segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

23 de maio

23 de maio


1892 Jango Mascarenhas às portas de Nioaque


Quartel general do Exército Brasileiro em Nioaque
Forças de resistência ao golpe militar contra o presidente Manoel Murtinho, baixam a serra de Amambaí e acampam à margem esquerda do rio Nioaque duas léguas da vila. Miguel A. Palermo, o secretário do comandante, faz as contas:
“Em Ponta Porã tinham deixado um destacamento de quarenta homens e em Bela Vista outro tanto.
Trinta patriotas estavam encarregados de vigiar uma cavalhada de reserva e trinta e cinco faziam o serviço de fornecimento de gado.
Os presentes chamados eram 783 e, tendo seguido uma eleição em toda ordem, dividiram-se em três regimentos,” com os seguintes comandantes: 1º Regimento, tenente-coronel João Rodrigues Sampaio; 2º Regimento, tenente-coronel João Luis da Fonseca Moraes; e terceiro, Atanásio de Almeida Melo. Para o comando geral foram eleitos o coronel Jango Mascarenhas; tenente-coronel do estado-maior Antônio Inácio de Trindade; capitão-ajudante Joaquim Augusto de Oliveira César, capitão-secretário Miguel A. Palermo. 



FONTE: Miguel A. Palermo, Nioaque, evolução histórica e revolução de Mato Grosso, Tribunal de Justiça, Campo Grande, 1992, página 55.




23 de maio



1927 Nasce Harry Amorim Costa





Filho de José Z. Costa e de Araci Amorim Costa, nasce em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, Harry Amorim Costa. Formado em engenharia civil em 1951, pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 1974 assumiu a direção geral do DNOS, Departamento Nacional de Obras de Saneamento, de onde saiu para exercer o cargo de primeiro governador nomeado do Estado de Mato Grosso do Sul, que o exerceu por apenas seis meses (de janeiro a julho de 1979), quando foi exonerado e substituído pelo prefeito de Campo Grande, Marcelo Miranda.

Em 1982 elegeu-se deputado federal pelo PMDB. Em 1987 é nomeado secretário de Meio Ambiente do governo Marcelo Miranda. Morreu em acidente automobilístico, em 1988.


O presídio de segurança máxima de Dourados tem o seu nome.



FONTE: Wikipédia.


23 de maio

1989 - Morre Zacarias Mourão, o autor do Pé de Cedro



Nascido a 15 de março de 1928, em Coxim, é assassinado em Campo Grande, o compositor Zacarias Mourão. Filho de José dos Santos Mourão e Cantemira Terra Mourão, aos 11 anos de idade - relata João Ferreira Neto - "teve que trocar sua Coxim por um seminário em Petrópolis no Estado do Rio de Janeiro, fato que o marcou. Foi quanto teve a ideia de deixar  algo que o lembrasse. Assim surgiu no quintal da casa dos padres, onde Zacarias morava com o padre Chico, um 'pequeno arbusto' que cravou suas raízes no solo de Coxim, cresceu e tornou-se o nosso famoso - pé de cedro."

Em São Paulo, na década de 50, entrou para a polícia rodoviária estadual e formou-se em jornalismo pela Fundação Casper Líbero, vindo a consagrar-se em todo o Brasil como compositor de várias músicas sertanejas, sendo a mais conhecida delas o clássico Pé de Cedro, em parceria com Goiá, gravado originalmente por Tibagi e Miltinho. 

Sua morte não foi devidamente esclarecida.


FONTE: João Ferreira Neto, Raízes de Coxim, Editora UFMS, Campo Grande, 2004, página 247.

FOTO: Zacarias com o Duo Estrela Dalva

22 de maio

22 de maio


1867 - Tomada de Bela Vista: coronel Camisão presta contas


Rio Apa, fronteira Brasil - Paraguai




A caminho de volta a Nioaque, na retirada da Laguna,o comandante das forças brasileiras na fronteira, coronel Carlos Camisão,  apresenta breve relatório sobre a tomada de Bela Vista, ocorrida em 21 de abril:

O programa que apresentei às forças, ao partir da Colônia de Miranda, acha-se concluído em toda a sua brilhante plenitude. O inimigo fugiu aos primeiros passos da briosa força brasileira e nos abandonou seus entrincheiramentos, incendiando as suas propriedades e devastando brutalmente o trabalho de longos anos. - O conflito em que devia patentear-se a coragem que é própria do soldado brasileiro, não se deu: bastou a simples demonstração de sua placidez e energia. - Deus, em sua resplandecente justiça permitiu a completa reação da injusta invasão do distrito de Miranda, tocando-nos a glória imensa de executá-la em todo o seu elastério. - Orgulhoso por me achar à testa de tão distinta expedição, louvo em extremo, nesta ocasião, aos empregados do quartel deste comando, srs. engenheiros, médicos, oficial pagador, comandantes dos corpos de caçadores e de cavalo, provisório de artilharia, dos batalhões ns. 17, 20 e 21, todos os srs. oficiais e praças pelo entusiasmo no desejo de encontrar o inimigo e alegria ao marchar ao seu encontro, que se manifestaram em todas as ocasiões, desde a saída de Miranda, não só nos corpos que formavam a vanguarda, os quais desenvolveram muita atividade e vigilância, como nos demais, o que patenteou-se na passagem do rio Apa, o qual apesar de seu péssimo vau foi em poucos minutos transposto, ainda mesmo pela artilharia, cujo trem pesado faria crer em longa demora, dando-se o mesmo com o cartuchame. Ainda merece os meus elogios o bravo e denodado guia dessas forças José Francisco Lopes, o qual, impelido pelos sentimentos de pai e cidadão, pois tem a sua família prisioneira nesta República, nunca se esquivou a trabalhos e perigos, assim como os mais paisanos e fugitivos que ora me acompanham.




