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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

27 de abril

27 de abril

1867 – Taunay dá notícias de Bela Vista no Paraguai



Homenagem a Taunay no quartel de Aquidauana



Pouco antes de partir para a fazenda Laguna, onde se daria o primeiro grande confronto com forças paraguaias, do forte Bela Vista, o tenente Taunay manda à sua irmã, no Rio, sua única carta de território paraguaio:

“Estamos presentemente destruindo a estacada que constituía este forte. Boas fogueiras ardem ao pé dos grossos paus de aroeira formando uma atmosfera agradável para combater o frio intenso que já se começa a sentir. Diante de nossos postos avançados estão os paraguaios que, conhecendo a nossa falta de cavalaria, observam do alto de uma eminência o incêndio da fortificação que defenderam tão mal.


Hoje achou a seguinte resposta a uma intimação que lhes foi dirigida em termos muito delicados:

 
Al Comandante de la fuerza brasileira – Lãs fuerzas Paraguayas siempre tienen oficiales com quienes hablar: pero em el estado pleno de guerra entre el Imperio y la Republica, solo com la espada em mano podrán tratar com vosotros... Los tiros que hábeis disparado contra nosotros, no nos ofendem; sobran campos para las armas republicanas.


Estiveram polidos e já é muito. A letra é linda e do próprio punho do major Urbieta, como reconheceram os fugitivos que estão entre nós. Entretanto, se tivéssemos aqui uns 50 soldados bem montados estaríamos de posse de imensa bagagem que os inimigos puderam por a salvo de nossa perseguição.

A posição de Lopez deve estar desesperada; senão ele teria mandado reforço depois de um mês de aviso de próximo ataque. Se esta guerra pudesse terminar breve e pudéssemos, enfim, abraçar-nos, daríamos por bem empregada a longa ausência de dois anos. O correio vai partir, adeus, mil saudades a Mamãe do grande filho condecorado. Alfredo".




FONTE: Taunay, in Mensário do Jornal do Comércio (Tomo XXI, volume II), Rio, fevereiro de 1943, página 349.





27 de abril

1892 - Deputado desmente separação de Mato Grosso

Passando por Montevideo em direção ao Rio de Janeiro, o deputado federal e oficial do exército, Caetano de Albuquerque, um dos autores do golpe que derrubou o governador Manoel Murtinho, desmente a notícia de que os rebeldes haviam proclamado a independência de Mato Grosso. As explicações do parlamentar foram publicadas no jornal La Razon:

"Tomo a liberdade de salientar a publicação destas linhas, cujo objetivo é desfazer a falsa notícia que em muito está prejudicando o Estado de Mato Grosso, que eu tenho a honra de representar no Congresso Brasileiro. Corre como certo aqui e em Buenos Aires, que Mato Grosso separou-se da União constituindo uma república independente. Asseguro ao sr. diretor que semelhante versão não tem fundamento algum, e gravíssimo erro, senão insensatez seria pretender que aquele estado rompesse os laços de solidariedade nacional. A semelhante tentativa eu opor-me-ia franca e energicamente, como altamente antipatriótica.

Em Mato Grosso pretende-se que o governo do digno marechal Floriano Peixoto reconheça, como é de justiça, a validade das eleições do mês de janeiro. Pelas notícias do Rio aqui publicadas, vejo que o governo central acha-se sob a ação de perversas informações, nem de outra forma poderia explicar a atitude desumana que ele está tomando em relação a um estado de escassa população, em uma contenda em que não é difícil um acordo.

Publicando estas linhas no seu importantíssimo jornal, prestaria V. um obséquio de muito valor a que subscreve-se seu atento servidor.- Caetano de Albuquerque, deputado por Mato Grosso.- Montevideo, abril 27".

FONTE: Jornal do Commercio (RJ), 7 de janeiro de 1893.


27 de abril

1921 – Novo código de Campo Grande



Arlindo de Andrade, o segundo da esquerda e os funcionários da intendência
Aprovado pela Resolução n. 48, de 27 de abril de 1921, passa a circular o novo código de posturas da cidade, também conhecido como Código do Dr. Arlindo, por ter sido uma iniciativa do intendente Arlindo de Andrade Gomes, “composto de 578 artigos e um quase igual número de parágrafos, ricos em detalhes, vazado em linguagem elegante e correta, tão rico em detalhes que transcende da matéria peculiar nos diplomas de tal gênero”, segundo Ulisses Serra.

