sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

10 de maio

10 de maio

1861 - Fundada a colônia de Dourados




É fundada no sul do Estado a colônia militar de Dourados. Segundo informação da época de sua implantação, a colônia "está localizada em um lugar aprazível e fértil, sobre uma chapada na margem direita do primeiro e maior dos três braços que formam o rio dos Dourados, entrecortada por capões e vertentes que vão encontrar no principal galho do rio. Fica abaixo do dorso da serra de Maracaju em uma distância de quatro a cinco léguas na zona compreendida entre este rio e o Ivinhema, Paraná e Iguatemi, e elevação da mesma serra para o lado do nascente, na distância de 12 léguas de Miranda, rumo geral 5.

Inaugurou-se esta colônia com 1 empregado militar, 29 praças e 10 colonos paisanos, depois de 5 anos de esforços".

O primeiro comandante da colônia foi o tenente Antonio João Ribeiro, herói da guerra do Paraguai.

FONTE: Relatório do Ministério da Guerra, Rio de Janeiro, 1866, página 14.



10 de maio   

1905 - Porto Murtinho debaixo d'água  








Notícia veiculada no jornal A Pátria, de Corumbá, dá pormenores da enchente que cobre a cidade de Porto Murtinho:

"O paquete Nioac, enviado pelo governo do Estado em socorro da infeliz Porto Murtinho, assoberbada pela extraordinária enchente atual do rio Paraguai, regressou ao nosso porto na noite de 7 do corrente. Vieram a seu bordo muitas famílias, negociantes, o destacamento de polícia e grande número de peões, ao todo 245 pessoas, das quais 7 ficaram em caminho.

Os recém-chegados, verdadeiros náufragos, confirmam em sua plenitude, contando suas próprias desventuras, o estado de horror e desolação, o pânico apavorante a que chegou ultimamente aquela até então florescente localidade.

Pormenorizemos os fatos, ainda que rapidamente. 

O rio, que crescia lentamente como aqui, em os últimos dias avolumou-se rápido, igualou com a barranca, venceu-a e a poderosa massa líquida cobriu célere toda a povoação, ficando as águas com uma altura média de 80 centímetros.

Os habitantes assustados fugiram, parte indo para a Villa Conceição e e Porto Rico, e parte refugiou-se, uns no Bocaiuval, meia légua distante, e outros na costa paraguaia do lado oposto do rio, onde ficaram acampados num pequeno capão ilhado.

A lancha S. Lourenço entrou pelas ruas da povoação, transformada em nova e triste Veneza, o foi até o Bocaiuval.

Entre os acidentes ocorridos, menciona-se o de uma inocente criança, que, dormindo numa cama, resvalou dela e foi cair n'água, morrendo afogada.

Nioac foi recebido com indiscritivel júbilo por aqueles pobres refugiados, que jaziam sem recursos de espécie alguma.

A provisão de mantimento que ia a bordo foi devidamente dividida, segundo as necessidades do momento, seguindo uma parte para a Foz do Apa e outra para o referido Bocaiuval.

O nosso amigo major José Mário Trouy, administrador da mesa de rendas, secundado pelos seus auxiliares e mais outras pessoas, tem sido incansável em atender de forma possível as circunstâncias críticas da ocasião". 

Vulnerável às cheias, Porto Murtinho viveria no correr de todo o século XX, várias enchentes. O problema somente viria a ser solucionado em 1985, com a construção de um dique, pelo governo federal.


FONTE: Jornal A Pátria (Corumbá), 10 de maio de 1905.