FONTE: Taunay, A retirada da Laguna, 14ª edição, Edições Melhoramentos, São Paulo, 1942, página 154. 



22 de maio

1888 - Abolicionistas de Corumbá festejam lei Áurea

A Sociedade Abolicionista Corumbaense publica anúncio convocando a população para ato de comemoração à assinatura da Lei Áurea que a 13 de maio, extinguiu a escravidão humana no Brasil:

"SOCIEDADE ABOLICIONISTA CORUMBAENSE - A diretoria desta sociedade convida a todos os sócios e abolicionistas em geral a comparecerem em casa do vice-presidente Luiz Esteves no  dia da chegada do paquete às seis horas da tarde para tomarem parte nos festejos que se hão de realizar em regozijo pela extinção dos escravos no Brasil; outrossim convida a mesma diretoria a todos os habitantes desta cidade, para que na noite em que se realizar o programa da festa da liberdade iluminem as frentes de suas casas.

PROGRAMA

1° - A Sociedade abolicionista subirá da casa de residência do vice-presidente e dirigir-se-á à casa da Câmara Municipal.

2° - Far-se-á a entrega do arquivo da sociedade à mesma ilustríssima Câmara, e entregues serão também na mesma ocasi~]ao os objetos oferecidos por senhoras de Montevideo em benefício à escravidão, os quais são agora destinados pela diretoria \á casa de caridade de Corumbá.

3° - Seguir-se-á depois em MARCHE FLAMBEAUX às residências dos Srns. Dr. Juiz de Direito, coronel comandante da Fronteira, Dr. Juiz Municipal e aos consulado.

4º - Percorridas todas as ruas da cidade estarão terminados os festejos e com estes a missão da Sociedade Abolicionista Corumbaense.

Corumbá, 22 de maio de 1888. A DIRETORIA.

O paquete, com a notícia oficial da sanção da Lei Áurea chegou a Corumbá em 27 de maio.

FONTE: Oasis (Corumbá), 27 de maio de 1888.

21 de maio

21 de maio


1873 - Corumbá elevada à comarca


Pela lei provincial n.1 de 21 de maio de 1873, do presidente da província de Mato Grosso José da Silva Reis, é criada a comarca de Corumbá, antes ligada à comarca da capital. A disposição ocorre com a ampliação de três para quatro comarcas, nos termos do artigo 1° da citada lei:

"Art. 1° - As três comarcas ora existentes na província, ficam divididas em quatro, a saber: 

§ 1° - A primeira compreenderá os termos de Cuiabá, Poconé, Rosário e Diamantino, sob a denominação de comarca de Cuiabá.

§ 2° A segunda, os municípios de da cidade de Mato Grosso e Vila Maria, sob a denominação de comarca de S. Luiz de Vila Maria.

§ 3° - A terceira, os municípios da vila de Corumbá e da vida de Miranda, ficando este último. desde já, desligado do termo de Cuiabá, a que tem estado provisoriamente ligado, sob a denominação de comarca de Santa Cruz de Corumbá.

§ 4° - A quarta compreenderá o município único da vila do Paranaíba, sob a denominação de comarca de Santana do Paranaíba".

FONTE: Leis da província de Mato Grosso, 1835 a 1912, página 7.





21 de maio


1925 - Klinger dá ultimato à coluna Prestes







Nas proximidades de Dourados as tropas da Coluna Prestes recebem um emissário do governo, com carta do major Klinger, da Circunscrição Militar de Campo Grande, com o seguinte ultimato:

Meus destemidos camaradas.

(...) Apelo pois para vosso patriotismo, que tem sido certamente o supremo móvel da vossa ação, a fim de ter afinal um termo esta luta ingrata, que já agora só pode, sem outro resultado, aumentar a desgraça do país e de seus filhos, cavar mais fundo a cisão e aumentar os ódios. Ofereço de iniciativa exclusiva minha que será imediatamente posta em aplicação sob minha responsabilidade pessoal se aceitardes o seguinte:


1 - Todas as forças revolucionárias de Mato Grosso entregam suas armas, munições, cavalos e todo o material de qualquer espécie que tenham em seu poder.


