grosso, concede à iniciativa privada a exploração de água encanada em Corumbá:

"Art. 1° - Fica concedido a Manoel Alves o privilégio por quinze anos para abastecer d'água a vila de Corumbá, empregando maquinismo a vapor, sem prejuízo da que é abastecida pelas carroças para ser vendida ou da que for conduzida em pote, barril ou qualquer outra vasilha.

Art. 2° - Ao empresário não serão cobrados direitos municipais dos materiais ou utensílios precisos para a empresa.

Art. 3° - Fica prejudicado o presente privilégio, se no prazo de dezoito meses, a partir da data de publicação da presente lei na comarca de Corumbá, não puder o concessionário concluir a obra para o fim indicado.

Art. 4° - Revogam-se as disposições em contrário".

FONTE: Coletânia das leis da província de Mato Grosso, 1835 a 1912, página 12.


28 de junho

1882 - Corumbaenses cobram dívidas da guerra do Paraguai

A Câmara dos Deputados recebeu requerimentos de sobreviventes da ocupação de Corumbá, durante a guerra, cobrando dívidas contraídas pelo inimigo, através de apólices:

"Requerimentos de Antonio Joaquim da Rocha e outros, residentes na cidade de Corumbá, província de Mato Grosso, pedindo providências afim de que o governo assuma a responsabilidade das apólices emitidas pelo governo do Paraguai, de modo a serem os peticionários indenizados dos prejuízos que sofreram na guerra do Paraguai, durante os anos de 1864 e 1865".

FONTE: Jornal do Commercio (RJ), 29/06/1882.

Copy short URL


27 de junho

27 de junho


1874 Imagem de santa volta à Coimbra





A imagem de N.S. do Carmo, retirada da capelinha do forte, por ocasião da ocupação paraguaia, em dezembro de 1864, e levada para Cuiabá pela mulher do comandante das forças brasileiras, coronel Portocarrero, é devolvida à origem: 

A trasladação efetua-se com imponência sem igual, sendo a imagem acompanhada desde a praça da Sé à rampa do porto geral, ao longo da rua 13 de Junho, trapizada de folhagens pela população inteira de Cuiabá. As varas de pálio, sob cujo docel ia o venerando bispo d. José Antônio dos Reis conduzindo a imagem, foram sustentadas durante o trajeto por veteranos da guerra. Escolhidos entre os que tomaram parte na defesa de Coimbra.
Logo depois do pálio viam-se em grande uniforme o general José de Miranda da Silva Reis, presidente e comandante das armas da província; o almirante barão de Melgaço, autoridades e comandantes militares. Seguia-se a tropa em pelotões; grupos de colegiais, famílias e crescida multidão fechavam o préstito.




FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, 2a. edição, Governo do Estado, Cuiabá, 1973, página 332.



26 de junho

 

1911Estado de sítio em Campo Grande


No que poderia ser considerada uma grande aberração jurídica, extrapolando todos os limites do bom senso, o delegado de polícia de Campo Grande decreta estado de sítio no município:

O Primeiro Tenente Constantino de Souza, atendendo às condições atuais da região sul de Mato Grosso, sem segurança e sem governo e que esta Vila se acha sem autoridades:


Atendendo a que trata-se de uma região de fronteira.


DECRETA:


Art. 1º - Fica desde esta data em estado de sítio a Vila de Campo Grande e todo o seu município.


Art. 2º - Contra todos indistintamente que perpetrarem crimes contra a ordem pública e segurança das autoridades a Chefia da Polícia Militar, ora criada, aplicará as leis de guerra.


Art. 3º - A Agência do Correio, os Cartórios Judiciais, a Intendência Municipal serão fechadas e seladas até completa ordem.


Art. 4º - Tendo retirado-se desta Vila o dr. Juiz de Direito, mando interditar e guardar a sua casa não havendo trabalho judicial até segunda ordem.”



