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sábado, 19 de fevereiro de 2011

7 de junho

7 de junho


1861 – Nasce Joaquim Augusto da Costa Marques


Filho de Poconé, Costa Marques fez o primário em sua cidade e o secundário em Cuiabá. Em 1891, bacharela-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo e volta para Mato Grosso, instalando-se em São Luiz de Cáceres. Na política, filia-se ao antigo partido nacional, mais tarde democrata, participa ativamente do movimento que derrubou o presidente Manuel Murtinho, em 1892. Em 1899, com a cisão do Partido Republicano, adere à liderança do coronel Generoso Ponce.

“Sempre solidário com o povo de sua terra nas suas memoráveis reivindicações – lembra Nilo Póvoas – não hesitou em participar do movimento revolucionário de 1906, tendo comandado uma brigada de que se compunha o Exército Libertador que pôs cerco à capital matogrossense, fazendo ruir por terra o despotismo do coronel Antônio Paes de Barros.”


Deputado federal, elegeu-se governador em sucessão ao coronel Pedro Celestino Correa da Costa. Governou de 1911 a 1915. Foi o primeiro governante estadual a visitar Campo Grande, em 11 de outubro de 1912. Em sua homenagem a municipalidade colocou o seu nome na principal praça da cidade, atualmente praça do Imigrantes, no final da rua 26 de Agosto. Faleceu em Cáceres a 2 de dezembro de 1939. 



FONTE: Nilo Póvoas, Galeria dos varões ilustres de Mato Grosso, Fundação EStadual de Cultura, Cuiabá, 1978. Página 95.





7 de junho

1883 - Nioaque ganha sua primeira escola pública e retoma nome original



Resolução nº 612, do governador Barão de Batovi, da província de Mato Grosso, devolve o nome original da vila e cria a primeira escola de Nioaque:

"Art. 1º - A freguesia de Levergeria, criada pela lei provincial n. 606 de 24 de maio de 1877, se denominará d’ora em diante – freguesia de Santa Rita de Nioaque.

Art. 2° - Fica criada uma cadeira de instrução primária para ambos os sexos na mesma freguesia.

Art. 3° - O professor nomeado para reger a mesma cadeira perceberá o ordenado anual de 600$000 réis e a gratificação de 200$000, revogadas as disposições em contrário.

Mando portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e a execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente como nela se contém. O secretário da província a faça imprimir, publicar e correr. Cuiabá, aos sete dias do mês de junho de 1883, 62° da independência e do império.

Barão de Batovi".

 


7 de junho


1964Americanos em Urubupungá



Lincoln Gordon (de óculos escuros) vistoria obras de Jupiá com o governador
Fernando Correa da Costa, o primeiro à esquerda
Durante visita ao Estado, o embaixador americano Lincoln Gordon esteve em Cuiabá, Corumbá, Campo Grande e Dourados, encerrando a viagem no dia 7 com visita às obras de Urubupungá. No dia 5, o diplomata assinou com o governador Fernando Correa da Costa, convênio de financiamento da Aliança para o Progresso ao Plano de Eletrificação de Mato Grosso no valor de US$ 6.230.000,00. Em Jupiá, acompanhados do governador e do ministro Roberto Campos, do Planejamento, os americanos percorreram as obras da usina de Urubupungá, “sendo então informados de que o cronograma vem sendo cumprido, de forma que as primeiras unidades poderão iniciar a produção de eletricidade em princípios de 1967".

A usina de Jupiá entrou em funcionamento em 14 de abril de 1969.



FONTE: Revista Brasil-Oeste, n° 94. Página 42.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

14 de fevereiro


14 de fevereiro

1914 - Instalada a comarca de Coxim




Criada pela lei n° 630 de 3 de julho de 1913, é instalada a comarca de Coxim. O evento foi registrado pela imprensa cuiabana:

"Coxim, 17 - Com toda solenidade foi a 14 do corrente instalada a Comarca, sob a presidência do dr. Amâncio Ramos, juiz de Direito.

O coronel Manoel Dias Pinho, intendente do município, foi um esforçado para que o ato se revestisse de todo brilhantismo, tendo decorado o edifício da Câmara Municipal onde estava um grande arco com a seguinte inscrição: VIVA O DOUTOR COSTA MARQUES.