“O legislador foi precavido, prescrevendo um sem-número de cautelas, inclusive quando proíbe a queima de bolas ardentes, busca-pés, morteiros e outros quaisquer fogos que pudessem lesar transeuntes, moradores e proprietários.

 
Foi generoso ao vedar, no artigo 323, touradas com mau trato aos animais e sem precatar-se convenientemente os artistas, como se isso fosse possível em diversões pela sua própria natureza violentas e emocionais".



O primeiro código de Campo Grande é de 30 de janeiro de 1905 e foi sancionado na administração do intendente Manuel Taveira.


FONTE: Ulisses Serra, Camalotes e guavirais, Editora Clássica Científica, São Paulo, 1971, página 45.



1961 – Jânio Quadros na reunião dos governadores





O presidente Janio Quadros, recém empossado, abre em Cuiabá, reunião dos governadores do Centro-Oeste. Era governador de Mato Grosso, pela segunda vez, o ex-prefeito de Campo Grande, Fernando Correa da Costa.

“Para Mato Grosso traçou-se um vigoroso, amplo e racional esquema de atividades, desde a constituição de grupos de trabalho para estudos relativos à defesa e adensamento, no seu próprio habitat, da poaia, da seringueira e da erva mate; navegação dos rios; prolongamento da Estrada de Ferro Araraquarense até Cuiabá; remodelação da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a exemplo do que se faz no território de São Paulo; pavimentação do eixo rodoviário Porto Quinze de Novembro, Campo Grande e Cuiabá; prosseguimento da construção da rodovia Cuiabá a Porto Velho e Acre, na penetração da Amazônia, até financiamento pelo BNDE e Caixa Econômica de empreendimentos de eletrificação de várias cidades".



FONTE: Demósthenes Martins, História de Mato Grosso, edição do autor, Campo Grande, sd., página 129.


27 de abril


1977 – Libelo contra a divisão de Mato Grosso






O governador de Mato Grosso, José Garcia Neto (foto) encaminha ao general Ernesto Geisel, presidente da República, suas razões contrárias à criação do Estado de Mato Grosso do Sul:

Mato Grosso, a despeito de suas dimensões, que muitos consideravam, no passado, o seu grande infortúnio, é hoje um Estado consolidado e satisfatoriamente integrado pelos meios modernos de transporte e comunicação, mantendo o Governo sob seu efetivo controle as instituições econômicas, sociais e políticas. Suas receitas correntes são maiores que as despesas correntes, o que não ocorre com algumas unidades da Federação.
Dividir Mato Grosso seria, a meu ver, transformar um Estado financeira e economicamente consolidado em duas unidades inviáveis, que não teriam sequer condições de atender às exigências das resoluções 62 e 93 do Senado Federal, quanto à capacidade de endividamento. Contrariaria, ainda, no meu entender, a tese vitoriosa no mundo inteiro das fusões, que visam diminuir as despesas administrativas, do que são exemplos o Mercado Comum Europeu e o Comecon, já não falando da própria experiência brasileira da fusão dos Estados do Rio e da Guanabara e de nossa adiantada legislação incentivando a fusão das empresas privadas que deflagrou um processo de associação a que aderiram numerosas organizações, entre as quais as instituições de crédito de mais de um século.


O desequilíbrio financeiro que a Divisão de Mato Grosso provocaria, geraria problemas de tal monta que o governo federal teria, para solucioná-los, que carrear grandes recursos para custeio da administração dos dois Estados, os quais somariam, no primeiro ano, cerca de 380 milhões de cruzeiros, a preços de 1977, quando neste mesmo ano o orçamento de Mato Grosso apresenta superávit de 70 milhões de cruzeiros, entre as receitas correntes e as despesas obrigatórias, inclusive amortização de dívidas".

 



FONTE: Pedro Valle, A divisão de Mato Grosso, Royal Court, Brasília, 1996, página 41.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

27 de outubro

27 de outubro
 
1777 – Abandonada colônia de Iguatemi



Fundada em 1767 pelo governo de São Paulo, castigada pela insalubridade e fustigada por frequentes ataques espanhóis, é abandonada no extremo sul do Estado, a colônia de Iguatemi, oficialmente conhecida como Presídio Nossa Senhora dos Prazeres:

A situação do presídio foi se agravando, pela falta de pessoal, medicamentos e intensificação das febres, em consequências das quais veio a falecer o capitão mór João Martins de Barros.


