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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

12 de dezembro

12 de dezembro

1826 – Langsdorff chega ao rio Paraguai



Após diversos dias navegando pelo Taquari, a expedição científica Langsdorff, patrocinada pelo governo russo alcança finalmente o rio Paraguai:

Pela manhã de 12 de dezembro entramos na águas do Paraguai, caudal célebre nos anais das missões espanholas e portuguesas pelas vantagens excepcionais que sua navegação proporciona aos vastos territórios em que corre. Tem as cabeceiras do Alto Diamantino, na chapada central da América Meridional; dirige para o sul o majestoso curso e recebe o contingente de sete grandes rios até confluir com o Paraná, onde perde injustamente o nome para cedê-lo ao afluente. Grandes embarcações podem sulcá-lo desde Buenos Aires até Vila Maria e, subindo pelo rio Cuiabá, até a capital de Mato Grosso. É uma extensão de 600 léguas, livre do menor obstáculo, sem cachoeiras, nem corredeiras: em todo o percurso deslizam mansas águas fundas e largas. É o mais belo canal que a natureza formou para permitir ao homem devassar desertos tão dilatados, para povoá-los e dar-lhes as regalias de ativa navegação e imenso comércio. Em qualquer ponto achariam os barcos a vapor florestas para abastecê-los de combustível abundante e fácil. (...)


Abicamos na margem do Paraguai em frente à boca do Taquari e, como nos devíamos demorar até o dia seguinte para deixar o astrônomo fazer suas observações, aí acampamos. À tarde vimos passar o próprio a que acima aludi e que fora a Cuiabá pedir socorros contra os guaicurus.


Quando anoiteceu, ergueram-se do lado dos campos, que na véspera havíamos deixado, grandes clarões, acompanhados de muita fumaça. Eram fogos ateados pelos índios, pois decerto nenhum brasileiro se arriscaria, depois do rompimento de hostilidades, a andar tão arredado de Miranda, o povoado dali mais próximo, e a percorrer as vastidões em que imperam aqueles selvagens.


A todos os camaradas distribuiu o cônsul espingardas, pistolas, pólvora e balas e mandou colocar as sentinelas que durante a noite estiveram alerta afim de impedir qualquer surpresa.

FONTE: Hercules Florence, Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1941, página 68.



12 de dezembro
 
1899 – Nasce em Cuiabá Maria Constança de Barros Machado


Filha de Israel de Arruda Barros e Joana da Costa Barros, iniciou seus estudos na Escola Barão de Melgaço, no tempo da palmatória. Concluiu o Normal em 1917, na Escola Normal Pedro Celestino de Cuiabá e no ano seguinte mudou-se para Campo Grande, nomeada para lecionar na primeira escola pública isolada do sexo feminino, onde foi, por durante quatro anos, professora, secretária e diretora. Em 1922 foi designada para o Grupo Escolar Joaquim Murtinho. Em 1937 é nomeada vice-diretora e no ano seguinte assume a diretoria dessa instituição de ensino. Em 1939, no governo o interventor Júlio Müller, instalou e organizou o Liceu Campo-Grandense, mais tarde denominado Ginásio Estadual Campograndense.

Em 1951, a convite do governador Fernando Correa da Costa, assume a direção do Colégio Estadual e da Escola Normal Joaquim Murtinho, em substituição ao professor Múcio Teixeira Júnior. Em 1954 passa a integrar a Camapanha Nacional de Educadores Gratuitos, idealizada em Recife pelo professor Felipe Tiago Gomes. De 1956 a 1961, durante o governo de João Ponce de Arruda, permaneceu fora do Estadual e da Joaquim Murtinho, por questões políticas, retornando à direção das duas entidades, com a volta de Fernando Correa da Costa ao governo, em 1961.

Maria Constança de Barros Machado dá nome ao colégio que ela construiu e dirigiu


Faleceu em Campo Grande em 7 de abril de 1996.

FONTE: Maria da Glória Sá Rosa, Memória da Cultura e da Educação em Mato Grosso do Sul, UFMS, 1990, página 62


12 de dezembro

1912 – Realiza-se o primeiro júri na comarca de Campo Grande

Inaugurado no dia 12 de maio, com a posse do juiz Arlindo de Andrade Gomes, que renunciou 50 dias depois, somente nesta data foi realizado o primeiro júri em Campo Grande, sob a presidência do novo juiz, dr. Abreu. O réu chamava-se José João Bernardo de Freitas, acusado da morte de Francisco Veloso. Foi absolvido assim como os dois outros acusados, João Manoel dos Santos, soldado do Exército, e João Manoel da Silva, submetidos a julgamento nos dias seguintes, 13 e 14. No final a municipalidade foi condenada a pagar as custas, na importância de 557$000.” 

FONTE: Paulo Coelho Machado, Arlindo de Andrade, página 19.


12 de dezembro

1950 - Lançada pedra fundamental da igreja São Francisco em Campo Grande

É lançada a pedra fundamental da igreja São Francisco, em Campo Grande, fato revisto 68 anos após, pela imprensa local:


Foto antiga da paróquia e convento  de São Francisco de Assis, localizada na rua 14 de Julho, hoje sede da Província Franciscana. (foto: Reprodução Livro/A Missão Franciscana de Mato Grosso)Foto antiga da paróquia e convento de São Francisco de Assis, localizada na rua 14 de Julho, hoje sede da Província Franciscana. (foto: Reprodução Livro/A Missão Franciscana de Mato Grosso)
São quase 68 anos desde que a pedra fundamental da igreja São Francisco de Assis foi lançada no lugar em que o prédio surgiu imponente, no estilo imperial. No dia 12 de dezembro de 1950, o então prefeito de Campo Grande de Mato Grosso, Fernando Corrêa da Costa, fez o lançamento oficial da obra e naquele momento também renomeou a região que seria uma das mais importantes da cidade: “A partir dessa data, o Bairro Cascudo passa a se chamar Bairro São Francisco", decretou.
O paraibano Frei João Francisco Neto assumiu como pároco da São Francisco de Assis neste ano e, com muita simpatia, guiou o Lado B pela estrutura histórica do prédio construído por freis alemães, que depois passou por ajustes e expansões para abrigar a ordem dos Franciscanos.
O terreno onde hoje se encontra a paróquia foi doado por Luziano dos Santos, antigo dono do bar Vai ou Racha - antigamente localizado na outra esquina da quadra. No projeto, os religiosos tomaram a frente de tudo. O arquiteto foi o Frei Valfrido Stahie, o pedreiro o Frei Proto Schurr e a marcenaria ficou por conta do Frei Luís Kunkel. Assim as paredes foram subindo com ajuda de outros frades e apoio da comunidade.
A obra finalmente terminou em junho de 1956 e se tornou desde então um dos cartões postais da Capital. Discretos, os freis que ali moram passam despercebidos por muitos, assim como o convento, hoje considerado sede da Província Franciscana do Estado. 