Enchiam as salas do edifício muitas famílias, funcionários públicos, professores e alunos de todas as escolas, comerciantes e fazendeiros e grande massa popular, congratulando-se todos com o honrado e fecundo governo do exm. dr. Augusto da Costa Marques, que foi muitíssimo aclamado, assim como o diretório  central do P.R.C., desembargador Ferreira Mendes, coronel Eduardo Siravegna e demais representantes do Diretório local.

Durante a solenidade falaram o professor Rosendo de Almeida, capitão Batista de Sousa e o intendente Manoel Dias Pinho, exaltando o grande progresso da futurosa comarca, resultado da administração do dr. Costa Marques.

À noite houve um animadíssimo baile no edifício da Câmara cujas fachadas estavam iluminadas caprichosamente. Ao baile compareceu a elite da sociedade coxinense, tendo as danças se prolongado até as três horas da madrugada.

Foram nomeados e tomaram posse dos seus respectivos cargos os srs. Manoel Dias Pinho, promotor de justiça, Joaquim Santana, primeiro tabelião, João B. de Almeida, oficial de justiça, e Nicolau Nunes, porteiro dos auditórios.

Foi também nomeado segundo tabelião, o sr. Felix Petrowsky.

O povo está satisfeitíssimo.


FONTE: O Debate (Cuiabá) 14 de fevereiro de 1914.  

FOTO: reprodução do livro Raízes de Coxim, de João Ferreira Neto, pag. 230 
 


14 de fevereiro 

1919 – Deputado é morto por irmão em hotel de Campo Grande




O deputado estadual Armindo Paes de Barros, proprietário da usina Conceição no município de Santo Antonio do Rio Abaixo, próximo a Cuiabá, é assassinado por seu irmão Henrique, com 5 tiros de revólver, quando jantava no restaurante do hotel Royal, em Campo Grande. Armindo havia desembarcado na estação ferroviária e deveria pernoitar na vila, quando foi abruptamente abordado pelo irmão que, após rápido monólogo, sacou a arma e executou o irmão, que não teve tempo de se defender. Os motivos do crime não chegaram a ser devidamente esclarecidos.

A ocorrência teve grande repercussão, principalmente em Cuiabá e Santo Antonio, redutos eleitorais da vítima. O Matto-Grosso, jornal oficial do partido celestinista, ao qual o deputado era filiado, traçou o seu perfil:

“Moço, elegante, belo como um Apolo e com relevo que lhe dava a reputação duma bravura de herói levada à temeridade, a sua pessoa tinha todas essas qualidades brilhantes que despertam irresistivelmente a atração e fascinante simpatia. Seu fim trágico e inesperado tinha de produzir o mais profundo sentimento como uma revoltante iniquidade.

O nosso malogrado amigo desaparece aos 30 anos de idade. Em pequeno em companhia de outros irmãos, seu finado pai o coronel João Pais de Barros o levara para o Rio onde o matriculou em um colégio interno. Depois de concluído o curso secundário matriculou-se em uma das faculdades superiores da capital da República, na escola Politécnica, interrompendo seus estudos por ter tido necessidade de vir se por à testa da usina de propriedade de sua família. Viajara antes à Europa, tendo permanecido logo tempo na Itália em companhia dos seus.

Na direção do importante estabelecimento legado pelo seu velho pai, revelou notáveis qualidades de administrador e industrial ativo, inteligente, honesto e pontual nos seus compromissos. É do conhecimento de todos os felizes resultados que coroaram a sua ação conseguindo com a disciplina imposta pelo seu pulso férreo libertar em poucos anos a usina de pesados encargos e das dificuldades que antes assoberbavam. E uma das circunstancias que tornam mais dolorosa a sua morte, é não ter ele podido ver, como filho extremoso que era, o coroamento de seus esforços nessa obra a que se dedicara de corpo e alma para salvar os haveres da família e assegurar o bem estar e abastança de sua mãe e irmãos. A sua viagem de agora, na qual tombou em meio do caminho, ele a fazia no desempenho dos seus deveres para com os interesses industriais da usina que dirigia de modo tão seguro e feliz.