Em 1777, encontravam-se respondendo pelo comando o capitão José Rodrigues da Silva e o capitão Antonio Ramos Barbas. Apresentou-se então à margem oposta do rio, vindo de Assunção, o capitão Pinido, comandando forte contingente e intimou o presídio a render-se. Houve rápida refrega, onde pereceu o capitão José Rodrigues da Silva. Faltando munição aos demais defensores, regressaram estes ao presídio. O inimigo então exigiu dos comandantes, agora tenente Germano da Costa Tavares e o capelão, a rendição, o que resolveram estes aceitar, assinando a capitulação, reconhecendo a área como terras pertencentes à coroa espanhola. Foi-lhe ordenado a retirada imediata, com seus pertences, deixando armas e os sinos da igreja. O fato ocorreu a 27 de outubro de 1777.


Desocupada a vila, os espanhóis apossaram-se do que lhes foi possível, destruindo o presídio, onde não deixaram pedra sobre pedra.


Regressando a São Paulo, os signatários da rendição foram recolhidos presos à Fortaleza da Barra de Santos, para serem submetidos a conselho de guerra.
E assim, mais uma vez tornou-se desértica a região, só restando vestígios do que fora o presídio. 


FONTE: Athamaril Saldanha, Capataz Caati, in Ciclo da Erva-Mate em Mato Grosso do Sul (1883-1947), Instituto Euvaldo Lodi, Campo Grande, 1986, página 460.



27 de outubro

1848 – Joaquim Francisco Lopes inicia viagem ao Sul de Mato Grosso

A serviço do barão de Antonina, na obtenção de terras devolutas, o sertanista Joaquim Francisco Lopes e seu irmão Gabriel Francisco Lopes, primeiro marido de Senhorinha Barbosa e fundador da Fazenda Jardim, começam a sua viagem com destino aos campos de Vacaria:

Em 27 de outubro de 1848, em canoada com 19 experimentados homens do sertão, municiados de boca e fogo, carregada de presentes para os índios que sabiam seriam encontrados ao longo dos rios, Joaquim Francisco parte do rio Congonhas, afluente do Tibagi, em busca do Paranapanema e do Paraná.


FONTE: Acyr Vaz Guimarães, Mato Grosso do Sul, Sua Evolução Histórica, Editora UCDB, Campo Grande, 1999, página 92



27 de outubro

1926 - Morre o primeiro pároco de Aquidauana

Faleceu em Aquidauana,  aos 90 anos, o padre espanhol Julião Urquiza, o primeiro pároco de Aquidauana. Em Miranda, onde iniciou seu sacerdócio no Sul de Mato Grosso, substituiu o frei Mariano de Bagnaia, depois da guerra do Paraguai. Em 1878, inaugurou, celebrando a primeira missa, a capela de Santo Antonio, de Campo Grande.

Em 1892 integrou o grupo de moradores de Miranda que se juntou para fundar a vila de Aquidauana, constando o seu nome na ata da reunião de criação da cidade:

Alguns anos depois, graças ao seu empenho, foi criada a Freguesia do Alto Aquidauana, da qual veio a ser o primeiro vigário. Ao fim da mesma década, liderou a fundação da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, visando construir uma nova capela consagrada à padroeira de Aquidauana.


FONTE: PAIS, Luiz Carlos, Presença histórica do Padre Julião Urquia, (artigo), Correio do Estado, 2 de julho de 2022.

27 de outubro

1947 - Morre o poeta corumbaense Lobivar de Matos





Nascido em 12 de janeiro de 1915, em Corumbá, falece no Rio de Janeiro, o poeta Lobivar de Matos. Começou seus estudos no Colégio Salesiano Santa Teresa. Em 1928 muda-se para Campo Grande. Fez o curso ginasial no Instituto Pestalozzi, mais tarde denominado Ginásio Municipal de Campo Grande, sendo colega de Rachid Derzi e José Fragelli. Em 1932, já sob a influência do modernismo publica seu primeiro poema na revista Folha da Serra: 

Corumbá deslumbrante. 
Dorme na harmonia
o teu sono infinito,
nas rochas de granito,
sob a luz sombria
do calor. 