Fachada permanece a mesma até hoje, quase 68 anos desde a inauguração da pedra fundamental (Foto: Kisie Ainoã)Fachada permanece a mesma até hoje, quase 68 anos desde a inauguração da pedra fundamental (Foto: Kisie Ainoã)
Brasão da Ordem Franciscana representa os braços de Jesus Cristo e São Francisco de Assis. (Foto: Kisie Ainoã)Brasão da Ordem Franciscana representa os braços de Jesus Cristo e São Francisco de Assis. (Foto: Kisie Ainoã)
Todos os vitrais da Igreja Matriz contam a história da vida de São Francisco de Assis. Eles, assim como a imagem do santo que se encontra no alto da igreja, foram trazidos de São Paulo, de onde também veio a inspiração, semelhante ao Convento dos Franciscanos de Pari. "Esta imagem dos dois braços é o Brasão da Ordem Franciscana e representa o braço de Jesus Cristo e de São Francisco de Assis", explica o pároco João Francisco a respeito de uma imagem que está constantemente representada na paróquia.
Mas esta não foi a primeira casa dos franciscanos em Mato Grosso do Sul. Antes mesmo de 1950, no ano de 1941, se situavam em uma discreta casa na Rua Antônio Maria Coelho, no número 804. "Eles vieram pro o Brasil primeiro para Petrópolis, no Rio de Janeiro, por conta da 2ª Guerra Mundial. Lá já havia uma sede Franciscana. Em terras brasileiras, aprenderam o idioma e vieram para Mato Grosso do Sul em seguida", detalha o Frei.
Em área doada por dono de bar, paróquia surgiu há 68 anos e mudou nome de bairro
Na parte interna da paróquia, o imenso pé direito da construção tem uma justificativa plausível: o calor campo-grandense. "Dessa forma, os engenheiros conseguiram que aqui dentro ficasse mais fresco. Imagine na época, não tinha luz, muito menos ar condicionado".
Apaixonado pela estrutura, o Frei brinca que é "suspeito", mas acredita que a paróquia de São Francisco de Assis é a mais bela da cidade. 
Olhando de fora não dá para ter noção da gigante estrutura franciscana. Mas ao entrar no convento, caminhar até a seguinte construção anexa, criada anos depois da entrega da paróquia, chegando até a imensa horta que mais parece uma floresta em que os olhos perdem a noção de seu fim.
Só é possível realmente entender a dimensão da estrutura quando o olhar se volta para o externo e nota-se os condomínios de grandes construtoras, o que dá a entender que o terreno já está na Avenida Ernesto Geisel.
Nos detalhes da construção as marcas do tempo. Nas pedras que servem como revestimento na área externa do prédio, as manchas de terra são prova de que passaram-se anos desde sua instalação.
Três sinos estão dispostos em pontos distintos da paróquia e do convento, e cada um toca em um horário diferente: às 6h, às 12h e às 18h. "O único horário em que todos soam juntos é às 18h", diz o frei.
Umas singela capela fica disposta nos fundos da construção, ao lado de um belo mural que teve sua restauração finalizada ontem (08). "No piso superior do convento são os dormitórios, aqui embaixo temos a enfermaria em que ficam os freis mais idosos caso houver necessidade", detalha.
Uma das portas de acesso no último conjunto do prédio, em frente a ala dos retiros. (Foto: Kisie Ainoã)Uma das portas de acesso no último conjunto do prédio, em frente a ala dos retiros. (Foto: Kisie Ainoã)
Um dos três sinos do prédio, este está localizado na área interna do convento. (Foto: Kisie Ainoã)Um dos três sinos do prédio, este está localizado na área interna do convento. (Foto: Kisie Ainoã)
Frei João Francisco mostra o azulejo instalado na sacristia desde a construção do prédio. (Foto: Kisie Ainoã)Frei João Francisco mostra o azulejo instalado na sacristia desde a construção do prédio. (Foto: Kisie Ainoã)

Festa - Com uma vida focada do celibato e na abdicação total de riquezas, o Frei João Francisco permanece por 6 anos como pároco da paróquia e, pela primeira vez, movimenta a Quermesse em comemoração ao dia do santo. A festa acontece hoje (10), com missa de celebração às 18h.
"Estamos trabalhando nessa celebração desde agosto. É muito trabalho a ser feito mas agora estamos mais tranquilos. Devido ao 1º turno das eleições e a matriz ser zona eleitoral, não foi possível realizar o evento no início do mês de outubro, próximo a data que fazemos lembrança de São Francisco de Assis, dia 04, e assim o evento foi transferido para esta data", pontua.
Após a missa, a comunidade pode desfrutar das barracas e festejos, com direito à show de prêmios com cartelas a R$ 15,00. Os prêmios neste ano são em dinheiro, indo de R$ 200,00 a R$ 2 mil.
FONTE: Thais Pimenta, Em área doada por dono de bar, paróquia surgiu há 68 anos, Campo Grande News, 10 de novembro de 2018.

12 de dezembro

1969 – Inaugurado asfalto Porto XV- Campo Grande

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Com a presença do presidente recém empossado, general Garrastazu Médici, do governador Pedro Pedrossian, dos ministros Elizeu Resende (Interior) e Mario Andreaza (Transportes), do comandante da 9a. Região Militar, general Ramiro Tavares, do deputado federal Marcílio de Oliveira Lima, é entregue a pavimentação asfáltica das BRs-267 e 163, entre Campo Grande e Porto XV. A rodovia recebeu o nome de Manoel da Costa Lima, o primeiro a completar a ligação São Paulo-Mato Grosso, através de uma estrada boiadeira, inaugurada a 8 de outubro de 1906.¹

O fato foi registrado pela imprensa cuiabana, que deu destaque ao rápido discurso proferido pelo Diretor Geral do DNER, engenheiro Elizeu Resende:

A integração de Mato Grosso à economia nacional é um dos parâmetros diretores do planejamento rodoviário que se estabeleceu no país.

Parte deste objetivo é hoje alcançado com a entrega ao tráfego do complexo rodoviário formado pelas BRs 267 e 163.

Pela primeira vez uma rodovia pavimentada penetra ao Estado de Mato Grosso, beneficiando diretamente toda a região Sul, que pela sua riqueza e pelo seu potencial, representados por notável e crescente produção agropecuária, estava a clamar por ligação asfáltica que a colocasse em direta conexão com os grandes centros consumidores do país e com os portos que assegurassem a exportação de seus produtos.

FONTE: ¹Edgard Zardo, De Prosa e Segredo Campo Grande Segue seu Curso, Funcesp/ Fundação Lions, Campo Grande, 1999 página 36. ²O Estado de Mato Grosso, Cuiabá, 13 de dezembro de 1969.


12 de dezembro

1969 - Anunciada criação da Universidade Federal de Mato Grosso




Por ocasião de sua primeira visita a Mato Grosso, onde inaugurou o asfalto entre Campo Grande e a divisa de São Paulo, o presidente general Garrastazu Médici assinou mensagem ao Congresso Nacional, criando a Universidade Federal de Mato Grosso, com sede em Cuiabá.