2 - Todos os oficiais e um décimo das praças a critério dos chefes revolucionários terão trânsito livre para passarem incontinenti a fronteira mais próxima.


3 - Pormenores a fixar entre um chefe representante dos revolucionários e um representante meu.



A coluna simplesmente ignorou o ultimato.



FONTE: Domingos Meireles, A noite das grandes fogueiras, Editora Record, Rio, 1995, página 295.








21 de maio


1951 - Rondon agradece a Demosthenes Martins



Presidente do Conselho Nacional de Proteção ao Índio, o general Rondon agradece ao secretário Demosthenes Martins, de Interior, Justiça e Finanças de Mato Grosso por homenagem recebida, em seu aniversário, 5 de maio:

Foi com imensa satisfação que chegou ao meu conhecimento a notícia de que o eminente amigo patrocinara uma iniciativa no sentido de que minha data natalícia não passasse despercebida no meu muito querido Estado de Mato Grosso. 

"Essa satisfação a que me refiro, não foi devida a adoção gentilíssima da homenagem, pois, como mil e uma vezes tenho reiterado, em toda minha vida consagrada à grandeza do Brasil e ao serviço da República, nada mais fiz do que cumprir o meu dever; daí, meu princípio de que ‘não pode haver maior felicidade do que poder se chegar ao fim da vida com a consciência de se ter cumprido o dever.’


"Essa satisfação, repito, foi imensa porque essa grata iniciativa de V. Exa. teve a virtude de evidenciar a simpatia e a solidariedade nascida nos dias em que a Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, teve a ventura de contar, entre os seus colaboradores dedicados, o ilustre nome de V. Exa., razão que explica a generosidade das palavras empregadas ao referir-se a este modesto mato-grossense e explica, igualmente, a erudição histórica com que V. Exa. narrou episódios vividos em pelno sertão, ao serviço do Exército, da República e da Pátria.


"Deveras comovido pelas atenções com que V. Exa. me honra, venho reiterar ao ilustre costaduano e amigo os meus protestos da mais elevada estima e distinta consideração.” 



FONTE: Demósthenes Martins, A poeira da jornada, edição do autor, Campo Grande, 1980, página 180. 

domingo, 13 de fevereiro de 2011

20 de maio



20 de maio

1889 - Campo Grande, a cidade contra o crime

Santo Antonio de Campo Grande no início do século passado

Sub-delegado de maio a outubro de 1889, Joaquim Vieira de Almeida já se preocupava com a criminalidade importada, sobretudo de Estados vizinhos, como consta no ofício abaixo endereçado ao juiz de Rio Verde, em Goiás:

Subdelegacia de Polícia de Campo Grande, 20 de maio de 1889 - Província de Mato Grosso. - Comarca de Miranda, Ilmo. Snr. Sendo as fronteiras pontos em que criminosos de costume procuram para se ocultarem, infestando as localidades como seja esta, que sendo já bastante povoada acha-se atulhada de criminosos foragidos das províncias vizinhas, segundo a voz pública, parte dos quais habituados a praticarem desacatos, põem sempre em alarme os lugares onde permanecem; tomo por isso a deliberação de dirigir-me a V. S. visto constar haver neste Distrito criminosos dessa Província e Comarca de onde é V.S. muito digno juiz municipal, a fim de se julgar de direito expedir precatórias dirigidas ao Snr. Dr. Juiz municipal do termo de Miranda ao qual pertence esse distrito, a fim de serem capturados. Ilmo. Sr. Dr. Juiz municipal do termo de Rio Verde, da província de Goiás.



FONTE: Revista Folha da Serra, edição de 26 de agosto de 1936.


20 de maio

2001 - Morre Vicente Emílio Vuolo




Aos 72 anos, falece em Brasília, o advogado Vicente Emílio Vuolo, filho do italiano Francesco Palmieri Vuolo e de Adalgisa Rosa Vuolo.

Bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1956.

Em 1957, tornou-se chefe de polícia do governador João Ponce de Arruda (1956-1961). Primeiro promotor de justiça em Cuiabá, ocupou também a Procuradoria da República no estado e a Procuradoria Regional Eleitoral, além de membro do Conselho Penitenciário de Mato Grosso. Nas eleições de outubro do ano seguinte, elegeu-se deputado à Assembleia Legislativa do seu estado na legenda do Partido Social Democrático (PSD), assumindo o mandato em fevereiro de 1959. Foi vice-líder do PSD entre 1959 e 1961, prefeito de Cuiabá de 1962 a 1966 e consultor jurídico do estado. Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº. 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena). Nessa legenda, foi mais uma vez eleito no pleito de novembro de 1970, exercendo a vice-presidência da mesa da Assembleia entre 1973 e 1974. Ainda nessa legislatura, foi presidente da comissão especial pró-solução do problema energético da região norte e leste mato-grossense.