Em fins de 1933 muda-se para o Rio de Janeiro para estudar Ciências Jurídicas na Faculdade Nacional de Direito do Distrito Federal. Em 1935 publica seu primeiro livro de poemas "Areôtare,". Em 1936 publica "Sarobá," seu segundo livro. Em 1941, já formado em advocacia e com a família constituída, volta à Corumbá, onde passa pouco tempo,mudando-se para Cuiabá. Às vésperas da entrada do Brasil na II Guerra, Lobivar estava de volta ao Rio. Lá trabalhou como censor e milita em vários órgãos da imprensa. Pouco antes de morrer escreve em síntese ao seu tio Osório, também escritor, seu ideário de poeta:

Poesia hoje não pode ficar presa a vestimentas antigas. O tio pode perfeitamente manifestar os seus sentimentos sem peias, sem a preocupação da rima rica, sem a clássica 'chave de ouro' dos sonetos. Em poesia a exigência máxima que se pode fazer não é da forma, mas de fundo, isto é, de sentimentos. A poesia - como dizem os mestres - é sugestão.


FONTE: José Otávio Guizzo, Lobivar de Matos, o poeta que abriu os caminhos da moderna poesia regional, in Campo Grande: personalidades históricas (volume II), Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2012, página 83.   

 


27 de outubro

1993 - Criada a Universidade Católica Dom Bosco em Campo Grande

Pela portaria nº 1.547 do Mistério da Educação e Cultura, a FUCMT, Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso,  transformou-se em Universidade Católica Dom Bosco. A semente da UCDB foi plantada em 1961 com a implantação pela Missão Salesiana de Mato Grosso da Faculdade Dom Aquino de Filosofia, Ciências e Letras, com os cursos de Pedagogia e Letras.

Em seguida foram criadas as faculdades de Direito (1965), de Economia, Contabilidade e Administração (1970), de Serviço Social (1972), e, sucessivamente, os cursos de História, Geografia, Ciências, Filosofia e Graduação de Professores.

Em 1976, o Conselho Federal de Educação aprovou a criação da FUCMAT, que teve como primeiro reitor o padre José Scampini, que foi também o primeiro reitor da UCDB, sendo substituído em 4 de setembro de 2015, pelo padre Ricardo Carlos, sucedido pelo padre José Marinoni.

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Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande, 2021.

 

 

sábado, 22 de janeiro de 2011

27 de janeiro

27 de janeiro

1938 – Franciscanos chegam a Campo Grande


Frei Eucário Schmitt

Os primeiros padres  da Ordem de São Francisco desembarcam em Campo Grande. “Partiram, pois, de São Paulo – acompanha-os o historiador – no dia 25 de janeiro de 1938 os padres Frei Eucário Schimit e Frei Antonio Schwenger e o Irmão Frei Valfrido Stähle. Tiveram de enfrentar dois dias e duas noites de viagem de trem com poeira, fumaça, fagulhas e cinza. (...) Na manhã do dia 27 chegaram a Campo Grande. Foram recebidos no Colégio Dom Bosco dos Padres Salesianos, onde o Bispo de Corumbá, dom Vicente Priante, os esperava para acompanhá-los a Entre Rios.
 
Tinham ainda oito dias à disposição para se refazerem da longa viagem de trem.”

 
Sobre os primeiros dias em Campo Grande anotaram:


Já aqui em Campo Grande notamos que o povo nunca viu um Franciscano. As pessoas na rua se postavam em nossa frente, abriam a boca e nos fitavam com os olhos arregalados, até que desaparecíamos na esquina. Quando entrávamos numa loja, num instante, ela ficava cheia de rostos curiosos.


Em Campo Grande os franciscanos são responsáveis pela paróquia de São Francisco, cuja obra física tem como referência principal a igreja, construída e mantida pela congregação.



FONTE: Frei Pedro Knob, A missão franciscana do Mato Grosso, Edições Loyola, São Paulo, 1988, página 52.



27 de janeiro

1961 – Ampliada área urbana de Campo Grande




Decreto do governador Ponce de Arruda amplia a área patrimonial de Campo Grande:

Art. 1º. – Ficam confirmados para todos os efeitos os limites observados na medição e demarcação do rocio da cidade de Campo Grande, circunscrevendo as cabeceiras que afluem para os dois pequenos córregos Segredo e Prosa – que regam a cidade, a fim de que não fique a mesma privada de água necessária à sua manutenção e higiene, ficando por esse motivo ampliada a sua área para 6.504 hectares. 