A solenidade realizou-se na sala do comandante da Base Aérea de Campo Grande, com a presença dos ministros Jarbas Passarinho, da Educação e Cultura e Mário Andreazza, dos Transportes, do governador Pedro Pedrossian, do deputado Renê Barbour, presidente da Assembleia Legislativa, do senador Fernando Correa da Costa, dos deputados federais Rachid Saldanha Derzi e Marcílio de Oliveira Lima e dos secretários Gabriel Novis Neves e Leal de Queiroz, da Educação e Interior e Justiça.

A universidade foi criada em 10 de dezembro de 1970, pela Lei n° 5647, a partir da fusão da Faculdade de Direito de Cuiabá (que foi criada em 1952) e do Instituto de Ciências e Letras de Cuiabá. Nesse ano foram abertos os 11 primeiros cursos, oferecidos no campus universitário, na região do Coxipó. Foram criados os primeiros centros e iniciadas as obras de construção dos blocos.

FONTE: O Estado de Mato Grosso, 13 de dezembro de 1969.

terça-feira, 1 de março de 2011

9 de julho

9 de julho


9 de julho

1786 - Exploradores do Pantanal chegam ao forte Coimbra



A primeira expedição técnica, destinada à exploração do Pantanal, chega ao forte de Coimbra, numa viagem de cem dias, desde Vila Bela da Santíssima Trindade, capital da capitania de Mato Grosso. A missão composta pelo engenheiro Ricardo Franco de Almeida Serra, que mais tarde comandou o referido forte e os geógrafos e astrônomos Antonio Pires da Silva Pontes e Francisco José de Lacerda e Almeida, mapearam praticamente toda a região. Sobre Coimbra, Francisco José de Lacerda e Almeida fez em seu diário a seguinte anotação:

9 - Com cinco minutos de navegação chegamos a este destacamento, onde fomos bem recebidos do comandante dele e dos seus desgraçados soldados; porém muito mal hospedados por ser tão estéril e áspero aquele pequeno monte, que só produz pimenta; e os morcegos são tantos que não deixam criar uma só galinha e já chegaram a extinguir as cabras matando a mais de 60. Desde a boca do Taquari corre o rio a SSO. Demoramo-nos neste destacamento até o dia 10 e saímos no dia 11, tendo achado a sua Lat. A. 19° 55' Long. 320° 1' 45" Var. NE 10°  39'.


FONTE: Francisco Jose de Lacerda e Almeida, Diário da viagem pelas capitanias do Para, Rio Negro, Matto-Grosso, Cuyaba, e S. Paulo, nos annos de 1780 a 1790, Typ. da Costa Silveira, São Paulo, 1841, página 40.

FOTO: 


1921
Morre Dom Luis, bispo de Cuiabá




Aos 80 anos, falece na capital de Mato Grosso, Dom Carlos Luis D’Amour, primeiro arcebispo de Cuiabá:

“Decreto n. 552
D. Francisco de Aquino Correa, Bispo de Prusiade, Presidente do Estado de Mato Grosso.


"Tendo ciência de haver falecido hoje, nesta capital, às 11 horas antemeridianas o venerando Dom Carlos Luiz D’Amour, decano do episcopado nacional;
Considerando que o ilustre antístite governou durante quarenta e três anos, com admirável zelo e firmeza apostólica a igreja matogrossense e considerando os inolvidáveis serviços que através desse longo pontificado, à custa das maiores abnegações e sacrifícios, prestou desinteressadamente a Mato Grosso, cuja vida no antigo como no atual regime político, acompanhou sempre com intensa dedicação e carinho nas suas crises mais agitadas;


"Considerando as importantes obras pias por ele promovidas ou fundadas e mantidas neste Estado, a bem da educação da juventude, da catequese dos selvícolas e da caridade para com os pobres; considerando que todo esse passado cheio de benefícios ao povo, sagra-o incontestavelmente benemérito da nossa coletividade, cujos sentimentos cabe a este governo interpretar oficialmente na infausta solenidade do atual momento:


"DECRETA

Art. 1o – Fica suspenso de 9 a 12 do andante o expediente da repartições públicas estaduais, devendo-se guardar durante esses dias, luto oficial como demonstração de pesar pela morte e homenagem de gratidão à memória do arcebispo dom Carlos Luiz D’Amour.


"Art. 2o – Os funerais serão realizados às expensas dos cofres públicos, correndo as despesas pela verba competente.


"Art. 3o – Revogam-se as disposições em contrário.


"Palácio da Presidência do Estado em Cuiabá, 9 de julho de 1921, 33 da República.


"+ Francisco de Aquino Correa, Bispo de Prusiade.
Henrique Florence."


Dom Luiz foi o primeiro bispo a visitar a região Sul do Estado, começando sua missão em Corumbá e encerrando em Campo Grande. 



FONTE: Luiz-Philippe Pereira Leite, Bispo de Império, edição do autor, Cuiabá, sd., página 316.




9 de julho

1932Estoura a revolução de São Paulo e Sul de Mato Grosso





São Paulo, com o apoio de Campo Grande e as guarnições militares do Sul de Mato Grosso (à exceção de Corumbá e Ladário) inicia a guerra civil brasileira contra o governo provisório de Getúlio Vargas, que chegou ao poder com a revolução de 30. A revolução paulista, como ficou conhecida, teve o comando militar do general Bertoldo Klinger, às vésperas reformado e substituído do comando da Circunscrição Militar de Mato Grosso, em Campo Grande pelo coronel Oscar Paiva. O Estado passou a ter dualidade de poder, ao Norte um governo legalista à frente Leônidas Antero de Matos e ao Sul, governo revolucionário, exercido pelo médico Vespasiano Barbosa Martins.

O movimento fracassou porque Minas Gerais e Rio Grande do Sul que haviam prometido aderir, na última hora, decidiram apoiar Getúlio Vargas.



FONTE: Stanley Hilton, 1932 A guerra civil brasileira, Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1982, página 73. Demosthenes Martins, História de Mato Grosso, edição do autor, sd., página 107.


9 de julho

1935 - Fundado o Centro Paulista em Corumbá

Presidido por W. Jeffery e secretariado C. Leloth, é fundado o Centro Paulista de Corumbá, "para rememorar a epopeia bandeirante de 1932":

"Tem essa associação por fim intensificar o intercâmbio cultural, artístico e comercial, além de estreitar a afetividade que sempre existiu entre paulistas e matogrossenses.

O centro dispõe de uma sede, de uma sala de leitura, com revistas de São Paulo.

Pretende o Centro Paulista organizar estatísticas demonstrando a pujança dos municípios do nosso Estado."