As conseqüências deste ato destinado são vistas por Paulo Coelho Machado:


Levado o fato ao conhecimento da autoridade superior, só muito mais tarde foi o trêfego Constantino destituído do comando do destacamento pelo seu impensado e ridículo ato.


Revoltado com o episódio, notando a ausência completa de garantias ao exercício de sua nobre função, que desejava exercer com rigor e decência, decidiu o dr. Arlindo de Andrade demitir-se do cargo [de juiz de direito], sendo substituído pelo dr. Vicente Miguel da Silva Abreu, natural de Goiás, que também pediu remoção da Comarca de Nioaque.





FONTE: Paulo Coelho Machado, Arlindo de Andrade, o primeiro juiz de direito de Campo Grande, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1988. Página 18.

26 de junho

26 de junho

1786 - Missão científica chega a Corumbá

Por ordem do governador Luis de Albuquerque, com a tarefa de mapear e determinar posições geográficas na região do Pantanal, chega a Albuquerque (atual Corumbá) , a comissão técnica formada pelo capitão-engenheiro Ricardo Franco de Almeida Serra e os geógrafos Antonio Pires da Silva Pontes e Francisco José de Lacerda e Almeida. A finalidade da diligência era a exploração dos rios Paraguai, São Lourenço e Cuiabá e a desembocadura de seus afluentes, bem como as principais lagoas e baias do Pantanal. O termo da expedição foi o forte de Coimbra. 

Sobre o vilarejo de Albuquerque o escriba da caravana escreveu comentário pouco lisonjeiro:

26 - Com marcha de 12 léguas chegamos à povoação de Albuquerque, correndo sempre o rio a Sul com várias voltas. Esta povoação é de miseráveis, que passam a vida cheios de fome e nudez; o comandante dela só cuida em utilizar-se do suor deles. Só estão fartos de palmatoadas, correntes e rodas de pau.


FONTE: Francisco José de Lacerda e Almeida, Diário da Viagem, Assembleia Legislativa da Província de São Paulo, 1841, página 29.




26 de junho


1863 - Morre Inácio Barbosa


Cemitério da fazenda Passatempo em Rio Brilhante
Aos 57 anos faleceu e foi sepultado no cemitério de sua fazenda Passatempo, na Vacaria, Inácio Gonçalves Barbosa, patriarca da família Barbosa . Nascido em Sabará, Minas Gerais, em 1806, chegou aos campos de Vacaria, em 1842, chefiando uma caravana, da qual participavam mais dois irmãos, João e Francisco, procedente de Franca, no interior de São Paulo, no rastro de seu irmão mais velho, Antônio Gonçalves Barbosa, que viera para Mato Grosso há seis anos, em companhia de seu genro José Francisco Lopes. 

Em seu percurso adormeciam serenamente, sem pensar nos perigos que lhes poderiam surgir pela vida tornando-se valentes e destemidos bandeirantes enfrentando a frialdade das noites e a intensidade dos raios solares pelas estradas incultas, sem nem sequer encontrarem algum abrigo bom ou ruim, atravessando os areais do Sucuriu, do Pardo e depois subindo até atingir o Anhanduí e chegando satisfeitos na tão almejada Vacaria.


Os irmãos tomaram posse de praticamente todos os chamados campos de Vacaria. Inácio ficou com a fazenda Passatempo, posse limitada com seus três irmãos. Desta fazenda, informa Ledir Marques Pedrosa, “Inácio fez doação ao governo da província de uma gleba de terras à margem direita do rio Nioaque com a finalidade de instalarem um posto do Exército para deterem a invasão paraguaia, que ele já estava prevendo acontecer de uma hora para outra. A esta vila deu-se o nome de Santa Rita de Nioaque. Quando o governo aceitou a oferta, enviou um contingente do Exército com o seguinte acordo que Inácio ajudasse a construir o aquartelamento e servisse a tropa de todo mantimento, enquanto ali permanecesse.


