1889 – Nasce Camilo Boni, em Modena, na Itália
Nasce em Modena, na Itália, Camilo Boni. Diploma-se perito em Agrimensura, Arquitetura e Engenharia no Reggio Instituto Técnico Jacoppo Barozi. Em 1919 muda-se de São Paulo para Campo Grande. Aí iniciou seus contatos com padres da Missão Salesiana de Mato Grosso, “tendo recebido como encomenda de trabalho – segundo Ângelo Arruda – projetar a Catedral de São José, igreja matriz da cidade, no terreno ocupado pelo Rádio Clube, que acabou não sendo construída”. Em 1921, Boni assume a função de engenheiro municipal e de chefe da Seção de Engenharia da Intendência Municipal, na administração dos intendentes Arlindo de Andrade Gomes e Arnaldo Estevão de Figueiredo. Na função, fez o levantamento da planta da cidade, visando preparar a implantação dos quartéis do exército.
“Na administração pública, na área de urbanismo e paisagismo – destaca seu biógrafo – realizou o Plano de Melhoramentos de Ruas e Calçadas, com levantamento e perfil de cada uma das vias urbanas; padronizou as calçadas e passeios; embelezou a av. Afonso Pena com árvores vindas da chácara do intendente Arlindo Gomes; projetou, fiscalizou e implantou o traçado urbanístico do bairro Amambaí, o primeiro bairro de Campo Grande, em 1921.
Na parte de obras, construiu o coreto da praça Ary Coelho e diversas pontes e estradas vicinais ligando os distritos de Jaraguari, Rio Pardo e Terenos, escolas rurais e urbanas".
Como arquiteto e urbanista projetou entre outras obras, a Santa Casa de Campo Grande, o horto florestal, a igreja matriz de Santo Antônio, demolida na década de 80, o prédio da Escola Joaquim Murtinho, a loja maçônica da avenida Calógeras, o colégio Dom Bosco e o projeto inicial do colégio Auxiliadora.
Em outras cidades, Camilo Boni trabalhou nos projetos e obras das igrejas católicas de Jaraguari, Aquidauana, Guiratinga e Alto Araguaia.
FONTE: Ângelo Arruda, Série Campo Grande 2002, Funcesp, Campo Grande, 2002, página 10.
21 de agosto
1893 – Descoberta a lagoa Aporé no município de Paranaíba
Lagoa Santa no rio Aporé, na divisa de Mato Grosso do Sul com Goiás |
É efetuado o reconhecimento pelo capitão Jerônimo Martins de Andrade, da lagoa termal do rio Aporé, situada no município de Paranaíba, afamada por suas propriedades medicamentosas. Alguns dados do relatório de reconhecimento:
Extensão da lagoa, da embocadura à cabeceira
Estas duas fontes, cujas águas se reúnem junto à nascente, oferecem uma grande e excelente banheira natural, apresentando sua águas, a qualquer hora do dia, calor igual ao do corpo humano, e, reunidas como se acham, podem deitar
FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, 2a. edição, Governo do Estado, Cuiabá, 1973, página 103.(Imagem: feriadão.com.br http://bit.ly/dLPHEH)
21 de agosto
1965 - Inaugurada primeira ponte ligando São Paulo a Mato Grosso
Ponto Maurício Joppert, atual Hélio Serejo, capa de revista |
Iniciada no governo do presidente Juscelino Kubitscheck é inaugurada oficialmente a ponte Maurício Joppert, ligando os estados de São Paulo e Mato Grosso. A ponte mede 2.550 metros de comprimento por 12,7 m de largura e comporta tráfego normal de veículos em duas pistas.
Até então a travessia do rio Paraná entre Presidente Epitácio (SP) e Porto XV de Novembro, nas imediações de Bataguassu, representava um entrave para o intercâmbio comercial entre os dois Estados. Nas duas margens do rio formavam-se filas enormes de veículos,principalmente caminhões lotados de mercadorias, que aguardavam pacientemente a vez para o transporte através de balsa que demorava mais de uma hora para atravessar.
"Com a entrega ao tráfego da ponte Maurício Joppert - viu-se na época - verificou-se imediatamente alta considerável dos preços de terras nos municípios de Bataguaçu, Anaurilândia e Dourados, no Estado de Mato Grosso. Registrou-se também mais demanda de informações sobre as possibilidades imediatas do território sulino de Mato Grosso, onde grandes organizações industriais e comerciais pretendem montar fábricas e agências".
A rodovia entre Epitácio e São Paulo era totalmente pavimentada. As BRs 34 (hoje BR-267) e 16 (hoje BR-163), ligando Porto XV, Campo Grande e Cuiabá eram estradas de chão.
Seu nome mudou para Hélio Serejo, pela lei 12.610 de 10 de abril de 2012, em homenagem ao escritor sul-matogrossense, falecido em 2007 que residia há muitos anos no município de Presidente Epitácio (SP).
FONTE: Revista Brasil-Oeste, Brasil-Oeste Editora Ltda., São Paulo, agosto de 1965 (n° 107), página 29.
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