FONTE: Correio Paulistano, 06/09/1935.


sábado, 5 de março de 2011

11 de agosto



11 de agosto

1797 Ricardo Franco assume o forte de Coimbra

Ao tomar posse o capitão-general Caetano Pinto de Miranda Montenegro, como governador da capitania de Mato Grosso, em 1795, “deterioravam-se as relações entre Portugal e Espanha em consequência das guerras napoleônicas, o primeiro aliado à Inglaterra e o segundo à França. Forçosamente os acontecimentos iriam repercutir nas colônias americanas. Tornava-se necessária a maior vigilância na fronteira meridional da capitania, para a qual o gabinete do reino chamava de contínuo as atenções do governo instalado em Vila Bela. De tal modo considerou-se grave a situação no setor que Caetano Pinto julgou de bom alvitre deslocar para o comando do baixo Paraguai e do presídio de Coimbra o mais competente de seus auxiliares: Ricardo Franco de Almeida Serra. Com este ato ficava-lhe também afeta a praça de Albuquerque.

Ricardo Franco partiu, sem demora, da Capital, por via terreste até Cuiabá e fluvial até Coimbra, enquanto simultaneamente desciam tropas para reforço dos efetivos. (...)


A 11 de agosto de 1797 Ricardo Franco assumia o comando do presídio, para se atirar decisivamente às obras do novo forte, com o lançamento da pedra fundamental a 3 de novembro seguinte. Substituía no posto o tenente Francisco Rodrigues do Prado que, em princípios de outubro, seguiria para o Mondego, em cuja margem direita lançaria os alicerces de Miranda, provavelmente a 3 de novembro de 1797, data que relembrava o primeiro ano da chegada de Caetano Pinto a Vila Bela e que Ricardo Franco aproveitara para homenagear o governador. Com o levantamento desses dois redutos, tivera-se em mira embargar a eventual progressão inimiga através do rio Paraguai e do vale do Miranda, como passar a denominar-se o Mbotetei e o Mondego, também em honra ao 6º governador.” 


Ricardo Franco é um dos quatro heróis do hino de Mato Grosso do Sul. Os outros são Camisão, Vespasiano e o tenente Antonio João.


FONTE: Lécio Gomes de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd. Página 42. IMAGEM: http://www.br429.net/institucional.php



11 de agosto



1826 – Langsdorf chega ao rio Paraná

A entrada da missão científica russa no caudaloso rio na divisa de Mato Grosso com São Paulo é lembrada por um de seus mais famosos integrantes,o pintor francês Hercules Florence (foto):

Dia 11. De manhã partimos e, depois de uma légua de viagem, fomos abicar pouco aquém da embocadura do Tietê com o Paraná. Já estávamos então na região dos índios Caiapós, cuja aldeia fica na margem deste rio em ponto quase fronteiro à foz do Tietê, um pouco acima. (...)


Querendo visitar o salto de Urubupungá, grande queda do Paraná sita duas léguas acima da boca do Tietê e famosa entre os viajantes destes desertos, deixamos à nossa espera a monção e, levando o guia conosco, partimos em dois batelões. Quinze minutos depois, vimos o Paraná. Tínhamos na nossa frente o último estirão do Tietê e abria-se ante nós aquele caudal cuja largura é aí de um quarto de légua, parecendo ainda maior por ser a margem de lá extremamente baixa. 


O sentimento que experimentei, ao contemplar tão vasta extensão d’água e a riba distante, lembrou-me o abalo que recebe o viajante quando divisa, mar alto, as costas que demanda. Se essa é a França, então seu coração estremece jubiloso ao pensar nos gozos já próximos que lhe franqueia aquele belo país, tão adiantado em civilização; aqui, porém, só podíamos ver selvagens e míseras tocas, espetáculo ainda assim cheio de interesse e novidade para quem quer estudar o homem em seu tipo primitivo.


Para nós aquele momento foi de verdadeira festa. Além do prazer que sentíamos em descansar os olhos sobre a superfície desse grande e novo rio ao sair do penoso Tietê, na grata alegria de nossos camaradas tínhamos novos motivos de satisfação. 



FONTE: Hércules Florence, Viagem fluvial do Tietê ao Amazonas de 1825 a 1829, Edições Melhoramentos, SP, 1941, página 34. (imagem: Pró-Memória de Campinas http://glo.bo/h1Qilu)


11 de agosto

1899 - Assembleia proclama resultado eleitoral

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso conclui apuração de eleição extraordinária para o governo do Estado, realizada em 20 de julho, consequente da anulação do pleito que elegeu o candidato João Felix Peixoto de Azevedo, candidato apoiado por Generoso Ponce. Foram proclamados eleitos pelo presidente Joaquim Sulpício de Cerqueira Caldas os seguintes candidatos: presidente coronel Antonio Pedro Alves de Barros; 1° vice-presidente coronel João Paes de Barros; 2° vice-presidente coronel João Ferreira Mascarenhas; e 3° vice-presidente coronel Estevão Alves Correa.

Estava oficialmente inaugurada a era Totó Paes que duraria até 1906.

FONTE: Gazeta Official, (Cuiabá), 12 de agosto de 1899.



2009 - Eletrosul lança hidrelétrica em Mato Grosso do Sul






A Eletrosul Centrais Elétricas S/A e o Consórcio São Domingos (composto pelas empresas Engevix e Galvão) e o Governo do Estado, assinam no dia 11 de agosto (terça-feira), às 9h30, no auditório da Casa da Indústria – FIEMS, em Campo Grande, a Ordem de Serviço que dará inicio às obras da Usina Hidrelétrica São Domingos no Mato Grosso do Sul.
Este é o primeiro empreendimento da Eletrosul na área de geração de energia no Mato Grosso Sul desde 1980, ano em que a empresa iniciou as atividades no Estado, direcionadas para a transmissão de energia em alta tensão. A Usina Hidrelétrica São Domingos (UHSD) terá uma potência instalada de 48 MW e energia assegurada de 36,9 MW médios. Com esta potência será capaz de gerar anualmente 323,25 GWh, e segundo cálculos da empresa, a energia assegurada de 36,9 MW, é capaz de alimentar uma cidade de até 210 mil domicílios ou, atender em média, 700 mil pessoas.
Localizada a 268 quilômetros de Campo Grande, a Usina Hidrelétrica de São Domingos será construída na confluência do rio Verde e São Domingos, na divisa dos municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo (região leste do MS), com acesso pela MS-324, em Água Clara.
Os investimentos previstos são da ordem de R$ 290 milhões, sendo mais um empreendimento da Eletrosul inserido no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, devendo entrar em operação em 2011, já com 100% de geração, comercializada.
Características: a UHE São Domingos será uma usina de “fio d’água”. Ou seja, seu reservatório tem somente a função de manter o desnível necessário para a geração de energia. A usina será constituída de uma barragem que utilizará um canal de adução para conduzir a água até a casa de força, de forma a aproveitar a queda natural do rio Verde.
A estimativa é que com o empreendimento sejam gerados aproximadamente 1,5 mil empregos diretos e indiretos, beneficiando principalmente os municípios de Ribas do Rio Pardo e Água Clara, por serem municípios-sede da usina. Também deverá gerar aproximadamente 9 milhões anuais em ICMS.