De numerosa geração de descendentes, Inácio era avô de Vespasiano Barbosa Martins e bisavô do ex-governador Wilson Barbosa Martins. 








FONTE: Ledir M. Pedrosa, Origem, Histórico e bravura dos Barbosas, edição da autora, Campo Grande, 1980. Página 43.






26 de junho


1904 - Nasce em Corumbá, Carlos Vandoni de Barros. 



 Filho de Pedro Paulino de Barros e de Josefina Vandoni de Barros, nasce em Corumbá, Carlos Vandoni de Barros
Formado em engenharia civil em 1927, foi oficial de engenharia da reserva de primeira linha. Iniciou sua carreira política elegendo-se deputado estadual. Exerceu o mandato entre 1928 e 1930.
Membro do Partido Liberal Mato-Grossense em 1933, nesse mesmo ano passou-se para o Partido Evolucionista de Mato Grosso, pelo qual se elegeu deputado federal no pleito de outubro de 1934. Exerceu o mandato de 12 de agosto de 1935 a 10 de novembro de 1937, quando o advento do Estado Novo suprimiu todas as câmaras legislativas do país.
Diretor do Instituto Nacional do Mate e diretor do Serviço de Navegação da Bacia do Prata S.A., após a reconstitucionalização do país (1945) elegeu-se no pleito suplementar de janeiro de 1947 deputado federal por Mato Grosso na legenda do Partido Social Democrático (PSD). Assumindo a cadeira em 24 de março de 1947, integrou durante o mandato a Comissão Permanente de Transportes e Comunicação e a Comissão Especial de Pecuária da Câmara dos Deputados.
Candidato à reeleição no pleito de outubro de 1950, ainda pelo PSD, obteve apenas uma suplência, deixando a Câmara em 31 de janeiro de 1951, a ela não mais retornando.
Dirigiu o jornal A Cidade, de Corumbá, foi sócio-correspondente da Academia Mato-Grossense de Letras e sócio efetivo do Instituto Histórico de Mato Grosso.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 16 de maio de 1986.
Era casado com Anatália Beltrão de Barros, com quem teve duas filhas.
Publicou Nhecolândia (1934), Construir — palavra de ordem (1941), O setor transporte no Plano Salte (1948) e Em defesa de um rio esquecido (o Paraná) (1950).

FONTES: Boletim Min. Trab. (5/36); CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1946-1967); Diário do Congresso Nacional; Globo (17/5/86); Jornal do Brasil (17/5/86); MENDONÇA, R. Dic.; MOREIRA, J. Dic.; TRIB. SUP. ELEIT. Dados (1 e 2).
 


26 de junho

1951 - Morre Albertina Pereira de Matos, primeira vereadora de Dourados


Albertina Ferreira de Matos

Nascida em São Luiz Gonzaga (RS) em 24 de março de 1901, faleceu em Dourados, Albertina Ferreira de Matos. Em Dourados desde 1903, dedicou-se às atividades empresariais e políticas. Como comerciante foi uma das fundadoras da Associação Comercial e Industrial de Dourados (Acid) e na política, foi a primeira mulher a eleger-se vereadora no município. Venceu em 1947, na primeira eleição, depois da ditadura de Vargas, elegendo-se vereadora pela União Democrática Nacional (UDN) na administração do prefeito Antonio de Carvalho, o Carvalhinho. Albertina foi homenageada pela comunidade douradense, dando nome a uma rua na vila Guarani e a uma escola na vila Mary.


FONTE: Marli Carvalho Owens, Mattos, a saga de uma família, edição da autora, Dourados, 2000, página 291.