Politicamente a morte de Armindo Paes abre nas nossas fileiras um claro que o fará sempre por nós lembrado e com o qual nunca nos conformaremos.
Dá bem a medida do seu valor a alta graduação que tinha na nossa poderosa agremiação partidária e as elevadas posições que tão moço atingira de intendente do município de Santo Antonio do Rio Abaixo e deputado à Assembleia Legislativa. Além do dotado de apurada perspicácia e extraordinário poder de assimilação, possuía também essas qualidades de caráter que primam sobre as da inteligência, essa vontade firme dos que mandam e sabem se fazer obedecer, e que sagra os que nasceram para condutores dos homens”.

Outra tragédia atingindo a família ocorreu em 1906, com o assassinato de seu tio Totó Paes,  então presidente do estado de Mato Grosso.



FONTE: Jornal O Matto-Grosso (Cuiabá), 20 de fevereiro de 1919.


14 de fevereiro

1925 - Toma posse a primeira diretoria do Rádio Clube






Eleita a 19 de janeiro, assume a primeira diretoria do Rádio Clube de Campo Grande, assim constituída: presidente: Laurentino de Araújo Chaves; vice-presidente: Arnaldo Estevão de Figueiredo; 1° tesoureiro: Antônio Carlos Bastos; 2° tesoureiro: Gilberto de Oliveira; 1° secretário, Eduardo da Costa Manso; 2° secretário, Edmundo Machado; e conselho fiscal, Eduardo Olímpio Machado, Miguel Carmo de Oliveira e Auro Martins.


Um dos mais antigos de Campo Grande, o Rádio, que nasceu em 1924 da "ideia da criação de um clube que tivesse como principal atração um aparelho receptor de rádio, coisa nova na época", segundo Paulo Coelho Machado, transformou-se em ponto de encontro da elite da cidade, tornando-se "nesta fase inicial um grêmio elitista, fechado, com disparatada discriminação de raça, condição econômica e profissão." A admissão e frequência ao clube eram "exageradamente fiscalizadas." Conta o cronista: "Como alguns sócios eram oficiais do Exército, a entrada de sargentos ficou vedada."



FONTE: Paulo Coelho Machado, A grande avenida, in Pelas ruas de Campo Grande, 2a. edição, livro V, Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2008, página 322.


14 de fevereiro

1951 - Violência na fronteira tem repercussão nacional

Tem repercussão nacional a onda de violência na fronteira Brasil-Paraguai, cometida por quarteiros, ladrões e assaltantes, que atacavam no Brasil e se homiziavam na república vizinha. O alvo principal dos bandidos eram os criadores de gado e o objetivo era roubar o dinheiro da venda de gado. Ousados e violentos, a mais recente façanha dos bandoleiros foi a recente tentativa da invasão ao distrito de Sanga Puitã, a 16 quilômetros de Ponta Porã, e, o crime mais revoltante, foi o assassinato da família Medina em Amambai:

"No município de Amambai foi atacada por um grupo de bandoleiros armados a família do sr. Zenon Arce Medina. Os assaltantes pertencem ao bando de bandidos que está atuando nesta região. P sr. Zenon foi barbaramente assassinado, bem como sua sobrinha e uma filha menor, de 4 anos de idade. Antes de efetuarem os assassinatos, os quarteiros queimaram as mãos da menina para depois degola-la, diante dos olhos dos pais estarrecidos".

FONTE: Correio da Manhã (RJ), 15 de fevereiro de 1951

terça-feira, 1 de outubro de 2013

1° de outubro

1º de outubro


1777 – Assinado Tratado de Santo Ildefonso

A rainha de Portugal e o rei da Espanha, seu irmão Carlos III, firmam o Tratado de Santo Ildefonso, que a exemplo do Tratado de Madri de 1750, reconhecia os rios Paraguai e Guaporé como limites de suas possessões na América do Sul. “Portanto – informa Lécio G. de Souza – os territórios da margem direita do primeiro dos rios voltavam a ser espanhóis e, assim, tanto Coimbra com Albuquerque estavam fora dos domínios lusitanos.” O governador da província de Mato Grosso, Luis de Albuquerque e Cáceres, desrespeitou o tratado:

Não era norma albuquerquiana retroceder e o seu arbítrio de se manter ao ocidente do grande rio, calcado em atos de posse anteriores, não iria sofrer qualquer recuo.