A empresa – A Eletrosul Centrais Elétricas S.A. é a subsidiária da Eletrobrás que atua na transmissão e geração de energia elétrica nos estados do RS, SC, PR e MS. Com sede em Florianópolis (SC), a empresa possui uma série de empreendimentos em andamento, entre eles, a construção da Usina São Domingos no MS, a Usina Hidrelétrica Mauá (361 MW), que está sendo construída nos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira no Paraná e na região de Rondônia, está construindo a Usina Jirau (3.300MW)  em parceria com outras empresas  e que abastecerá cerca de 10 milhões de residências. Também no Rio Grande do Sul estão em andamento às obras da Usina Passo São João (de 77MW) e em Santa Catarina, a empresa possuiu 10 projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas, como a Barra do Rio Chapéu, localizada no Sul catarinense, que está em construção. As demais se encontram na fase de projeto.

Veja entrevista do presidente da Eletrosul sobre o assunto:




A usina entrou em operação em 14 de junho de 2013, segundo boletim da Eletrobrás:

14/06/2013Eletrosul inicia operação de hidrelétrica no Mato Grosso do Sul

Usina São Domingos recebeu mais de R$ 485 milhões em investimento
A Eletrosul colocou em operação comercial, nesta sexta-feira (14), a primeira unidade geradora da Usina Hidrelétrica São Domingos, no Leste do Mato Grosso do Sul. Aproveitando o potencial hidrelétrico do rio Verde, nos municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo, o empreendimento conta com duas unidades geradoras com capacidade instalada total de 48 megawatts (MW), suficiente para atender ao consumo de aproximadamente 550 mil habitantes.
"A Usina São Domingos foi um projeto difícil, com muitos desafios técnicos, que conseguimos superar. O início da operação da primeira unidade geradora é muito gratificante. Estamos bastante otimistas com o desempenho operacional da primeira máquina e trabalhando no comissionamento do segundo conjunto gerador para colocá-lo em operação comercial ainda em 2013. Este é o ano da consolidação da Eletrosul como geradora de energia", avaliou o diretor de Engenharia e Operação, Ronaldo dos Santos Custódio.
Com investimento na ordem de R$ 485 milhões, a Usina São Domingos é o maior empreendimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Mato Grosso do Sul. Somente em projetos socioambientais, foram investidos cerca de R$ 14 milhões.
Nos próximos 30 anos, os municípios da área de abrangência da usina receberão uma compensação financeira, no valor de R$ 21,5 milhões, pela utilização dos recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica. O Estado recebe a mesma quantia e a União, R$ 4,7 milhões, totalizando R$ 47,7 milhões. Com o início da operação da usina, a expectativa é de que novos investidores se instalem na região, favorecendo o desenvolvimento socioeconômico das cidades do entorno do empreendimento. Durante as obras, foram gerados aproximadamente 2 mil empregos diretos e indiretos.
O empreendimento
Com 32 metros de altura, a barragem da usina forma um reservatório com área de aproximadamente 19 quilômetros quadrados e volume de 131 milhões de metros cúbicos. O canal, de 400 metros de comprimento por 6 metros de profundidade, e todo o barramento são revestidos em manta de polietileno de alta densidade (PEAD), dando um aspecto exclusivo à obra.
"Diferente de empreendimentos que utilizam métodos convencionais com concreto ou solo argiloso protegido por rochas, a São Domingos é a primeira usina hidrelétrica do Brasil a adotar essa técnica no barramento, que viabilizou a construção do reservatório em terreno arenoso, característico da região", detalha o engenheiro responsável pela obra, André Batistela Ribeiro. O escoamento da energia é feito por uma linha de transmissão (138 kV) de 53 quilômetros até a Subestação Água Clara, pertencente à Enersul, conectando a usina ao Sistema Interligado Nacional (SIN).


FONTE: Eletrosul:http://bit.ly/hAmU7B  Vídeohttp://viamorena.com

FOTO: Maricleyde Vasques.

sábado, 22 de janeiro de 2011

27 de janeiro

27 de janeiro

1938 – Franciscanos chegam a Campo Grande


Frei Eucário Schmitt

Os primeiros padres  da Ordem de São Francisco desembarcam em Campo Grande. “Partiram, pois, de São Paulo – acompanha-os o historiador – no dia 25 de janeiro de 1938 os padres Frei Eucário Schimit e Frei Antonio Schwenger e o Irmão Frei Valfrido Stähle. Tiveram de enfrentar dois dias e duas noites de viagem de trem com poeira, fumaça, fagulhas e cinza. (...) Na manhã do dia 27 chegaram a Campo Grande. Foram recebidos no Colégio Dom Bosco dos Padres Salesianos, onde o Bispo de Corumbá, dom Vicente Priante, os esperava para acompanhá-los a Entre Rios.
 
Tinham ainda oito dias à disposição para se refazerem da longa viagem de trem.”

 
Sobre os primeiros dias em Campo Grande anotaram:


Já aqui em Campo Grande notamos que o povo nunca viu um Franciscano. As pessoas na rua se postavam em nossa frente, abriam a boca e nos fitavam com os olhos arregalados, até que desaparecíamos na esquina. Quando entrávamos numa loja, num instante, ela ficava cheia de rostos curiosos.


Em Campo Grande os franciscanos são responsáveis pela paróquia de São Francisco, cuja obra física tem como referência principal a igreja, construída e mantida pela congregação.



FONTE: Frei Pedro Knob, A missão franciscana do Mato Grosso, Edições Loyola, São Paulo, 1988, página 52.



27 de janeiro

1961 – Ampliada área urbana de Campo Grande




Decreto do governador Ponce de Arruda amplia a área patrimonial de Campo Grande:

Art. 1º. – Ficam confirmados para todos os efeitos os limites observados na medição e demarcação do rocio da cidade de Campo Grande, circunscrevendo as cabeceiras que afluem para os dois pequenos córregos Segredo e Prosa – que regam a cidade, a fim de que não fique a mesma privada de água necessária à sua manutenção e higiene, ficando por esse motivo ampliada a sua área para 6.504 hectares. 


Art. 2º. – A D.E.T.C. de Campo Grande promoverá a expedição do respectivo título de domínio em favor da Prefeitura, de acordo com a medição feita pelo engenheiro militar Themístocles Pais de Souza Brasil, aprovada pela Diretoria de Terras a 31 de julho de 1912 e confirmada pela Secretaria de Agricultura, por despacho de 5 de setembro do mesmo ano.


FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande 1980, página 87.




27 de janeiro


2011 - Governador aceita sugestões para mudança de nome do Estado


O governador André Puccinelli manifesta pela primeira vez sua aprovação ao debate sobre a mudança de nome do Estado, respondendo pergunta do repórter João Flores, da RádioWebms. VEJA.
Imagem do cinegrafista Maurício Nantes, cedida pela viamorena.com, tvviaweb.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

16 de fevereiro

16 de fevereiro

1877 - Escravos matam senhor e capataz de fazenda em Corumbá




Revoltados com o dono e seu capataz, escravos matam os dois, saqueiam a fazenda e fogem. A notícia teve repercussão nacional:

"A 16 do corrente foram assassinados no porto do Chané, a algums léguas desta vila, o fazendeiro Firmiano Firmino Ferreira Cândido e um seu empregado (supomos que administrado) por nome João Pedro.