25 de junho


25 de junho


1800 - Incêndio arrasa Corumbá




Pelas oito da manhã, segundo Estevão de Mendonça, a povoação de Albuquerque (hoje Corumbá) é arrasada por um violento incêndio, escapando das chamas unicamente a respectiva capela, por ser coberta de telhas. Quatro anos antes dessa ocorrência, da qual não se tem maiores detalhes, Ricardo Franco em seu Diário de reconhecimento do rio Paraguai, descrevia o povoado ribeirinho:

Este estabelecimento tem a figura de um grande pátio retangular; é fechado com casas em roda e um portão na frente, constando de 75 passos de comprido e 50 de largura, sendo a sua população de 200 pessoas que aqui plantam milho e feijão, que é muito superabundante ao anual consumo; também há muito algodão, que aqui mesmo fiado e tecido pode ir para Cuiabá a troca das cousas mais necessárias aos moradores; a pesca e a caça abundantíssimas e ainda que esta habitação esteja cercada pelos gentios Paiaguás e Guaicurus ou Cavaleiros, contudo pela aspereza do terreno e sua situação que franqueia todos estes vastos territórios pelo meio do rio Paraguai, não tem sido até o presente insultada pelo gentio.




FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, 2a. edição, Governo do Estado, Cuiabá, 1973. Página 329.






25 de junho


1867 - Taunay chega a Camapuã



Camapuã visto por Hercules Florence em 1826




Em sua viagem de volta ao Rio, após a retirada da Laguna, o tenente Taunay e sua pequena comitiva, que deixaram o porto Canuto, à margem esquerda do Aquidauana, no dia 17 de junho, alcançam o sítio de Camapuã:

Rapidamente transpusemos as três léguas que separam o Sanguesuga das ruínas de Camapuã e ao meio-dia avistamos os restos, para assim dizer, imponentes daquela importante fazenda, sede outrora de muito movimento, de todo os que se davam por aqueles sertões. Ainda se vêem vestígios de grande casa de sobrado e de uma igreja não pequena; taperas rodeadas de matagais, no meio dos quais surgem laranjeiras e árvores frutíferas, que procuram resistir à invasão do mato e ainda ostentam frutos, como que atraindo o homem, cujo auxílio em vão esperam. Naquelas três léguas aparecem sinais de trabalhos consideráveis: estradas de rodagem atiradas por sobre colinas, caminhos roídos pelas águas, onde transitavam grandes procissões de carros a trabalharem na penosa varação, até o ribeirão Camapuã, dos gêneros e canoas que demandavam o Coxim e Taquari, com destino a Cuiabá. A companhia formada por três pessoas, desunidas na associação somente pela morte, manteve-se mais ou menos florescente até os princípios do século presente, existindo ainda escravatura numerosa às ordens do último administrador, Arruda Botelho, depois de cujo falecimento ficou o lugar abandonado ou tão somente habitado por negros e mulatos livres, ou libertados pelo fato de não aparecerem herdeiros de seus possuidores.


Estes mesmos indolentes habitantes hoje estão quase todos reunidos a uma légua e três quartos de distância, no lugar chamado Corredor, estabelecido pelos carreiros, que, procurando as forças de Mato Grosso, paravam na estrada daquela província, para refazerem a boiada, fatigada pela viagem desde Santana. O ponto do Corredor era além disso muito menos sujeito às febres intermitentes, uma das grandes pragas de Camapuã, e sobretudo estava situado em posição mais aprazível e pitoresca e não, como aquele antigo local, abafado entre outeiros abaulados que bem justificam o seu nome índico cama, mama; poan, redonda.

Não é sem curiosidade nem tal ou qual emoção que o viajante encara aquela localidade, tão falada e notável nos princípios da história de Mato Grosso;  ponto então de prazer destacado no meio de vastas solidões, guarda avançada dos portugueses contra os espanhóis que vinham até o rio Mondego e fundaram, em sua margem, o forte Xerez, cuja destruição importou a criação do forte de Miranda que tomou usurpadamente a posição estratégica de Camapuã.



FONTE: Taunay, Viagens de Outrora, 2a. edição, Edições Melhoramentos, S.Paulo, 1921, página 48.