No ano seguinte ao tratado, mandou erguer o forte Coimbra e a fundar a vila de Albuquerque, no Sul da província à margem direita do Paraguai, em território formalmente de propriedade do império espanhol.

FONTE: Lécio G. de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd, página 26


1° de outubro

1912 - Aquidauana recebe primeira visita de um governador de Estado


O vilarejo de Aquidauana, em foto do início do século passado
Costa Marques, segundo sentado da esquerda para a direita, e sua comitiva


A vila de Aquidauana, recém alcançada pelos trilhos da Noroeste, procedentes de Porto Esperança, recebe a primeira visita do governador do Estado.

Trata-se de Joaquim Augusto da Costa Marques, que em sua mensagem à Assembleia inclui o seguinte depoimento sobre a povoação:

No dia 1 de outubro partimos de Miranda e chegamos a Aquidauana. Esta vila, de recente fundação, é entretanto, atualmente, a maior e mais populosa do Sul do Estado. É dividida em duas partes pelo formoso rio Aquidauana e a comunicação entre uma e outra é feita por meio de uma pequena barca-pêndula. Reclamam os seus habitantes e a municipalidade a construção de uma ponte que realmente é muito necessária para facilitar essa comunicação entre o importante bairro da margem esquerda com a povoação da margem direita, e que muito desenvolverá também o seu comércio, feito por via terrestre e já bastante animado com os municípios de Nioaque, Campo Grande e Bela Vista. O 5º Regimento de Artilharia que ali tem sua sede, está aquartelado sobre a margem esquerda em uma casa velha de telha e outras de capim que despertam a idéia de um acampamento provisório, e que está em desarmonia com a beleza e propriedade do local. A vila está bem situada, o seu clima é bom e o seu futuro prometedor. Já se notam muitos prédios novos e muitos outros em construção, sendo bem delineadas e cuidadas as suas ruas e praças. A Estrada de Ferro Noroeste que ali tem uma estação, pretende estabelecer nessa vila as suas oficinas, tendo a edilidade lhe oferecido terreno apropriado para esse fim.


As escolas públicas dessa localidade, sendo uma de sexo feminino e outra de masculino, estão instaladas em casas particulares, alugadas. Por falta de uma casa, ainda não se pode instalar outra à margem esquerda do rio, cuja população escolar já comporta uma boa escola, e o Governo, de acordo com a municipalidade está tratando de adquirir uma casa nesse bairro para esse fim, pois atualmente as crianças são obrigadas a fazer, com risco e perigo, a passagem do rio para freqüentarem as escolas existentes na povoação da margem direita. É muito necessária a construção de um bom prédio destinado ao funcionamento das escolas reunidas, dado o aumento crescente da população dessa vila. A cadeia pública de Aquidauana, conquanto uma das melhores que encontrei no sul, não satisfaz e não tem compartimento para prisão de mulheres.


Mandei melhorá-la e construir ao lado cômodos para alojamento da força policial e murar o quintal. A municipalidade de Aquidauana ainda não tem casa própria. A estação telegráfica tem um aspecto agradável, porém é muito pequena em relação ao movimento do serviço. A vida é cara e o aluguel das casas bastante elevado, devido ao rápido aumento da população e morosidade das construções por falta de material e operários. Há várias casas de negócio regularmente sortidas, tanto na margem direita como na esquerda do rio. Visitei entre outros estabelecimentos particulares uma boa instalação a vapor para o fabrico do pão e da massa e torrefação de café. É a melhor que conheço no Estado e está na povoação na margem esquerda. A principal indústria deste município como de todos os outros do sul do Estado é a pecuária e a sua população bovina foi ultimamente calculada pelos principais criadores e pelo intendente em cerca de 126.000 cabeças; eqüinos 2.800; muares 450; caprinos 250; lanígeros 600; suínos 2.500.