Art. 2º. – A D.E.T.C. de Campo Grande promoverá a expedição do respectivo título de domínio em favor da Prefeitura, de acordo com a medição feita pelo engenheiro militar Themístocles Pais de Souza Brasil, aprovada pela Diretoria de Terras a 31 de julho de 1912 e confirmada pela Secretaria de Agricultura, por despacho de 5 de setembro do mesmo ano.


FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande 1980, página 87.




27 de janeiro


2011 - Governador aceita sugestões para mudança de nome do Estado


O governador André Puccinelli manifesta pela primeira vez sua aprovação ao debate sobre a mudança de nome do Estado, respondendo pergunta do repórter João Flores, da RádioWebms. VEJA.
Imagem do cinegrafista Maurício Nantes, cedida pela viamorena.com, tvviaweb.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

4 de janeiro

4 de janeiro 


1821 - Junta governativa de Mato Grosso inicia atividade em Cuiabá




Iniciando o processo de mudança da capital de Mato Grosso, de Vila Bela da Santíssima Trindade para Cuiabá, já instalada oficialmente, reúne-se pela primeira vez em sua nova sede, a Junta Governativa da capitania, conforme os anais do Senado da câmara da cidade:

Por ordem Regia do anno de 1820, foi mandado transferir de Mato Grosso, para a Cuyabá, a Junta d’ Administração, e Arrecadação de Faz.a e a Casa da Fundição do ouro, e com efeito no dia 4 de Janeiro do corrente, teve lugar a primeira sessão da mesma sendo Pres.e o atual Gov.or e Cap.m Gen.al Francisco de Paula Magesse Tav.es de Carv.º, e Deputados, o D.or Ouv.or Geral, e Corregedor da Comm.a Antonio Jose de Carv.o Chaves, em qualidade de Juis dos Feitos da Coroa, o Cap.mor João Jose Guim.es e Silva em qualid.e de Escr.m e Deputados, o Sarg.mor André Gaudie Ley em qualid.e de Thesoureiro; e Cap.m Manoel Antonio Pires de Miranda em qualidade de Procur.º da Coroa, e comissão também a trabalhar a casa da Fundição do ouro.

Oficialmente, a mudança da capital para Cuiabá deu-se somente em 28 de agosto de 1835.


FONTE: Annaes do Senado da Câmara do Cuiabá (1719-1830).


4 de janeiro

1775 – Declarada a inutilidade do presídio de Iguatemi






O brigadeiro Sá e Faria, por determinação da corte portuguesa, faz visita de inspeção ao forte de Iguatemi, conhecido oficialmente  como colônia Nossa Senhora dos Prazeres,  e em relatório aos seus superiores, concluiu pela inutilidade e inconveniência da manutenção do estabelecimento “pois a região se apresentava inacessível e cercada de dificuldades insuperáveis, nada justificando tantas despesas e sacrifícios".

colônia foi abandonada pelos paulistas e incendiada pelos espanhóis em 27 de outubro de 1777.


FONTE: J. Barbosa Rodrigues, História de Mato Grosso do Sul, Editora do Escritor, S.Paulo, 1985. 

FOTO: planta da praça de praça de Nossa Senhora dos Prazeres (forte Iguatemi), feita, em 1774, por José Custódio de Sá e Faria.


4 de janeiro


1904 - Nasce Joaquim Teodoro de Faria




Nasce na fazenda Forquilha, município de Nioaque, Joaquim Teodoro de Faria. Formado em engenharia civil pela Escola Politécnica de São Paulo, em 1927, exerceu a profissão em Campo Grande, onde deixou várias obras, entre elas os prédios do Colégio Auxiliadora, edifício Nakao, Cine Rialto e Hotel Gaspar. Foi prefeito nomeado de Campo Grande, no final da ditadura do Estado Novo (1945-1947). Faleceu em São Paulo, em 1984.


FONTE: Ângelo Arruda, Pioneiros da arquitetura e da construção em Campo Grande, Uniderp, Campo Grande, 2002, página 179.

FOTO: Reprodução do livro 100 anos do legislativo de Campo Grande, 2005.