10 de maio   

1911 - Nasce em São Paulo, Antônio Barbosa, primeiro bispo de CG




Filho de Benedito Barbosa e Cecília Giorgi Barbosa, nasce em São Paulo, Antonio Barbosa. Fez seus primeiros estudos no Liceu Coração de Jesus, dos padres salesianos, em cuja congregação ingressou no seminário de Lavrinhas no ano de 1928. Após os estudos filosóficos, cursou teologia no Instituto Pio XI de São Paulo. Ordenou-se sacerdote em dezembro de 1936. Em 37 seguiu para Roma, onde se licenciou em Direito Canônico, na Universidade Gregoriana. Retido na Europa pela guerra, foi lente do Pontifício Ateneu Salesiano de Turim. Na volta ao Brasil assumiu a direção do Instituto Teológico Pio XI. Em 1952 foi nomeado provincial da Inspetoria Salesiana do Sul do Brasil, com sede em São Paulo. Exercia tal cargo, quando por bula pontifícia do papa Pio XII, de 23 de janeiro de 1958 foi feito bispo da recém criada diocese de Campo Grande. A ordenação episcopal lhe foi conferida a 1° de maio do mesmo ano, pelo núncio apostólico dom Armando Lombardi. Pelo mesmo prelado lhe foi dada a posse da Diocese, em memorável cerimônia no dia 24 de maio de 1958.

Em 1979, com a criação de Mato Grosso do Sul foi eleito arcebispo. Aposentou-se em 1986, sendo substituído por dom Vitório Pavanello. Faleceu em São Paulo a 3 de maio de 1993.



FONTE: Pe. Ubajara Paz de Figueiredo, Dom Antonio Barbosa - Mentor religioso e primeiro arcebispo metropolitano de Campo Grande, in Campo Grande:personalidades históricas, volume 1, Fundação de Cultura MS, Campo Grande, 2012, página 107.






10 de maio


1925 - Ponta Porã: Coluna Prestes cai na gandaia na fronteira





Nessa data os rebeldes tomam a cidade sem resistência, já que a guarnição local do exército debandou, com a notícia de sua aproximação. “Atraídos pelo choro sentido das violas e violões - descreve Domingos Meirelles - os rebeldes que ocupam Ponta Porã, em Mato Grosso, são rapidamente envolvidos pelas polcas paraguaias e arrastados para os cabarés de Pedro Juan Caballero, do outro lado da fronteira. A luz cúmplice dos lampiões a querosene assegura o anonimato dos casais que se refugiam pelos cantos dos jiroquis. As mesas estão repletas de paraguaios, com os olhos já pisados pela bebida, todos de mau humor, ao verem as moças dançarem de mão em mão, sem que lhes chegue a vez. (...)

É demais; os paraguaios não conseguem mais suportar toda essa humilhação. Ouve-se um disparo e o tiroteio se espraia por toda a zona boêmia. As patrulhas revolucionárias intervêm, desarmando os rebeldes dominados pela bebida. João Alberto passa o resto da madrugada tentando apaziguar os ânimos. O saldo do tiroteio é considerado suave, diante da violência que varreu os cabarés de Pedro Juan Caballero: três mortos, entre eles um paraguaio, e mais de uma dezena de feridos”.



FONTE: Domingos Meireles, A noite das grandes fogueiras, Editora Record, Rio, 1995, página 389.




10 de maio

2001 - Inaugurada ponte sobre o rio Paraguai





Com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi entregue ao tráfego pelo governador Zeca do PT, a ponte de concreto sobre o rio Paraguai, na BR-262. Iniciada em 1994, teve mais de 90% de sua execução viabilizada nos últimos dois anos com investimentos de R$ 22,981 milhões, dos quais R$ 18,2 milhões sob responsabilidade do Estado, através de recursos do Fonplata (Fundo de Desenvolvimento da Bacia do Prata). A outra parte foi contrapartida do governo federal.

Em seu discurso o presidente da República enfatizou que a obra “testemunha a grande parceria do governo do Estado com o governo federal (...) aliás, o governador Zeca do PT é mais que um parceiro nesta obra, que está sendo entregue graças à sábia aplicação dos recursos do Fonplata e à competente ação do seu governo”.


Para o presidente, o governador Zeca, ao levar para a solenidade toda a representação parlamentar, dá demonstração de que “acima dos interesses circunstanciais e divergências políticas e ideológicas, está o interesse da população”. 



FONTE - Jornal Primeira Hora, Campo Grande, 11/05/2001.

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa ponte foi a redenção de Corumbá

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

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