 
Na mensagem presidencial uma preocupação com o meio ambiente local:


Notei e por toda parte reprovei, o mau costume que ali se tem, de se estabelecerem as habitações à montante das cabeceiras, prejudicando imensamente as vertentes, algumas das quais já estão quase extintas. É que essa gente confia demasiado naquela ubérrima e opulenta natureza, e por isso não pensa nem acredita que ela possa esgotar-se, nem sabe avaliar o mal futuro que a si próprio está fazendo.


 
FONTE:Simon  E.S. e Cardosos Ayala, Album Graphico do Estado de Matto Grosso, Corumbá/ Hamburgo, 1914, página 395



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

26 de Setembro


 26 de setembro



1844 – Ameaça de invasão boliviana



Assume o governo da província de Mato Grosso o tenente-coronel Ricardo José Gomes Jardim. Sua gestão de dois anos e meio, segundo Rubens de Mendonça teve de aplicá-la nos meios de defesa da fronteira boliviana, então ameaçada de invasão. Como medida preliminar fez seguir para o alto Paraguai duas barcas canhoneiras, ao mando do capitão-tenente Augusto Leverger, a fim de vigiar as imediações das lagoas Gaíba e Uberaba, área localizada atualmente no Estado de Mato Grosso do Sul. Além dessa, outras providências militares foram postas em execução, absorvendo-lhe por esse modo a atividade como governador. 


FONTE:  Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 169.


26 de setembro

1929Assembleia reconhece eleição governamental

Os deputados estaduais de Mato Grosso aprovam o resultados das últimas eleições do primeiro período republicano, revogado em outubro do ano seguinte pela Revolução de 30. São reconhecidos os seguintes resultados:
Para presidente: Aníbal de Toledo, 10.432; Pedro Celestino Correa da Costa, dois votos; Manoel Severino Ferreira Marques, um voto. Na mesma ocasião o poder legislativo reconheceu o major João Cunha, Oscar Costa Marques e Generoso Alves de Siqueira, para primeiro, segundo e terceiro vice-presidentes respectivamente. 

FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembléia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 160


26 de setembro

1955 - Vereador do PTB é morto em frente ao diretório do partido

É morto em Ponta Porã, às vésperas do pleito que elegeu Juscelino para Presidente da República e João Ponce de Arruda, para governador, o vereador Leopoldo Cortes, de Ponta Porã. O episódio, que esquentou o clima da campanha eleitoral, foi comunicado, com a repulsa do partido ao qual pertencia o edil assassinado, pelo deputado Agápito Boeira, líder político da fronteira, em telegrama à Comissão Executiva do PTB, em Cuiabá:

Lançamos nossos mais veementes protestos contra onda assassinos pretende a UDN lançar regime terror Ponta Porã pt Mataram barbaramente vereador Leopoldo Cortes nosso correligionário prestigioso Bocajá vg ferido Benedito Almiron PSD vg mais outros consequência desespero UDN pt Face fracasso comicios realizados assassinos organizados em grupos atacaram surpresa saindo sede partido não tendo força federal tido tempo impedir covarde agressão pt Serviu pretexto um aparte surgido elemento estranho politica local consequentes ataques pessoais padronizaram comício udenista quando lia impropérios em discurso preparado a professora Mengine Fernandes pt Polícia prendeu feridos deixando criminosos ampla liberdade pt Estão envolvidos irmãos Novaes funcionários correio local sendo um deles provável assassino outros conhecidos desordeiros e ladrões de gado fronteiras irmãos Freitas pt Delegado local licenciado para dar margem tal acontecimento foi visto empunhando arma pt Cidade revoltada clama justiça contra ato selvageria pt

O Estado de Mato Grosso (Cuiabá), 29/09/1955.