25 de junho

1892 - Jango Mascarenhas convidado a dissolver seu “exército”

Após comunicar ao general Ewbank em Corumbá, sua participação no contra golpe ao governo de Manoel Murtinho, Jango recebe pelo mesmo portador de sua carta ao novo comandante militar do Estado, ofício com o seguinte teor:

“Ao cidadão coronel João Ferreira Mascarenhas, comandante das Forças Patrióticas do Município de Nioaque.


"Acabo de ler vosso relatório, dirigido aos comandante do 7o Dirstrito Militar, o qual será entregue ao general Ewbank, logo que ele chegue a esta cidade.
Cumpre-me agradecer os esforços empregados por vós na reunião das Forças Patrióticas desse município ao constatar que o governo federal não era reconhecido pelas autoridades deste Estado, e ainda saudar-vos, assim como aos vossos coadjuvantes nessa empresa, pelo patriótico intuito que as levaram a semelhante procedimento.


"As forças federais estacionadas neste Estado, sendo em número suficiente para a manutenção da ordem, vos convido a dissolver os cidadãos reunidos e em armas nesse município, sob a vossa direção.


Saúde e fraternidade.
Honório Horácio de Almeida.” 




FONTE: Miguel A. Palermo, Nioaque, evolução histórica e revolução em Mato Grosso, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1992, página 76.

24 de junho

24 de junho

1835 - Rusga: condenados à morte 




O juiz de Direito de Cuiabá, Antonio José da Silva e Guimarães, profere a sentença aos principais cabecilhas da Rusga, movimento nativista que massacrou comerciantes e líderes portugueses (bicudos) na capital da província em 30 de maio de 1834:

Conformando-se com a decisão dos Juízes de Fato, condeno os réus Vitoriano Gomes, Manoel Ciríaco, José Ferreira da Silva e Francisco Pereira do Nascimento à pena de morte, que será dada na forca, com as solenidades dos artigos 30 e 40 do Código Criminal, visto constar do presente processo plenamente serem os ditos réus os que haviam mortos os brasileiros adotivos os sargentos mores Antonio Joaquim Moreira Serra e Antonio José Soares Guimarães, de caso premeditado, e ânimo corrompido, e depois passaram a roubar as casas, fazendo arrombamentos e partilharam entre si, os mais companheiros, todo o dinheiro, ouro, prata e tudo mais quanto puderam conduzir fazendo violências às casas e às famílias: e aos réus Joaquim Leite Pereira, Joaquim José de Santana, Antonio da Silva Pamplona e João da casa de Ana Joaquina, os condeno em Galés perpétuas, visto que ajudaram mutuamente a perpetração dos roubos e arrombamentos e a Geraldo Justino e Antonio Euzébio os condenei a cada um a quatro anos de prisão com trabalhos e na multa de vinte por cento do valor furtado, visto que somente roubaram; e a José Anastácio Fernandes o absolvo da culpa e pena, visto não ser cúmplice e pagarem todas as custas.


FONTE: Rubens de Mendonça, Histórias das revoluções em Mato-Grosso, edição do autor, Cuiabá, 1970, página 48.


FOTO: praça Alencastro, a primeira praça pública de Cuiabá.


24 de junho


1867 - Varíola expulsa soldados brasileiros de Corumbá




 
Na guerra contra o Paraguai, por ordem do presidente Couto Magalhães, os dois corpos expedicionários de Cuiabá, que haviam retomado Corumbá - segundo Rubens de Mendonça - retornam à capital do Estado. 

Ao ser assaltada e tomada aquela praça pelo primeiro corpo, a 13 de junho de 1867, verificou-se ao dar sepultura aos mortos que muitos deles mostravam sinais recentes de erupção variolosa, sendo depois constatada a existência de outros paraguaios atacados do mesmo mal, quer entre os prisioneiros, quer na enfermaria local. Dos soldados retirados das prisões alguns foram encontrados em estado comatoso.¹


Constatou-se verdadeira epidemia. “Foram sendo atacados às dezenas, num crescendo assustador, devido à falta absoluta de recursos”. Por esta razão, o presidente da província que nesta data chegara a Corumbá, determinou a retirada, que começou no dia seguinte, saindo as embarcações de Ladário. Comandaram-na o tenente-coronel Antônio Maria Coelho e o major Antônio José da Costa.