Em novembro de 1974, foi eleito deputado federal pelo estado de Mato Grosso na legenda da Arena, assumindo o mandato em fevereiro de 1975. Nesse mesmo ano, passou a integrar a Comissão de Trabalho e Legislação Social e, como suplente, a Comissão de Transportes da Câmara. Em 1975, apresentou um projeto que previa a inclusão da construção de uma ferrovia interligando São Paulo-Rubinéia (SP)-Aparecida do Taboado (MS)-Rondonópolis (MT)-Cuiabá (MT) no Plano Nacional de Viação. No ano seguinte, o projeto foi sancionado pelo então presidente da República, Ernesto Geisel.

Nas eleições de novembro de 1978, foi eleito senador, assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte, após ter deixado em janeiro a Câmara Federal. Foi presidente e vice-presidente da Comissão de Transportes, Comunicações e Obras Públicas e membro da Comissão de Justiça. Durante o mandato de senador, continuou na batalha pela ferrovia e conseguiu um convênio entre a União e o estado de São Paulo, onde cada um participaria com 50% dos recursos para a construção de uma ponte rodoferroviária sobre o rio Paraná, em São Paulo, principal obstáculo para o desenvolvimento do projeto.

Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a conseqüente reformulação partidária, filiou-se ao partido governista, o Partido Democrático Social (PDS).

Nas eleições de novembro de 1982, concorreu a uma cadeira no Senado Federal, na sublegenda do PDS, sendo derrotado no pleito por Roberto Campos, do mesmo partido. Em fevereiro de 1984, ao formalizar sua adesão ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), afirmou que foi traído pelo PDS, ao preterir seu nome como candidato ao Senado, dando apoio e colocando a máquina do Estado a serviço do ex-embaixador Roberto Campos.

Em 1986, chegou a anunciar e lançar sua candidatura pelo PMDB ao Senado. No entanto, renunciou à candidatura em outubro alegando motivos de saúde. Ao comunicar essa decisão, Vuolo reiterou total apoio ao candidato do partido ao governo estadual, Carlos Bezerra. Paralelamente, circularam informações de que Vuolo estaria ressentido com o partido por não ter conseguido incluir o nome de um dos seus filhos na lista de candidatos proporcionais aprovados pela convenção.

Afastado dos cargos eletivos, mas permanecendo na luta pela construção da ferrovia, em 1988 Vicente Vuolo participou de um simpósio onde conseguiu convencer o chamado “rei da soja”, Olacir de Morais, a desistir da construção de uma ponte na localidade de Colômbia (SP), na divisa de São Paulo com Minas Gerais, para lutarem pelo projeto originariamente apresentado por Vuolo e pela utilização de tecnologia italiana. Ainda nesse período, Orestes Quércia, governador do estado de São Paulo, lançou a pedra fundamental da construção da ponte. No ano seguinte, o então presidente José Sarney assinou o contrato de concessão da Ferronorte, de propriedade do grupo Itamarati sob o comando de Olacir de Morais, que objetivava a construção de uma ferrovia no Centro-Oeste brasileiro.

Em 1995, com o início do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, as obras da construção da ponte pararam em função do veto do então ministro do Planejamento, José Serra, à verba orçamentária destinada à conclusão da obra. Ainda nesse ano, Vuolo organizou várias manifestações pelo asfaltamento da rodovia MT-100, que cumpria o papel de ligação com a ponte rodoferroviária.

Nesse ínterim, Vuolo organizou várias manifestações pela retomada das obras, além de lançar um manifesto, em 1997, lido na íntegra pelo então deputado federal matogrossense Gilnei Viana, na Câmara dos Deputados, que pedia o fim da quebra de contrato por parte do governo federal. Posteriormente, os recursos para a conclusão da obra foram liberados pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, através do programa Brasil em Ação, que reunia as previsões orçamentárias do governo federal. Nesse mesmo ano, liderou um protesto pela pavimentação da rodovia MS-306, que, juntamente com a obra na MT-100, proporcionaria um novo acesso a São Paulo e a integração nacional.

Ainda em 1997, foi aprovado pela Assembléia Legislativa de Mato Grosso o projeto de autoria do deputado Wilson Santos, que deu o nome de Senador Vuolo ao trecho da ferrovia que corta o estado do Mato Grosso e sob a autoria do deputado sul-matogrossense também deu seu nome aos trechos de Aparecida do Taboado-Inocência-Chapadão do Sul-Costa Rica, todos no Mato Grosso do Sul. Em virtude de sua dedicação à causa da ferrovia, recebeu diversas homenagens, entre elas a medalha de Mérito Ferroviário, concedida pela Rede Ferroviária Nacional, e o título de senador honorário do Oeste Paulista, da Associação dos Municípios do Oeste Paulista.

Era casado com Leide da Costa Vuolo, com quem teve três filhos.