26 de setembro

1964 - Instalada a comarca de Amambai 


Em ato presidido pelo juiz de Direito de Ponta Porã, Humberto Neves, é instalada a comarca de Amambai. A solenidade aconteceu no salão do cine Primavera e contou com a presença das seguintes personalidades: dr. José Antonio, promotor da comarca de Ponta Porã; cel Alfredo Aristarcho Leyraud Marquesi, comandante do 11° RC;drs. João Portela Freire e Hélio Capilé; capitão Estácio Azambuja; deputado Alexandrino Marques e dr. Sergio Martins, todos da delegação daquela cidade;e José Medina e José Ambrósio da cidade de Dourados.
Usaram da palavra o prefeito Sergio Martins, de Ponta Porã, o vereador Walmir da Rosa Peixoto, de Amambai, o coronel Alfredo Marquesi, o empresário José Ambrósio e Inocêncio Rodrigues em nome do prefeito Heron da Rosa Brum. O dr.Henrique Grion foi empossado juiz de direito e Maria Aparecida Maciel Muller, oficial do 1° Ofício.

FONTE: Hamilton Carvalho Maciel, Revista Brasil-Oeste, novembro de 1964 (n° 99), Brasil-Oeste Editora Ltda., São Paulo, página 49  

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

02 de dezembro

2 de dezembro
 
1939 – Morre em Cáceres, ex-governador Costa Marques




Aos 77 anos, falece em Cáceres, o advogado Joaquim Augusto da Costa Marques, natural de Poconé. Político, sucedeu a Pedro Celestino no governo de Mato Grosso (1911/1915). Foi o primeiro mandatário estadual a visitar o Sul do Estado, num circuito pelas cidades de Miranda, Nioaque, Porto Murtinho e Aquidauana, encerrando sua viagem em Campo Grande, em 1912, sendo homenageado pela Câmara Municipal, que deu o seu nome à principal praça da vila, atual dos Imigrantes, no final da rua 26 de Agosto.


FONTE:Nilo Povoas, Galeria dos Varões Ilustres de Mato Grosso Vol. II, Fundação Cultural de Mato Grosso, Cuiabá, 1978, página 95.


2 de dezembro

1945 - General Dutra elege-se presidente da República

Em pleito realizado nesta data elege-se o general Eurico Gaspar Dutra, natural de Cuiabá, presidente da República para um mandato de cinco anos. É primeira eleição direta depois da ditadura Vargas. Candidato do PSD, com apoio de Getúlio, Dutra, com 3.251.507 votos atingiu 55,39% dos votos válidos. Seu principal concorrente foi o brigadeiro Eduardo Gomes (UDN), com 34,74% dos sufrágios.

Sua posse deu-se no dia 31 de janeiro de 1946, transmitida pelo ministro José Linhares, presidente do STF, que ocupava interinamente a chefia do governo, desde a deposição de Getúlio Vargas.

FONTE: Mauro Renault Leite e Novelli Júnior, Marechal Eurico Gaspar Dutra: o dever da verdade, Editora Nova Fronteira, Rio, 1983, página 752. 


2 de dezembro

1945 – Eleições para presidente e constituintes

Vespasiano Barbosa Martins, o senador do Sul de Mato Grosso

Com a volta do país à democracia, realizam-se as primeiras eleições livres para escolha do presidente da República e dos congressistas para a Assembléia Nacional Constituinte. São eleitos para Presidente da República o general Eurico Gaspar Dutra; para o Senado, Vespasiano Barbosa Martins, da UDN e Filinto Muller, do PSD; deputados federais: João Ponce de Arruda, Argemiro Fialho e Gabriel Martiniano de Araújo, do PSD; e Dolor Ferreira de Andrade e Agrícola Paes de Barros, da UDN. Favorecido por recurso judicial, João Vilasboas, candidato da UDN terminou tomando a vaga do pessedista Filinto Muller. 

Vespasiano já havia exercido o Senado, de 1935 até o golpe do Estado Novo de 1937.


FONTE:  Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses(2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 291.

sábado, 5 de março de 2011

10 de agosto

10 de agosto


1886 - Bispo recebe homenagem de vereadores de Miranda






Na primeira visita de um prelado ao Sul do Estado, dom Luis, bispo de Cuiabá, em Miranda desde o dia anterior, recebe homenagem do poder legislativo:

Exmo. e Revmo. Sr. - A vila Nossa Senhora do Carmo, de Miranda, representada por seu legítimo órgão - a Municipalidade -, vem toda cheia do mais vivo prazer cumprir o agradável dever de manifestar a V. Exa. Rvma. os sentimentos jubilosos de seus habitantes pela feliz chegada de V. Exa. Revma. a esta comarca, depositando nas sagradas mãos de V. Exa. Revma. a mais respeitosa homenagem de amor filial e submissão que tributam a V. Exa. Revma. como o Supremo Chefe da Igreja Cuiabana. Nesse inefável prazer se juntam as ações de graças que dirigem ao Todo Poderoso, pelos benéficos resultados que toda esta vasta comarca há de infalivelmente colher de Vossa Divina Missão, pois que, a maioria dos habitantes sabem apenas por tradição pertencerem à vossa Diocese, e vós sois o primeiro bispo que pisais as terras desta grande e esperançosa parte de Mato Grosso. Felizmente sabem todos que pertencem à mesma religião, estejam ou não ao redor do Chefe. Aqui nos guia um digno ministro, nosso bom vigário, o vosso Delegado. Assim acontece, em toda a organização social, máxime tendo como base essencial de sua estabilidade, como ligamento que une todos os membros de uma mesma associação política: a Religião seja ela qual for. A nossa, felizmente, é aquela que já professamos, quando tão docemente nos foi imposta pela sábia constituição do império. Sendo por isso certo, que nenhum cidadão verdadeiramente brasileiro, deixará de se esforçar pela conservação dos dois poderes essenciais para a felicidade do país: Altar e Trono. Altar, por que foi sempre a pedra angular de todo o edifício social; se ele é destruído, estremece a sociedade até os seus fundamentos e este abala e conduz à dissolução, visto como é sabido que, desde as primeiras idades do mundo, quando ainda as nações existiam no embrião da tribo, quando o Patriarca era ao mesmo tempo Sacerdote e Chefe, o altar era o centro comum em roda do qual se reunia o povo, para pedir ou agradecer, para se ligar por deveres mútuos e finalmente para perdoar as ofensas.


Assim é que a existência do homem tem sempre andado ligada a um elemento que é primordial à mesma existência, e sem o qual não tem podido existir que individual quer coletivamente. Este elemento tão essencial assim à natureza e existência humana é a religião. O Trono porque nele paira a mais firme estabilidade de união do governo do Grande Império Brasileiro. Resultando pelo exposto que toda manifestação ou provas da adesão nossa, reverterá sempre em nosso benefício, em nossa própria felicidade. Exmo. e Revmo. Sr., é também do dever da edilidade assegurar à V. Exa. Rvma. que se o adiantamento da civilização ainda não atingiu aqui o ponto desejável, para que as demonstrações de rigozijo fossem maiores e iguais ao vosso elevado merecimento, todavia os nossos munícipes são verdadeiros cristãos e submissos a tudo quanto manda a Santa Madre Igreja. É esta a mais verdadeira e sincera homenagem que nos cumpre fielmente depositar em vossas sagradas mãos em nome daqueles que representamos. 


Digne-se V. Exa. Rvma. aceitar e crer também que esperamos de vossa amável quão respeitável visita, uma nova e mais brilhante época para os habitantes deste extenso município, vossos humildes filhos em Jesus Cristo Nosso Senhor. 


Miranda, 10 de agosto de 1886.


À V. Exa. Rvma. Sr. Bispo Diocesano D. Carlos Luiz D’Amour. O presidente, Tibério Augusto de Arruda, o vice-presidente, Luiz Generoso da Silva Albuquerque, Luiz da Costa Leite Falcão, Francisco Eugênio Moreira Serra, Miguel João da Costa, Joaquim da Costa Pereira.




FONTE: Luis-Philippe Pereira Leite, Bispo do Império, edição do autor, Cuiabá, sd., página 149.


10 de agosto

1915 - Criação de Rondonópolis

Rua principal de Rondonópolis em foto de 1953


Tendo surgido com a chegada às margens do rio Vermelho de diversas famílias procedentes de Minas Gerais e Cuiabá, foi formalmente fundada a cidade de Rondonópolis, por decreto do governador Costa Marques, que reserva 2.000 hectares de terra para o povoado nascente.