Segundo vemos de uma carta particular, escrita desse ponto por um genro do primeiro a um dos habitantes desta vila, os homicídios foram perpetrados por escravos do próprio Firmiano, os quais, depois de o assassinarem  e ao referido João Pedro, saquearam da fazenda o que puderam, tendo antes exigido as chaves das canastras existentes em casa, e retiraram-se, montados e bem armados, em número de vinte, inclusive alguns crioulinhos e dois ou três camaradas.

O assassinos, para dificultarem a ação da justiça, levaram consigo todo o armamento e animais que havia na fazenda e inutilizaram a machado três canoas, em que só os podia perseguir.

Logo que se teve aqui notícia de tão tristes acontecimentos, o Sr. Dr. juiz municipal, com alguma força seguiu para o teatro deles, a fim de tomar as devidas providências"¹.

Presos, dois escravos foram condenados à morte, e tiveram a pena capital comutada em galés perpétuas, por decreto do imperador D. Pedro II, de 15 de abril de 1881, nos termos da seguinte comunicação, do governo da província:

"Ao dr. juiz de direito da comarca de Santa Cruz de Corumbá. - Transmito a v. s. para a devida execução, cópia do decreto de 15 de abril último, pelo qual sua majestade o imperador houve por bem comutar em galés perpétuas a pena de morte a que foram condenados por esse juízo, em 29 de março de 1879, os réus escravos José e Benedito por crime de homicídio, mencionados na relação também junta por cópia".² 

FONTE: ¹Gazeta de Notícias (RJ), 1º de março 1878, ²A Província de Matto-Grosso (Cuiabá), 17-07-1881.

FOTO: Fac-simile do jornal Gazeta de Notícias.
 


16 de fevereiro

1888 - Nasce no Rio, José Jaime Ferreira de Vasconcelos





Nasce no Rio de Janeiro, José Jaime Ferreira de Vasconcelos. Advogado pela antiga Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro; farmacêutico pela Faculdade de Odontologia e Farmácia de Campo Grande, jornalista, fundador e diretor do Jornal do Comércio de Campo Grande.

Foi promotor de justiça, inspetor federal do ensino, auditor de guerra, deputado estadual por diversos mandatos, procurador geral do Estado, chefe de polícia, consultor geral do Estado, presidente do Conselho Administrativo do Estado, representante de Mato Grosso na Comissão de Planejamento da Valorização Econômica da Amazônia. Ocupou a cadeira 35 da Academia Mato-grossense de Letras. 



FONTE: Rubens de Mendonça, Dicionário Biográfico de Mato Grosso, edição do autor, Cuiabá, 1971, página 157.


FOTO: Jornal do Comercio, Campo Grande



16 de fevereiro

1943 - Criado o Serviço Nacional da Bacia do Prata



Pela lei nº 5252, 16 de fevereiro de 1943 é criado o Serviço Nacional da Bacia do Prata (SNBP), entidade autárquica, em seguida transformada em sociedade anônima, com sede em Corumbá. Subordinado ao Ministério de Viação e Obras Públicas e à Comissão de Marinha Mercante, o SNBP incorporou o acervo do Lloyd Brasileiro.

"Apesar de ter enfrentado muitas dificuldades financeiras - constata Augusto César Proença - e de ter tido a necessidade de receber do governo subvenções, para poder se manter e continuar atuando na hidrovia, a empresa estatal trouxe inúmeros benefícios para Corumbá e para a região pantaneira," a saber:

Para Corumbá, quando transportava o minério de ferro e o manganês, e ainda cimento da Companhia de Cimento Portland Itaú. Para a pecuária pantaneira, quando utilizava os seus "boieiros" transportando gado em época de grandes enchentes, ou no desembarque ferroviário para os frigoríficos de Campo Grande e São Paulo, em conjugação com o terminal de Ladário. Cada "boieiro" transportava 300 reses em pé e possuía, a bordo, chuveiros para banhos de carrapaticidas ou de outra natureza.

O SNBP prestou também relevantes serviços à região agrícola de Cáceres, ao transportar cereais com fretes bem mais em conta que o cobrado por caminhões através de estradas de rodagem.

Durante o tempo em que atuou na hidrovia Paraguai-Paraná, aproximadamente 50 anos, adquiriu várias embarcações modernas, como a Guarapuava e a Guairicá,construídas na Holanda, além de rebocadores, barcaças tipo C, chatas M1 e N2, como também chatas N  e chatas petroleiras.

Prestou serviços à Flota Del Estado Argentino no transporte de minérios e à Comissão Mista Brasil-Bolívia, transportando trilhos e material ferroviário de Montevidéu a Corumbá.

Em 1992 o SNBP foi privatizado passando ao controle da Companhia Interamericana de Navegação e Comércio (CINCO).

FONTE: Augusto César Proença, Corumbá de todas as graças, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Campo Grande,sd., página 51.


16 de fevereiro

1949 - Morre Nicolau Fragelli


Anúncio publicado em 1914

Com 64 anos, faleceu em Campo Grande, o médico Nicolau Fragelli. Filho de Corumbá, formou-se em Medicina em Porto Alegre e fez curso de especialização em Paris. Entrou na política em 1918, elegendo-se deputado estadual. Em pleno mandato é nomeado pelo presidente dom Aquino Correa para intendente geral de Corumbá, diante de uma crise política local. “No exercício desse cargo teve Fragelli oportunidade de por à prova o seu espírito de serenidade e de conciliação, fazendo voltar a paz e tranquilidade àquela próspera comuna”, conforme Nilo Póvoas.

Em 1930, com a revolução, perde seu mandato de deputado estadual e volta à medicina, ao magistério e ao jornalismo. Em 1934, elege-se deputado estadual constituinte pelo Partido Evolucionista. Com o golpe getulista de 10 de novembro de 1937, voltou ao ostracismo, para retornar à atividade em 1945, ingressando na UDN e elegendo-se suplente de senador. Foi por longo tempo diretor do jornal O Progressista de Campo Grande e membro da Academia Mato-grossense de Letras.


Seu herdeiro político foi o filho José Fragelli, que chegou ao governo do Estado, nomeado pela ditadura militar de 1964 e ao Senado, do qual foi presidente de 1985 a 1987.



FONTE: Nilo Póvoas, Galeria dos varões ilustres de Mato Grosso, vol 2, Fundação de Cultura, Cuiabá,  página 131.



16 de fevereiro


1950 - Criada a paróquia de São Francisco, em Campo Grande







Dom Orlando Chaves, bispo de Corumbá, decide criar a paróquia de São Francisco e nessa data “reuniu todos os párocos de Campo Grande para tratar do assunto e realizar com os mesmos uma visita ao Cascudo para determinar os limites da nova paróquia. Ela devia abranger uma parte da cidade num raio de 2 km ao redor da igreja matriz. Além disso, todo o sertão, incluindo o distrito de Terenos e toda a região do município de Campo Grande para o sul, até os limites com as paróquias de Rio Brilhante e Maracaju. A paróquia teria uma superfície de uns 11.150 km2 com 14.000 habitantes, dos quais uns 2.000 no bairro e 12.000 no resto do território.” 