O governador em seu relatório ao ministro da guerra, aponta a gravidade da epidemia como causa da evacuação:

Infelizmente a bexiga assola toda esta região, e nas circunstâncias em que me acho, numa expedição onde os cômodos são mui limitados porque assim era necessário para a sua presteza, com cerca de 2.000 homens, dos quais só são vacinados os filhos de outras províncias, a 160 léguas dos depósitos e recursos que estão na capital, considero que seria mal mais grave se se comunicasse às forças do que uma derrota, e pois julguei preferível sujeitarmo-nos à possibilidade de um novo encontro com os paraguaios, se eles vierem ocupar segunda vez estes pontos, do que desanimar e perder estas forças com a inglória morte da peste que provavelmente se comunicaria à província.

Em consequência disto proibi todo e qualquer contato da força com os infectados, limitando-se a deixar aqui uma guarda com o único fim de observar qualquer movimento do movimento do inimigo, e já expedi ordem para que a mais se retire, assim como a flotilha

Levada pela flotilha do governador, a varíola alastrou-se pelo norte do Estado, causando grande mortandade em Cuiabá.



FONTE: ¹Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, 2a. edição, Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 327. ²Diário do Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1867.

FOTO: imagem meramente ilustrativa.




24 de junho


1921 - Ferroviários tentam soltar preso em Aquidauana




Cadeia de Aquidauna no início do século passado
Armados de revólver, ferroviários de Aquidauana tentam tomar a cadeia pública para soltar um colega preso. A versão da polícia está num boletim de 14 de agosto desse ano:

De ordem de Sua Exa. Revma. Presidente do Estado [Dom Aquino Correa], transmitida pelo secretário da Justiça, este Comando tem a máxima satisfação de tornar conhecido à Força Pública, a atitude brilhante e verdadeiramente militar, assumida pelo 2o tenente JOSÉ MARQUES PEREIRA, Comandante do Destacamento de Aquidauana, no dia 24 de junho último, por ocasião dos lamentáveis acontecimentos que naquela cidade se verificaram, ameaçando a ordem pública.


Cerca de cem operários inferiores da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, empunhando revólver, pretendiam assaltar a cadeia pública local e à viva força, por em liberdade um dos presos, colega dos assaltantes. O tenente José Marques Pereira, com seu reduzido destacamento ante a enorme superioridade numérica dos amotinados, e em meio das hostilidades, sob cerrado tiroteio e, com risco de vida, transpôs a Praça da República para chegar ao quartel e pondo-se a frente de meia dúzia de valiosos soldados, conseguira rechaçar os assaltantes restabelecendo-se a tranquilidade pública, revelado por esse gesto de valor, coragem e alta noção do dever militar. 



FONTE: Ubaldo Monteiro, A Polícia de Mato Grosso, Governo do Estado, Cuiabá, 1985, página 55.


24 de junho

1941 - Inaugurado em Coxim monumento aos heróis de Laguna

É entregue à população de Coxim pela 9a. Região Militar (de Campo Grande) monumento destinado a "perpetuar a passagem da força expedicionária em operações no estado de Mato Grosso, durante a guerra do Paraguai, batizando a estaca inicial do cruento e doloroso itinerário dos heróis que realizaram a epopeia da Laguna, gloriosas páginas que são orgulho do Exército e da Nação".

Localizado na praça Cândido Rondon, fronteiro à igreja, construído em alvenaria de tijolo, revestido de argamassa branca, o pequeno monumento assenta sobre uma base de concreto com armadura metálica cruzada. Na base do monumento, cravados de alvenaria, distinguem-se duas placas, fundidas em bronze no arsenal de Guerra do Rio de Janeiro:

Desta localidade, onde, com ânimo forte e moral alevantada, receberam a ordem do Governo Imperial do Brasil para desalojar o inimigo ocupando o município de Miranda, partiram os valorosos soldados do Brasil que, no cumprimento do dever, escreveram as páginas imortais da Retirada da Laguna - 20-XII-1865/VI-1866.