FONTE: Cristiane Jalles, Vicente Emilio Vuolo, FGV CPDOC, (http://www.fgv.br/Cpdoc/Acervo/dicionarios/verbete-biografico/vicente-emilio-vuolo)




19 de maio

19 de maio


1916 - Mate Larangeira renova contrato com o Estado de Mato Grosso


Área marcada: território da Mate Larangeira



A empresa Larangeira, Mendes e Companhia, com matriz em Buenos Aires e o governo do Estado de Mato Grosso renovam por mais dez anos, o contrato de exploração dos ervais do Sul do Estado. De acordo com o documento firmado, as “terras devolutas que por este contrato são arrendadas, estão situadas na zona fronteira do Estado com a República do Paraguai e Estado do Paraná. Os limites dessa zona dentro da qual será escolhida a área de quatrocentas léguas quadradas de ervais e pastagens, são os seguintes: desde as cabeceiras do rio Santa Maria na serra do Amambay, pelo mesmo rio e rios Brilhante, Ivinhema e Paraná até a serra de Maracaju e pela crista desta a da serra de Amambay até as referidas cabeceiras do rio Santa Maria.”

Pelo arrendamento, a Mate comprometeu-se em pagar anualmente ao Estado de Mato Grosso a quantia de trezentos e cinquenta contos de réis (350:000$000) compreendendo englobadamente o preço do arrendamento das terras e a devida pelo imposto de exportação da erva mate, "enquanto não exceder ela de seis milhões de kilos."

Foi mantida a cláusula que dava à arrendatária poder de polícia constante dos contratos anteriores.

Era presidente do Estado de Mato Grosso o general Cetano Manoel de Faria e Albuquerque.



FONTE: Gilmar Arruda, Heródoto, in Ciclo da Erva-Mate em Mato Grosso do Sul 1883-1947, Instituto Euvaldo Lodi, Campo Grande, 1986, página 289. 





19 de maio



1930 - Deputado desmente movimento separatista no Sul



Deputado Generoso Siqueira
Falando à Assembleia Legislativa, o deputado Generoso de Siqueira, cuiabano, residente em Três Lagoas desmente existência de movimento divisionista no Sul do Estado, veiculado pelo O Jornal, do Rio, visando mudar a capital de Cuiabá para Campo Grande:

“Representante do Sul, em uma das cujas cidades resido desde que retornei ao Estado, após o meu curso acadêmico, posso afirmar convencido e categoricamente que aquela notícia é inteiramente destituída de qualquer fundamento.
Não só, no Sul, não se trabalha nesse sentido, como até agora, que eu saiba, nem de o fazer cogitar a sua população laboriosa e inteligente. (...) Mais veementemente, porém, que nós, vai protestar a nobre cidade de Campo Grande, que não terá autorizado esse movimento impatriótico, feito à sua revelia, pois mais que nenhuma outra sabe render a Cuiabá, o culto de sua simpatia, do seu muito apreço e de sua indefectível solidariedade para os grandes destinos reservados a Mato Grosso, na unidade dos seus, fatos históricos e territoriais.”

 
Sobre o mesmo assunto e também combatendo a idéia da mudança da capital, falou o deputado Pilade Rebuá, de Miranda.




FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembléia Legislativa, Cuiabá, 1972, página 164.



20 de maio 

1937 - Morre Silvino Jacques






Perseguido pelo exército, polícia e capturas, alvejado no dia anterior em troca de tiros com a captura chefiada por Orcírio dos Santos, morre Silvino Jacques, bandoleiro gaúcho que por uma década atuou na fronteira Brasil-Paraguai e no Pantanal. 

O presidente Getúlio Vargas, de quem Silvino Jacques foi aliado na Revolução de 1932, recebeu do interventor federal em Mato Grosso, Julio Müller, a comunicação oficial de sua morte:

"Tenho a honra de comunicar a v. excia. que acabo de receber do delegado especial no sul do Estado os seguintes telegramas: "Comunico-vos Orcírio Santos, fazendo ontem reconhecimento do local do combate do dia 19, encontrou o cadáver de Silvino Jacques, uma periri, dois mosquetões, munição Mauser e cinco cavalos arriados. Capturas Orcírio e tenente Rodrigues encontraram breve triunfo, prosseguindo campanha contra restante do bando". Outro telegrama: "O cadáver de Silvino Jacques foi encontrado numa rede, coberto de pivan, na costa do córrego Aurora, perto do local do combate, apresentando três ferimentos, nos quais tinham sido feitos curativos. Arreios e armas de Silvino seguem para Bela Vista. Determinei ida urgente do delegado de Bela Vista à sepultura de Silvino, afim de fazer exumação e reconhecimento, lavrando o competente auto. Cordiais saudações. -Manoel Bonifácio Nunes da Cunha, delegado especial no sul". 

DESARMAMENTO - Segundo a imprensa da época a "campanha contra Silvino Jacques iniciou-se, virtualmente, com a nomeação do general José Pessoa para o comando da 9a. Região Militar. 

Conhecedor profundo da situação de pânico da população do Estado, com as populações permanentemente ameaçadas pelo flagelo, os lares atacados, as famílias inseguras, o comandante da região estabeleceu um programa de ação. O Exército sob o seu comando entraria na paz, num serviço de guerra sem tréguas aos perturbadores da segurança pública.