"Na época - lembra frei Pedro Knob - instalou-se uma igreja provisória, num salão alugado e já existiam as capelas de Terenos e Sidrolândia. Também a paróquia de Coxim foi anexada à nova paróquia e ficou sob os cuidados dos franciscanos. Já no dia 21 de maio, o bispo de Corumbá entregou oralmente ao frei Eucário Schmith, qur tomou posse no dia 8 de dezembro de 1950. A igreja matriz provisória,após um trabalho de reforma no salão e construção dos altares foi inaugurada no dia 25 de janeiro de 1951".


FONTE: Frei Pedro Knob, A missão franciscana de Mato Grosso, Edições Loyola, S. Paulo, 1988, página 347




16 de fevereiro

1963 - Inaugurado o serviço de telefonia interurbana Mato Grosso - São Paulo

Jornalistas Adelino Praeiro, Valmor Aguiar e Juber Felix entrevistam
Humbeto Neder, presidente da Teleoste

É oficialmente entregue a telefonia interurbana entre Campo Grande e São Paulo. Humberto Neder, presidente da Teleoeste, empresa campograndense responsável pelo serviço lembra a data:

Na inauguração do sistema interurbano veio o Governador do estado de Mato Grosso e também o ministro da Saúde, Wilson Fadul, representando o presidente João Goulart, e veio o prefeito de São Paulo, Prestes Maia, acompanhado de uma grande comitiva de pessoas interessadas e amigos em voo fretado por nós para assistir a inauguração desse serviço tão importante, que recebi uma mensagem até do Assis Chateaubriand, me felicitando por isso.

A revista Cruzeiro, a mais importante publicação mensal do Brasil à época, deu destaque ao evento:

Os 600 mil habitantes da região de Campo Grande, no Sul de Mato Grosso, que até o mês passado, viviam praticamente isolados do resto do país, já podem falar com qualquer parte do mundo, por telefone. A inauguração do sistema interurbano da Companhia Telefônica Oeste do Brasil (Teleoeste) através do empreendimento do Senador mato-grossense Humberto Neder vai permitir, daqui para a frente, maior desenvolvimento da região, que era rica mas incomunicável.

O trabalho do Senador Humberto Neder, que é, também, diretor da Teleoeste, consistiu em chegar à fórmula mais barata de levar fios telefônicos aos mato-grossenses e, em seguida, conseguir os meios e o apoio oficial para a iniciativa. A colaboração da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, do Governo Federal e da Ericson do Brasil (Fabricantes de materiais telefônicos) permitiu a inauguração do sistema Campo Grande - Bauru - São Paulo. - Revista o Cruzeiro, n° 26, página 102, 1963.


O serviço chegaria em Cuiabá somente em 30 de abril de 1967.
FONTE: Cláudio Vilas Boas Soares, Humberto Neder, o pioneiro das telecomunicações, FCMS, Campo Grande, 2010, página 92.




16 de fevereiro


1992 - Morre o ex-presidente Jânio Quadros


Nascido em Campo Grande em 25 de janeiro de 1917, morre em São Paulo, no dia 16 de fevereiro de 1992, o ex-presidente Jânio Quadros.





Na edição que anunciou a morte do ex-presidente, em editorial, o jornal Folha de S. Paulo sintetiza sua trajetória:

Estilo carismático marcou sua carreira

Cabelo desalinhados e caspa nos ombros foram alguns símbolos cultivados por Jânio em sua vida pública
Da Redação