Aos intrépidos oficiais e praças da "Constância e Valor" que, tendo como comandante o Coronel Manuel Pedro Drago, Brigadeiro José Antonio da Fonseca Galvão, Coronel Carlos de Moares Camisão e José Tomas Gonçalves, constituíram por ocasião da guerra do Paraguai, a heroica Força Expedicionária de Mato Grosso, homenagem da 9ª Região Militar - 24-VI-1941.

Em outubro do mesmo ano dá-se o lacramento na base do monumento dos ossos de alguns heróis da guerra, evento registrado na

Ata nº 5 (cinco) - Aos vinte e seis dias do mês de outubro do ano de mil novecentos e quarenta e um, nesta cidade de Herculânea, antiga Coxim, Estado de Mato Grosso, na praça General Rondon, pelas oito horas da manhã, presente o sr. Prefeito Municipal, Viriato da Cruz Bandeira, autoridades civis e militares, representante do clero, colegiais, pessoas gradas e o povo em geral, fez-se o lacramento na base do pedestal do monumento erigido pelo Governo Federal, dedicado aos heróis da "Retirada da Laguna", dos ossos do venerando padre capelão que acompanhou a heroica coluna comandada pelo General Camisão que marchou sobre Laguna na guerra do Paraguai, coluna essa que por algum tempo estacionou nesta cidade, onde veio a falecer aquele piedoso sacerdote, lacrando-se conjuntamente, por especial ordem do Exmo. Sr. General Mário José Pinto Guedes, comandante da Nona Região Militar, com sede neste Estado de Mato Grosso, os ossos por todos os títulos respeitáveis do Alferes Randolfo Olegário de Figueiredo, falecido no posto de major nesta cidade, herói da retomada de Corumbá que braço a braço lutou ao lado de Antonio Maria Coelho e Cunha e Cruz, os lendários daquele epopeia que passaram para os fastos da história pátria. E, para que tudo ficasse constado, mandou o Sr. Prefeito fosse lavrada a presente ata por mim, Temístocles de Oliveira Filho, secretário da Prefeitura Municipal e dela extraísse duas cópias autênticas, uma para ser depositada na urna de que trata a presente ata e a outra para ser enviada ao Exmo. Sr. General Comandante da 9ª Região Militar, sediada neste Estado. Eu, Temístocles de Oliveira Filho, secretário municipal, a datilografei e também assino. (Assinados) Viriato da Cruz Bandeira, prefeito municipal; Laudelino Eduardo Figueiredo, filho do veterano da Guerra do Paraguai Randolfo Olegário de Figueiredo; padre-frei Canuto Amon Ofmr; Nelson Cesar, pretor do Termo; Manoel Marcelino de Araújo, Ten-Cel da 2a. linha; Eremita Ajube Cartilho, agente postal telegráfico; Antonio de Souza Góes, delegado de Polícia; Antonio Joaquim de Arruda, diretor do grupo escolar; Raul Benevides Santana, 1° Tabelião de Notas; Aníbal de Oliveira, 2° Tabelião de Notas; Joaquim José Santana, encarregado da 2a. Secção de linha; Jaime Ferreira de Souza, escrivão da Delegacia de Polícia; Solon Cesário da Silva, comerciante; Elias Duailibi, comerciante; Garcez Ferreira Leão, cirurgião dentista; Felipe Jorge, comerciante; Mercedes César; Etelvina Garcia; Diva Fontoura, Virgínia Ferreira; João Ferreira, comerciante; Oto Spengler; Evanir Cesar e Temístocles de Oliveira Filho, Secretário Municipal.

FONTE: 9a. Região Militsr, Campo Grande, MS.


OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...