4 de janeiro

1910 - O Commercio, novo jornal em Corumbá

Passa a circular em Corumbá mais um jornal. Sob a direção de Luis Knippel, o novo jornal recebe as boas vindas de seu concorrente:

"O novo órgão de publicidade será como seu título o indica, um defensor do comércio, indústria e agricultura do Estado, cujo progresso acompanhará e incentivará na medida de suas forças;

Servindo a uma causa tão merecedora de apoio e refletindo o ardor patriótico que anima o seu corpo de redação, a nova folha será sem dúvida um elemento eficaz de nosso progredimento local, merecendo por isso as simpatias populares".


FONTE: Correio do Estado (Corumbá) 1° de janeiro de 1910.




4 de janeiro
1932 – Dutra deixa o Sul de Mato Grosso


Dutra, natural de Cuiabá, aliado de Getúlio, chegou à Presidência da República

Removido para o Rio de Janeiro, despede-se do Sul de Mato Grosso, onde esteve desde dezembro de 1930, o tenente-coronel cuiabano Eurico Gaspar Dutra. Sua primeira cidade foi Ponta Porã, onde comandou o 11º. R.C.I. Em seguida esteve à frente da Circunscrição Militar em Campo Grande e, posteriormente, da chefia do Estado-Maior da mesma circunscrição, à época comandada pelo general Bertoldo Klinger. Mais tarde general e marechal, Dutra chegou à presidência da República em eleição direta (1945 a 1950).

Seu último trabalho no Estado foi a organização e comando de grandes manobras militares em Nioaque, cujo desempenho mereceu de seu superior a seguinte manifestação:

"O seu a seu dono. Ao Sr. Tenente-Coronel Eurico Gaspar Dutra, Chefe do Estado-Maior da direção das manobras em Nioaque, compete a indiminuivel glória de haverem sido as mesmas tão bem sucedidas, como o foram, mais até do que esperávamos, acrescentando ao nosso legítimo júbilo o de todos quantos nas mesmas tomaram parte. Este comando não abdica de responsabilidade nem méritos; sei que fiz o que me competia: como chefe - meditar, conceber e resolver. Mas, o meu pujante Estado-Maior, tendo como chefe esse extraordinário oficial, fez o que a ele competia - colaborador irrestrito do comando, preparou as suas resoluções: apreender, adotar e elaborar praticamente as suas diretivas e opiniões, supervigiar a execução.

Nada adito em palavras de louvor que não se acharia à altura do merecimento desse camarada. Com ele no Estado-Maior não há missão difícil para um Chefe. As suas altas qualidades assentam, ademais, como não pode deixar de ser para a competência funcional, não meramente livresca, no conhecimento prático das virtudes e franquezas,necessidades e gestos, corpo e alma da tropa.

Foi só esmorecer o crepitar das paixões para que a justiça lhe fosse novamente feita".

FONTE: Mauro Leite e Novelli Jr., Marechal Dutra, o dever da verdade, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1983, página 32.


4 de janeiro

1969 - Assassinado o jornalista Alves de Oliveira



Morto em Cuiabá, com um tiro no rosto, o jornalista e emoresário João Alves de Oliveira, proprietário e redator do "Diário de Cuiabá". Executado por motivo torpe, o jornalista foi atingido quando acompanhava a distribuição do jornal, numa kombi da empresa. O criminoso alegou que cometeu o homicídio porque o jornal havia publicado uma notícia sobre um acidente no trânsito, envolvendo uma irmã.

Ex-vereador Alves de Oliveira dedicou sua carreira como profissional de rádio, como dirigente e apresentador de programas jornalísticos na rádio "Voz d'Oeste", de Cuiabá.

Na Cidade Alta, em Cuiabá há uma rua com o nome dele, como reconhecimento à sua vida dedicada à defesa da cidade.