De início, o comandante da 9a. Região Militar estabeleceu um programa: era necessário desarmar completamente as populações civis que, desde 1922, eram servidas de armas do próprio Exército. Nas fazendas e residências particulares existiam armamentos para várias divisões de infantaria. E o pior é que esse mesmo armamento servia como garantia dos coiteiros do grande bandido, políticos que dele se utilizavam para as suas negregadas campanhas de morticínios".



FONTE: O Jornal (RJ), 27 de maio de 1939.






18 de maio

18 de maio


1847 - Deputados congratulam ao rei pelo nascimento da princesa Isabel




A Assembléia Legislativa provincial encaminha ao imperador d. Pedro II, por ocasião do nascimento da princesa Isabel, a seguinte mensagem:

Senhor. - A Assembléia Legislativa da Província de Mato Grosso, reconhecendo que o nascimento dos príncipes marca sempre uma época de feliz recordação para as nações e tendo a Divina Providência, que lhe sempre incansável em proteger o Império de Santa Cruz, mimoseando-o com o fausto nascimento da augusta princesa a sra. Da. Isabel, mimoso fruto de uma prole, que jamais deixará de ser a cara do povo brasileiro, vem fiel e pressurosamente depositar ante os degraus do Trono Augusto de Vossa Majestade Imperial e Constitucional a efusão do júbilo e excessivo prazer que sente em ver cada vez mais perpetuada a Dinastia do Imortal Fundador do Império do Brasil, com a existência de mais uma Princesa que cheia de virtudes, servirá de garantia à grande família brasileira.


A Assembléia Legislativa Provincial de Mato Grosso, Senhor, saudando por esta maneira o berço da jovem e magnânima Princesa, rende à Vossa Majestade Imperial os sinceros votos e protestos de adesão, e sincera fidelidade, e roga ao céu queira ser-lhe tão propício quanto Vossa Majestade Imperial o é a toda a nação brasileira.

Deus guarde e dilate por muitos anos a preciosa existência de Vossa Majestade Imperial, como lhe mister. - Paço d’Assembléia Legislativa Provincial, em Cuiabá, 18 de maio de 1847. - Manoel Alves Ribeiro, presidente .- Ayres Augusto d’Araujo, 1° secretário. - Manoel Pereira Mendes, 2° secretário.


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas matogrossenses, 2a. edição, Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 242.





18 de maio



1866 - Guerra do Paraguai: Taunay com os refugiados de Miranda



Dos Morros, onde está há dois meses, o tenente Taunay, da comissão de engenharia da expedição brasileira, enquanto esperava as tropas vindas de Coxim, escreve à sua irmã Adelaide no Rio de Janeiro:

Estamos numa furna da serra de Maracaju junto ao rio Aquidauana com os refugiados de Miranda e esperamos as forças que só poderão cá estar no fim do mês. Com os fugitivos acompanharão os aldeamentos índios Quiniquináus, Terenas, Guanás e Laianas que são a distração daqui. Já vou falando menos mal a língua e todos se admiram , inclusive a cabocolagem que se ri a valer da minha facilidade em sustentar longa conversa com esses amáveis filhos da Natureza. A raça em geral é toda bonita: muita moça que dá muchochos e arrebita a venta no Rio, quereria ter os belos olhos e o talhe de cara de uma dessas pobres criaturas que com a invasão paraguaia perderam os poucos trapos que tinham e quase andam às nuas como diz o Arnesto.


FONTE: Taunay, Mensário do Jornal do Comércio, Rio, 1943, página 163.


18 de maio

1883 - Nasce em Cuiabá, Eurico Gaspar Dutra




Filho de José Florêncio, combatente da guerra do Paraguai, e Maria Justina Dutra, nasce em Cuiabá, Eurico Gaspar Dutra. Militar e político, foi ministro da Guerra na ditadura de Getúlio Vargas e primeiro presidente da República, eleito depois do Estado Novo. 

Batizado em 15 de agosto de 1883, foram seus padrinhos Joaquim Pinto de Souza e Maria Cecília de Souza Menezes, em cerimônia religiosa celebrada pelo cônego Joaquim dos Santos Ferreira, na capela N.S. do Rosário do Coxipó do Ouro.

Iniciou seus estudos em Cuiabá, tendo como primeira professora Bernardina Richie, na Escola Municipal. Ainda na capital de Mato Grosso estudou o Externato São Sebastião e no Liceu Cuiabano, então dirigido pelos padres salesianos. Foi colega do jovem Aquino Correa, mais tarde arcebispo e governador do Estado. 

Em 1892, com apenas 16 anos de idade, sem o conhecimento dos pais, alistou-se na tropa do coronel Totó Paes, que disputava o poder com Generoso Ponce, chegando ao posto de sargento.

Reprovado por junta médica em Cuiabá, ingressou na carreira militar, após segunda tentativa, em Corumbá, de onde foi destinado à Escola Preparatória Tática de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul.

FONTE: Mauro Renault Leite e Novelli Júnior, Marechal Eurico Gaspar Dutra: o dever da verdade, Editora Nova Fronteira, RJ, 1983, página 12.