Jânio costumava aparecer em público com os sapatos trocados. Nos palanques das campanhas eleitorais levava uma vassoura, com a qual iria "varrer" a corrupção do país. Esse símbolo o acompanhou durante toda sua carreira política.
Entre os discursos de campanha, comia sanduíches de mortadela e pão com banana, numa tentativa de identificar sua imagem com o eleitorado mais pobre.
Jânio procurou sempre se diferenciar dos outros políticos. Vestia roupas surradas, usava cabelos compridos, deixava a barba por fazer, os ombros cheios de caspa e exibia caretas ao fotógrafos.
Sua sintaxe era um caso à parte. Em seus discursos, procurou sempre utilizar um vocabulário apurado, recheado por frases de efeito. É um enigma saber como conseguia se comunicar de forma eficiente com seus eleitores, a maioria sem instrução escolar.
Chefe do Executivo, fosse municipal, estadual ou federal, o autoritarismo e o carisma foram seus traços característicos. Seus bilhetinhos, com ordens a subordinados, se tornaram célebres.
Segundo seus adversários, Jânio sempre demonstrou desprezo pelos partidos e pelo Poder Legislativo. Ao longo de sua carreira trocou de legenda sucessivamente.
Essas demonstrações de força aumentaram sua popularidade junto a diversos segmentos do eleitorado. Jânio parecia diferente dos outros políticos.
Eleito pela segunda vez prefeito de São Paulo, em 1985, seu primeiro ato ao tomar posse, em 1° de janeiro de 86, foi desinfetar a cadeira de seu gabinete. Alguns dias antes da eleição, seu adversário de campanha, Fernando Henrique Cardoso, candidato do PMDB, ocupou a cadeira para ser fotografado pela imprensa.
Em mais um de seus vaivéns políticos, no seu último mandato como prefeito literalmente "pendurou as chuteiras" na porta do gabinete, afirmado que nunca mais seria candidato a um cargo público - o que provavelmente não correspondia a suas intenções eleitorais, mas que acabou, com sua doença, revelando-se como uma espécie de premonição política.
Na campanha para a eleição presidencial de 1989, passou várias semanas transmitindo informações desencontradas sobre sua intenção de se candidatar novamente à Presidência.
Em 27 de maio, com baixos índices de popularidade e abalado por problemas de saúde, anunciou sua desistência com um discurso dramático feito da sacada de sua casa no Morumbi, em São Paulo: "Peço-lhes paciência para quem se retira por deficiência física irreparável da vida pública sem retirar-se da condições de brasileiro", disse ele aos jornalistas.
Jânio fazia discurso contundentes e contraditórios. Para fazendeiros do Nordeste era capaz de defender o latifúndio com a mesma tranquilidade com que, para uma platéia estudantil, defendia a reforma agrária.
Dias antes de sua renúncia, em agosto de 1961, condecorou o ex-guerrilheiro Ernesto "Che" Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul, no grau de Grã-Cruz. Paralelamente, tomava medidas evitando que a Guiana se tornasse um país comunista.
Jânio pode ser considerado um precursor do marketing político. Sabia criar eventos que seriam notícia. O polêmico decreto que proibiu o uso de biquínis quando era presidente teria sido uma inspiração sua para dar aos jornais uma manchete no dia seguinte. Em sua volta à Prefeitura, saía pelas ruas com sua assessoria militar multando motoristas infratores.
Não foram poucos seus atritos com a imprensa. Por exemplo, chegou a proibir o acesso de jornalistas ao seu gabinete e a selecionar os jornais e revistas para os quais daria entrevistas.
Da Reportagem LocalJânio da Silva Quadros fez sua primeira campanha por votos, ainda aos 19 anos, sentado num barril. Era candidato a secretário do Centro Acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Ele prendeu a inscrição "vote em Jânio" no chapéu e sentou-se em um barril na porta de entrada da faculdade. Para surpresa de seus adversários, venceu. Na época, 1936, cursava o segundo ano de Direito.
Jânio nasceu em Campo Grande, no antigo Estado do Mato Grosso (atualmente Mato Grosso do Sul), em 25 de janeiro de 1917.
No quarto ano de faculdade, conheceu Eloá, então com 15 anos, no Guarujá, litoral de São Paulo. Eloá afirmaria depois: "Eu jamais conhecera um homem tão feio quanto Jânio". Casaram-se em 1939, quando ele se formou.
Jânio montou um escritório de advocacia e deu aula em escolas. Apoiado por pais de alunos do colégio paulistano Dante Alighieri - onde era professor de português -, decidiu se candidatar a vereador em 1947 pelo Partido Democrata Cristão (PDC).
Com 1.707 votos, obteve uma suplência. Jânio tomou posse em 1948, após a cassação dos vereadores comunistas, no governo do então presidente Eurico Gaspar Dutra. O Congresso Nacional votou pela cassação de todos os parlamentares comunistas, fazendo o Partido Comunista do Brasil entrar para a clandestinidade.
Sua atuação, em quatro anos, foi polêmica. Apresentou 162 projetos de lei, fez discursos violentos, envolveu-se em tumultos.
A fama aumentou tanto que Jânio foi eleito deputado estadual, em 1950, com a maior votação. Ganhou o posto de líder do PDC. Em 1953, já estava em campanha para prefeito de São Paulo.
Surgiram aí o slogan "o tostão contra o milhão" e a vassoura, referências à corrupção que ele criticava no esquema político de Adhemar de Barros. Foi eleito e tomou posse em 1953, aos 36 anos. Em 1954 se candidatou ao governo paulista.
Lançado pelo PDC, Jânio acabou expulso do partido. Voltou à campanha apoiado por partidos menores.
Enfrentou seu grande inimigo, Adhemar de Barros - enfraquecido pelas disputas com o governador e ex-aliado político Lucas Nogueiro Garcez, que lançou como candidato Prestes Maia. Jânio teve 660 mil votos, Adhemar 641 mil e Maia 492 mil.
Como governador de São Paulo, ele se beneficiou do Plano de Metas do então presidente Juscelino Kubitschek, que pretendia atrair o capital internacional para impulsionar a industrialização do país.
Jânio se aproveitou da situação e São Paulo foi o Estado mais beneficiado com a implantação de parques industriais - como o parque automobilístico.
Nesse período, a receita tributária do Estado aumentou e o déficit financeiro deixado pelos governos anteriores caiu.
Jânio investiu no Estado de São Paulo em estradas, saneamento básico, usinas hidrelétricas e abastecimentos de água.
Em seu governo, Jânio adotou a política de rígido controle para abertura de novos créditos. O sistema de arrecadação e de fiscalização tributária do Estado foi reformulado para diminuir o impacto das sonegações nas contas públicas.
No final de seu governo, conseguiu eleger seu secretário de Finanças, Carvalho Pinto, com mais de 200 mil votos de diferença sobre Adhemar de Barros.
Candidatou-se a deputado federal no Paraná, pelo PTB, e teve a maior votação do Estado.
Jânio jamais foi ao Congresso Nacional. Aproveitou para viajar pelo mundo com a mulher Eloá e a filha Dirce Tutu Quadros.


No governo, defendeu o 'saneamento moral'

Da Redação


Nos sete meses em que ocupou a Presidência, Jânio tomou medidas para promover o "saneamento moral da nação". Introduziu a censura "moralizadora" na TV e proibiu as brigas de galo, a propaganda comercial em cinemas, os desfiles de misses com maiôs "cavados", o uso de lança-perfume no Carnaval e as corridas de cavalos em dias úteis.
Sua cruzada começou no dia da posse, em 31 de janeiro de 61, com a criação de cinco comissões de sindicância para apurar irregularidades no governo de Juscelino Kubitschek. Até 31 de março, Jânio criaria mais 28 comissões de sindicância e inquérito, todas presididas por militares.
A intensa utilização de oficiais das Forças Armadas em sua administração e o temor do envolvimento de nomes do governo anterior em processo acirrou a hostilidade dos congressistas.
Jânio não fez questão de aprofundar relações com o Congresso. Ele recebia deputados federais duas vezes por mês e senadores uma - em audiências coletivas.
No plano externo, Jânio anunciou em 6 de fevereiro que adotaria uma política de neutralidade. Jânio negou-se a apoiar a invasão de Cuba pelos Estados Unidos no dia 16 de abril. Também enviou missões comerciais aos países então comunistas URSS, Bulgária, Hungria). Pretendendo ampliar a presença brasileira na África, o governo abriu embaixadas no Senegal, Gana, Nigéria e Zaire.
Em 19 de agosto, condecorou Ernesto "Che" Guevara, então ministro da Economia de Cuba, com a Ordem Nacional do Cruzeiro do sul, provocando protestos dos militares e da UDN.
A política econômica de Jânio teve como principal objetivo o combate à inflação, que havia atingido 30,6% ao ano em 1960, a redução da dívida externa e a diminuição do déficit orçamentário. Apesar economia em 61 ainda experimentar uma taxa de crescimento em torno de 7% ao não, o déficit orçamentário atingia nesse ano a marca de Cr$ 113 bilhões (valores da época).
O ministro da Fazenda, Clemente Mariani, adotou uma política recessiva. No dia 13 de março, anunciou uma reforma cambial. O cruzeiro foi desvalorizado em 100% em relação ao dólar.
Foram eliminados os subsídios na importação do trigo (o que provocou um aumento no preço do pão), petróleo (aumento da gasolina) e dos bens de produção sem silimar nacional.
Jânio enviou ao Congresso dois projetos polêmicos - a lei antitruste, que visava "embarcar a criação ou funcionamento de monopólios", e a lei de remessa de lucros, que só foi aprovada no governo de João Goulart.
Seu relacionamento com o Congresso foi se deteriorando. Ele estava praticamente isolado no Palácio do Planalto quando renunciou na manhã de 25 de agosto. Sua saída foi precipitada por um discurso do então governador do antigo Estado da Guanabara, Carlos Lacerda (UDN).
Na noite anterior, Lacerda usou uma cadeia estadual de rádio e TV para acusar Jânio de tramar um golpe contra o Congresso. Ele soube do discurso na manhã do dia seguinte. Reuniu auxiliares e disse que iria renunciar. 

FONTE: Folha de S. Paulo, 17 de fevereiro de 1992.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...