FONTE: Eduardo Gomes, Boa Mídia, (Cuiabá) 07-10-2008


segunda-feira, 7 de março de 2011

27 de agosto

27 de agosto

1826 - Expedição russa chega à barra do rio Anhanduí



Nove dias após deixar o Paraná e iniciar navegação rio Pardo acima, a expedição científica russa, sob o comando do conde de Langsdorff, alcança às 9 horas, a foz do Anhanduí, rio que serviu de rota às bandeiras de Pascoal Moreira Cabral e de outros pioneiros rumo a Cuiabá, no início do século 18. O registro é do diário de Langsdorff:

Chegamos à foz do rio Anhanduri-açu, que é tão forte como o rio Pardo, que, a partir daqui, acima da confluência dos dois rios, tem seu volume reduzido à metade. O Anhanduri ou Anhanduri-açu desemboca na margem direita do rio Pardo. Hoje, quando chegamos, vimos, a montante do do rio Pardo, a fumaça dos campos. Depois de tomarmos nossa refeição campestre, prosseguimos viagem e, uma boa hora depois, notamos, a montante do rio, na margem direita, uma grande faixa de terra com a aparência de capoeiras, toda coberta de um tipo de cana (taquara), aqui chamada de tambaiúva, com o qual os índios fazem suas flechas. Não há dúvida de que esta região era habitada por tribos indígenas; isso consta inclusive de relatos históricos. Quem sabe essa nova espécie de cana seja originária das florestas virgens antigas que havia aqui antes; ela cresceu aqui como em outros lugares, cresceram os Solana, Micania, Compositae e outros.

O rio Pardo tem aqui, com certeza, metade do volume de água que tinha depois da junção com o Anhanduri-açu, que parece ser maior, embora o rio Pardo não tenha perdido muito em largura. Neste ponto, ele é mais navegável, não é tão impetuoso e é menos raso do que mais abaixo. A região vai ficando cada vez mais aberta e livre. A água é mais clara do que abaixo do Anhanduri, que achamos muito turvo.


FONTE: Langsdorrf, Os Diários de Langsdorff, (volume II) Editora Fiocruz, Rio de Janeiro, 1997, página 208.




1882 Frei Mariano em Campo Grande


Em relatório encaminhado ao presidente da província, coronel José Maria de Alencastro, o frei Mariano de Bagnaia, visitador episcopal, dá notícia de sua passagem pelo povoado recém-criado por José Antônio Pereira e intercedia junto ao governo em favor da regularização fundiária das terras ocupadas pelos pioneiros:


Depois de alguns dias de viagem comecei a encontrar várias famílias de laboriosos mineiros estabelecidos com gado e com lavoura. São todos pais de numerosas famílias, circunstância favorável para povoar o sertão. A 70 léguas na cabeceira do Anhandui achei um núcleo de população com algumas 20 casas, lhes provisionei a capela a Santo Antônio, lhes administrei os sacramentos, os animei e lhes fiz ver que devem pedir ao governo sesmaria das terras devolutas a fim de que possam ter seus títulos e pediram-me muito a minha intervenção para com V.E. a favor daqueles pobres pois que muitos de Santo Antônio de Minas querem se rendar para esse sertão. Eu asseguro a V. E. que facilitando sesmarias aos laboriosos mineiros, em tempo essas belas vastas, férteis campanhas serão um empório da riqueza pública e particular. Não se precisa nem de colônias, nem  imigração estrangeira. O governo facilita sesmarias aos mineiros serão em pouco tempo povoado essa parte mais rica da Província. Boas e abundantes águas, clima o mais saudável, partes frescas, em fim toda terra é aproveitável. É uma pena ver esta vastidão desabitada.

A área para o rocio da vila de Campo Grande seria doada somente em 1886.




FONTE: Frei Alfredo Sganzerla, A história do Frei Mariano de Bagnaia, Edição FUCMT-MCC, Campo Grande, 1992, página 416.








27 de agosto


1895 - Encontrado "enterro" milionário entre Campo Grande e Nioaque




Sob o título Achado Valioso, o jornal O Mato Grosso, de Cuiabá, reproduzindo publicação da Gazeta de Notícias (RJ, 1 de junho de 1893) dá notícia da descoberta de duas arcas contendo uma grande fortuna em ouro, inclusive ouro em pó:

" De viagem pela estrada que conduz de Campo Grande a Nioaque, distante sete léguas do primeiro povoado, o cidadão José Carvalho de Azevedo encontrou uma pedra lavrada por três faces e fincada, notando que aquela pedra só podia ter ali ido parar conduzida por alguém e que devia assinalar alguma coisa, resolveu aí ficar e cavar o lugar, e de fato, depois de uma cova de mais de oito palmos, encontrou um e depois outro caixão contendo valores em ouro, bem como ouro em pó. Por esta estrada passou a força para o Paraguai, havendo aí um grande fogo.