FOTO: general Dutra na II Guerra Mundial.



18 de maio

1933 - Morre o marechal Annibal da Motta, combatente na retomada da Corumbá

Faleceu em Cáceres, aos 88 anos, o marechal Annibal da Motta, um dos últimos sobreviventes da guerra do Paraguai. Participou ativamente da retomada de Corumbá, sob o comando do coronel Maria Coelho e a sua fé de ofício "foi uma das mais brilhantes do exército brasileiro"¹

Na República, em 1892, o então major Annibal da Motta, ainda sob a orientação política de seu tio, Antonio Maria Coelho, com o coronel João Barbosa, participou em Corumbá e Cuiabá do fracassado golpe militar contra o presidente Manoel Murtinho.²

FONTE:¹Diário da Noite (RJ), 19/05/1933; ²O Matto-Grosso (Cuiabá), 09/02/1892.



18 de maio

1937 - Diamante gigante roubado no garimpo de Rochedo

Notícia publicada na edição de 18 de maio de 1937, no jornal "Gazeta de de Notícias" (RJ) dá conta do furto milionário de uma pedra de diamante num garimpo de Rochedo, próximo a Campo Grande. A tentativa de elucidação do crime chegou a mobilizar o comando da 9a. Região Militar de Campo Grande, segundo informações dadas pelo comandante militar, coronel Alberto Duarte Mendonça, ao jornalista Archimedes Pereira Lima:

"Sobre o vultoso roubo ocorrido nos garimpo de Rochefo, neste município, de um descomunal diamante de valor - ao que tudo se calcuka acima de mil contos de réis e o desaparecimento do seu possuidor, o garimpeiro Antonio Rompedor, que se supõe ter sido assassinado. fez-nos o comandante da 9a. Região, com as seguintes
declarações:
- Este diamante, que foi a pricípio avaliado em 380 contos, deve valer pelas informações do garimpeiro Paulino de tal, que se acha preso na cadeia pública e foi a única pessoa que viu o valioso carbono, mil e muitos contos, segundo o cálculo das pessoas entendidas. Estou empenhado no esclarecimento do mistério que envolve o caso e espero tudo descobrir. Várias pessoas suspeitas de cumplicidade no caso se encontram presas algumas na cadeia pública e outras por complicações com a Lei de Segurança nos quartéis federais".

FONTE: Gazeta de Notícias (RJ) 18 de maio de 1937.
  



18 de maio

1939 - Selvino Jacques é mortalmente ferido



Surpreendido por uma captura chefiada por Orcírio dos Santos, na beira do rio da Prata, o célebre bandoleiro gaúcho é atingido. Brígido Ibanhes descreve o cenário e os detalhes de sua última luta, contra patrulha comandada por Orcírio dos Santos, pai do ex-governador Zeca do PT:

Sempre patrulhando seguiram o rio da Prata e quando estavam para chegar no Passo da Aroeira, algo chamou a atenção do Horácio, o mais novo dos Santos ali na captura. 

Fazia uma manhã fria e nevoenta perto do rio, e a cerração serpenteava seguindo o curso do Prata pelo meio do cerrado. O Orcírio, o Alcides e mais três companheiros iam na frente e o Dinarte, com o resto do grupo, ia a uns cem metros atrás. Orcírio ia discutindo com o Lito Ferreira.
- Sabe, Orcírio, nesta mesma hora passamos por aqui da outra vez.
Lito se zangava à toa e o Orcírio só para provocá-lo olhou o seu relógio como se estivesse conferindo a informação. O relógio marcava 9:15 horas do dia 18 de maio.


Nisso o Horácio exclamou:
- Lá vem um grupo!

Orcírio virou o rosto e viu o grupo que vinha fora da estrada, a cerca de trezentos metros. Falou como se analisasse consigo mesmo:
Campeiro não pode ser nesta hora. Vamos reconhecer!


Normalmente o campeiro sai na madrugada e nessa hora já estaria devorando o seu arroz carreteiro ou tomando seu tererê.

Virou o corpo sobre o apero e fez a senha para o Dinarte para que ele avançasse, e assobiou para o Alcides que ia mais na frente, mas ele não escutou. Mandou o negrão Fortu galopar e avisar o Alcides.

O grupo que era o bando do Jacques, ainda não tinha visto os dos Santos e vinham a passo lento meio acobertados pela neblina, varando a beira do mato, uma restinga de chirca.

E lantamente iam passando.

A cem metros na retaguarda do grupo ia um cavaleiro puxando um bagual e foi esse que primeiro viu a captura.

Os que iam na frente na captura apuraram o trote e galoparam para se aproximar. O tipo que cabresteava o bagual tentou apurar o trote, mas o bagual não quis acompanhar. Em desespero cortou o cabresto e largou o animal. Deu um curto assobio, sinal do perigo e o grupo se virou. Todos viraram com os cavalos, e os lenços vermelhos apareceram...

- São eles mesmo, rapaziada! - gritou o Orcírio.