Distrito criado, com a denominação de Rondonópolis, pela Resolução Estadual n.º 814, de 08-10-1920, subordinado ao município de Cuiabá.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Rondonópolis figura no município de Cuiabá, assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo Decreto-lei Estadual n.º 208, de 26-10-1938, o distrito de Rondonópolis foi transferido do município de Cuiabá para constituir o novo município de Poxoréo.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939 a 1943 o distrito de Rondonópolis figura no município de Poxoréo, assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.

Elevado à categoria de município com a denominação de Rondonópolis, pela Lei Estadual n.º 666, de 10-12-1953, sendo desmembrado do município de Poxoréo. Sede no antigo distrito de Rondonópolis. Constituído de 2 distritos: Rondonópolis e Ponte de Pedra, ambos desmembrados do município de Poxoréo. Instalado em 01-01-1954.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1955 o município é constituído de 2 distritos: Rondonópolis e Ponte de Pedra.

Pela Lei Estadual n.º 1.119, de 17-11-1958, é criado o distrito de Petrovina e anexado ao município de Rondonópolis.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960 o município é constituído de 3 distritos: Rondonópolis, Petrovina e Ponte de Pedra.

Pela Lei Estadual n.º 2.133, de 21-01-1964, é criado o distrito de Pedra Preta e anexado ao município de Rondonópolis.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960 o município é constituído de 4 distritos: Rondonópolis, Petrovina, Pedra Preta e Ponte de Pedra.

Pela Lei Estadual n.º 2.130, de 21-01-1964, é criado o distrito de Anhumas e anexado ao município de Rondonópolis.

Pela Lei Estadual n.º 2.814, de 06-12-1967, retificado pela Lei Estadual n.º 3.753, de 16-05-1976, é alterada a denominação do distrito de Petrovina para Nova Galiléia.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1968, o município é constituído de 5 distritos: Rondonópolis, Anhumas, Nova Galiléia, Pedra Preta e Ponte de Pedra.

Pela Lei Estadual n.º 3.729, de 04-06-1976, é criado o distrito de Boa Vista e anexado ao município de Rondonópolis.

Pela Lei Estadual n.º 3.733, de 04-06-1976, é criado o distrito de São José do Povo e anexado ao município de Rondonópolis.

Pela Lei Estadual n.º 3.766, de 30-06-1976, é criado o distrito de Vila Operária e anexado ao município de Rondonópolis.

Pela Lei Estadual n.º 3.688, de 13-05-1976, são desmembrados do município de Rondonópolis os distritos de Pedra Preta e Ponte de Pedra, para constituírem o novo município de Pedra Preta.

Em divisão territorial datada de 1-I-1979 o município é constituído de 6 distritos: Rondonópolis, Anhumas, Boa Vista, Nova Galiléia, São José do Povo e Vila Operaria. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1988.

Pela Lei Estadual n.º 5.486, de 04-07-1989, é desmembrado do município de Rondonópolis o distrito de São José do Povo, elevado à categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1995 o município é constituído de 5 distritos: Rondonópolis, Anhumas, Boa Vista, Nova Galiléia, e Vila Operária. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.

FONTE: IBGE.


10 de agosto

1924 - Ponta Porã: censurado, jornal suspende circulação

Em protesto à censura imposta pelo comandante da circunscrição militar o semanário O Progresso, do jornalista e advogado Rangel Torres, suspende temporariamente sua circulação, com a seguinte comunicação:

"AVISO - Tendo sido determinado pelo Exmo. General Comandante da Circunscrição Militar ao sr. Delegado de Polícia a censura deste semanário em virtude do movimento sedicioso de São Paulo, resolvemos suspender, a contar de hoje sua publicação, até que o país volte à sua tranquilidade, pela qual fazemos sinceros votos.

Tomamos essa deliberação por entendermos que, não tendo sido decretado estado de sítio para o território matogrossense, não pode a liberdade de imprensa ser cerceada por medida dessa natureza, em vista do dispositivo constitucional (art. 72 § 12°). O momento não comporta comentários".

O movimento sedicioso de que trata a publicação, refere-se à rebelião paulista, chefiada pelo general Osório, que no Estado, amotinou guarnições do exército em Bela Vista e Corumbá.

FONTE: O Progresso (Ponta Porã), 10/08/1924)


OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...