Se alguém se julgar com direito ao achado e dando os sinais certos se lhe indicará, dirigindo-se ao capitão José Carvalho de Azevedo - cidade de Rio Verde, Estado de Goiás".

FONTE: Jornal O Matto-Grosso (Cuiabá), 27 de agosto de 1895.

FOTO: Imagem meramente ilustrativa


27 de agosto


1905 Rondon demarca reserva terena





Após passar por Campo Grande, em sua viagem de exploração ao Sul do Estado, o sertanista se dirige a uma aldeia terena em Aquidauana:

“Entramos na bocaina, por onde desce o Aquidauana. Paramos para apreciar a paisagem e saciar a sede, sorvendo a água fresca e cristalina que borbotava em cataratas, de degrau em degrau da rocha que se rompeu para dar passagem ao belíssimo rio que Taunay cantou ao atravessá-lo, em demanda da fronteira.
"Era essa garganta – a única – no talhadão do Amambaí, que certamente dará passagem à estrada de ferro que buscar a fronteira.
Fomos afinal ter à aldeia terena do Ipegue. Em casa do terena capitão José Caetano Tavares, vieram me procurar diversos índios. Combinamos tudo o que se deveria fazer para dar início aos nossos trabalhos. É que desejava eu demarcar a aldeia terena para resguardar as terras dos índios, bem como sua vida doméstica e suas atividades.
"Dei começo à medição a 27, a partir do marco do Pirizal. Intimei os donos das terras limítrofes e verificamos que havia muita fraude, muitos marcos divisórios fora do alinhamento. Um dos confinantes confessou que seu marco da estrada velha do Agazi devia estar colocado na barra da vazante da cachoeira, mas supôs, disse ele, que, modificando-lhe a colocação, não prejudicaria os índios – quando o rumo consignado no título de posse dos terenas abrangia toda a cachoeira. Depois de intimações, audiências, entendimentos, resolvemos tudo amigavelmente. Cuidei pois de abrir a picada larga, porque já se tratava da linha definitiva da aldeia do Ipegue. Colocamos os marcos de quilômetros de pedra canga, com ‘testemunhas’, da mesma pedra, de cada lado. Colocamos também marcos de madeira, para indicar o alinhamento de 40 em 40 metros.” 



FONTE: Esther de Viveiros, Rondon conta sua vida, Cooperativa Cultural dos Esperantistas, Rio, 1969, página 196.

FOTO: Mundo Digital (telequest.com.br)


27 de agosto 


1954 - Inaugurado novo prédio do Colégio Estadual Campograndense

Com projeto do arquiteto Oscar Niemayer, é entregue pelo governador Fernando Correa da Costa, o novo prédio do Colégio Estadual Campograndense, dentro dos modernos princípios da arquitetura , com amplo auditório para reuniões, salas ventiladas, laboratórios, etc.
A professora Maria Constança de Barros Machado, primeira diretora do CEC, resume o ato inaugural:


A inauguração do Estadual foi um acontecimento memorável na vida da cidade, com hasteamento da bandeira pelo governador, Hino Nacional cantado pelos alunos, acompanhados da banda do Exército, bênção do bispo de Corumbá Dom Orlando Chaves e discursos vários. Falei eu, falou o aluno Elcio Russel em nome do corpo discente e ainda usaram da palavra dr. Oclécio Barbosa Martins, dr. Wilson Barbosa Martins, Demósthenes Martins e o governador. Quando a professora Glorinha Sá Rosa foi fazer o discurso de inauguração do retrato do governador, dr. Fernando, que não gostava de protocolo falou - mais um discurso? Depois ele pediu o texto para guardar. Foram inaugurados dois retratos a óleo, pintados pelo artista Fausto Furlan. Até hoje eles figuram em lugar de destaque no colégio: o do dr. Fernando ficava no auditório, o meu na sala da diretoria. Foram os professores que mandaram fazer meu retrato, como homenagem surpresa à minha pessoa, no dia da inauguração do colégio.



FONTE: Maria da Glória Sá Rosa, Memória da Educação e da Cultura de Mato Grosso do Sul, UFMS, Campo Grande, 1990. Página 67. (foto reproduzida do mesmo livro).


OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...