E já atropelaram o bando numa louca disparada. Sem dar um tiro começaram uma correria, com intensa gritaria, como se atropelassem gadaria chucra.
Depois de cerca de um quilômetro de disparada um se desgarrou do bando, montado num rosilho escuro e galopou em direção ao alto de um morro. O Dinarte tentou atropelá-lo mas o cavalo não rodou, o mesmo acontecendo com Antônio Garcia.


Orcírio gritou ao Horácio:

- Olhe lá naqueles cerrados é capaz deles querer se entrincheirar, mas vocês não deixem! Do jeito que vão vocês metem em cima e deixem aquele por minha  conta. (...)

Selvino balanceava o Povoeiro ao lado da cerca para evitar ser atingido e atirava com o fuzil de canhota, na expectativa de ferir alguém da captura, fato que lhe daria tempo para a fuga.

Desistiu de atirar e puxou o alicate cortador de arame da presilha da guaiaca e se inclinou em cima do Povoeiro para atorar o primeiro fio do alambrado.
Sentiu a forte pancada da bala acima do rim esquerdo, sentiu o chumbo quente em sua trajetória mortal rasgando o interior do estômago e escapulir por baixo da axila direita. Com o golpe da bala do fuzil escorregou da montaria e bateu o rosto no mourão, cambeleou e caiu. O Antônio Paim e o Bica Braga rapidamente arrastaram-no para mais perto do mourão da cerca, para protegê-lo de outro tiro.


- Ajudem-me ... segurem-me... - pediu ao Trovão, que perplexo o fitava incrédulo.

A Raída, entendendo que o seu homem queria brigar e tomada de uma raiva surda, num movimento brusco escorou-se no mourão e abraçou-se por detrás de Selvino e o soergueu, foi quando puxou e levou o quarenta-e-quatro na mira. Sua mão já não empunhava com tanta firmeza a coronha do revólver, mas a determinação era grande.

Do outro lado do brejo um deles mirava com o fuzil. Certamente fora aquele que o acertara. O Selvino mirou na altura do seu rosto e atirou. Viu o tipo sentar junto com o estampido do quarenta-e-quatro, acertou. Do outro lado o Horácio descia lentamente para o chão, baleado na testa.

Selvino morreria no dia seguinte e Horácio dos Santos morreu minutos depois de ser baleado.





FONTE: Brígido Ibanhes, Selvino Jacques o último dos bandoleiros, o mito sul-matogrossense, 2a. edição, João Scortecci Editora, S.Paulo, 1995, página 280.








17 de maio

17 de maio


1906 - Ponce deixa Corumbá para retomar Cuiabá

Porto de Corumbá no início do século passado



Após um dia de agitação e festa, zarpa com destino a Cuiabá, onde deporia o governo de Totó Paes, a Divisão Naval Libertadora, título dado ao corpo expedicionário, comandado pelo coronel Generoso Ponce, que requisitara todas as embarcações de menor calado, capazes de navegar sem empecilho as águas mais rasas e o leito sinuoso do rio Cuiabá. Era composta de trinta barcos, entre eles os vapores Nioaque, Etrúria e Coxipó e mais as lanchas Rio Taquari, Ligúria, Rio Cuiabá, Elba, Uacurutuba, Floriano e Baia do Tamengo, cada uma destas levando atracadas duas chatas com subalternos e inferiores.¹ São 1800 homens o contingente desta Divisão do Sul a juntar-se com a do Norte, calculada em mais de mil. A 4000 somariam as forças ao atingirem Cuiabá.²

Uma das praças mais conhecidas de Corumbá homenageia o coronel Generoso Ponce, o principal líder político de Mato Grosso nas duas primeiras décadas da república.



FONTES: ¹Lécio Gomes de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd. Página 95 e ²Generoso Ponce Filho, Generoso Ponce, Pongetti, Rio, 1952, página 397.






1947 - Eletrificação da Noroeste


Na sessão ordinária da Assembléia Legislativa, em Cuiabá, o deputado nortista Clóvis Hugueney leu telegrama recebido pelo governador do Estado, comunicando que o presidente da República recebeu proposta da Metropolitan Victers para a eletrificação da Noroeste, sendo o pagamento através dos congelados em Londres e que o presidente aceitaria a proposta em princípio, determinando imediatos estudos e vindas de técnicos daquela firma. 

FONTE: Rubens de Mendonça, História do Poder Legislativo de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, Cuiabá, 1967, página 348.



17 de maio

1952 - Aberta a I Exposição Agro-Industrial de Dourados





É inaugurada a I Exposição Agro-Industrial de Dourados. Para essa exposição foram organizados os stands, de acordo a exigência de cada expositor, sem nenhuma despesa para o mesmo. Além disso, segundo o convite endereçado aos produtores aos vencedores foram "distribuídos instrumentos agrícolas e dinheiro, o que sem dúvida servirá de estímulo para que todos se interessem pelo melhor brilhantismo do certame".


FONTE: Regina Heloiza Targa Moreira, Memória Fotográfica de Dourados, UFMS, Campo Grande, 1990, página 105.

OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...