sexta-feira, 4 de outubro de 2013

7 de outubro

7 de outubro
 
1850 – Leverger assume e muda o governo para o Sul do Estado


Carta imperial nomeia o capitão de fragata Augusto Leverger, governador geral da província de Mato Grosso. Assumiu o governo a 11 de fevereiro do ano seguinte. Para o Sul do Estado, fato relevante de seu período à frente da província, foi a transferência provisória do governo para o forte de Coimbra, conforme relata Virgílio Correa Filho:

A ameaça de guerra próxima emborrascava os horizontes sulinos, quando Leverger teve ordem de concentrar toda a força da província na fronteira do Baixo-Paraguai, onde aguardaria a chegada dos navios, que deveriam transmontar o rio, com licença do solerte ditador ou à sua revelia. Iria apoiar, a montante, a ação do representante imperial que, a jusante, forçá-la-ia quando não lhe fosse permitida a passagem. Já era então Leverger, chefe de divisão, a que fora promovido a 2 de dezembro de 1854 e acumulava o Comando das Armas.


Poderia organizar a expedição e dar-lhe a chefia ao mais graduado dos seus colaboradores militares.


Preferiu, porém, por se tratar de missão incômoda, além de arriscada, não exigir o sacrifício alheio, sem o seu próprio exemplo.


Transferiu a sede do governo para Coimbra, onde se alojou, a 12 de fevereiro, e uma "pequena sala que servia ao mesmo tempo de secretaria, sala de ordens e de dois aposentos, o maior dos quais tem vinte palmos com quadra."

Mas, para não retardar o cumprimento de ordens que lhe mandassem a Corte, em viagem de dois a três meses, solicitou ao bispo D. José que l
he abrisse a correspondência oficial e entregasse ao aparelhamento burocrático, mantido em Cuiabá, as peças que o seu critério escolhesse.
 
Em Coimbra permaneceu de 12 de fevereiro a 17 de novembro de 1855.


FONTE: Virgílio Correa Filho, História de Mato Grosso, Fundação Júlio Campos, Várzea Grande, 1994, página 528



 7 de outubro
 
 
1871 – Corumbá e Miranda voltam a ser municípios



Lei provincial restaura os municípios de Corumbá e Miranda, suprimidos em novembro de 1869 em virtude da ocupação paraguaia:

1871 – N. 7 – Francisco José Cardoso Júnior, tenente-coronel do Estado Maior de primeira classe do Exército, bacharel em matemática pela escola militar, cavaleiro da ordem de S. Bento de Avis, oficial de Rosa e presidente da província de Mato Grosso. Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Provincial decretou e eu sanciono a lei seguinte:



Art. 1º - Ficam restaurados os municípios de Corumbá e Miranda, tão logo se nomeie para eles as autoridades civis e depois do competente juramento de um dos funcionários.


Art. 2º - De então em diante cessará a dessas freguesias ao município dessa cidade.


Art. 3º - A terceira comarca constará dos três municípios, de Corumbá, Miranda e Santana do Paranaíba.


Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário. Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir tão inteiramente nela se contêm. O secretário da província a faça imprimir, publicar e correr. – Palácio do governo de Mato Grosso em Cuiabá, aos 7 dias do mês de outubro de 1871, quinquagésimo da independência e do Império. – Francisco José Cardoso Júnior.


FONTE: Colleção das Leis Provinciaes de Matto-Grosso - 1835 a 1912, Cuiabá, página 18


7 de outubro

2020 - Inaugurado o primeiro crematório do Estado

Após 10 anos de estudo, Campo Grande passa a ter o primeiro crematério.

Sob o título acima o jornal "O Estado de Mato Grosso do Sulo, dava notícia a inaguração do primeiro forno crematório de Campo Grande. Empreendimento da Pax Nacional, o crematório está localizado nos altos da avenida Tamandaré em frente ao cemitério Parque das Palmeira. Com amplo espaço para velório e até com um columbiário, onde as cinzas do cadáver incinerado poderão ficar guardadas, como se fosse um cemitério, além de um local para queima de velas e uma capela para orações e meditações. A Pax Nacional, empresa de Campo Grande, tem como presidente, a empresária Nilma Ribeiro Cardoso. A responsável pela obra foi a arquiteta Alessandra Ribeiro.

FONTE: jornal O Estado (Campo Grande) 8 de outubro de 2020.

6 de outubro

6 de outubro

1778 - Fundação de Cáceres


Vista aérea de Cáceres em foto de 1953


A vila de São Luís de Cáceres foi fundada em 6 de outubro de 1778 pelo tenente de Dragões Antônio Pinto no Rego e Carvalho, por determinação do quarto governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso, Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres.

Cáceres, com o nome de Vila-Maria do Paraguai, em homenagem à rainha reinante de Portugal. No início, o povoado de Cáceres não passava de uma aldeia, centrada em torno da igrejinha de São Luiz de França. A Fazenda Jacobina destacava-se na primeira metade do século XIX por ser a maior da província de Mato Grosso em termos de área e produção. Foi lá que Sabino Vieira, chefe da Sabinada, a malograda revolução baiana, refugiou-se e veio a morrer em 1846.

O historiador Natalino Ferreira Mendes conta em seus livros que, em meados do século passado, Vila-Maria do Paraguai experimentou algum progresso, graças ao advento do ciclo da indústria extrativa, que tinha seus principais produtos no gado, na borracha e na ipecacuanha, o ouro negro da floresta, e à abertura da navegação fluvial.

As razões paraa fundação do povoado foram a necessidade de defesa e incremento da fronteira sudoeste de Mato Grosso; a comunicação entre Vila Bela da Santíssima Trindade e Cuiabá e, pelo rio Paraguai, com a capitania de São Paulo; e a fertilidade do solo no local, com abundantes recursos hídricos

Em 1860, Vila-Maria do Paraguai já contava com sua Câmara Municipal, mas só em 1874 foi elevada à categoria de cidade, com o nome de São Luiz de Cáceres, em homenagem ao padroeiro e ao fundador da cidade. Em 1938, o município passou a se chamar apenas Cáceres. Em fevereiro de 1883, foi assentado na Praça da Matriz, atual Barão do Rio Branco, o Marco do Jauru, comemorativo do Tratado de Madri, de 1750. Junto com a Catedral de São Luís - cuja construção teve início em 1919, mas só foi concluída em 65 -. os dois monumentos estão até hoje entre os principais atrativos turísticos da cidade.

A navegação pelo Rio Paraguai desenvolveu o comércio com Corumbá, Cuiabá e outras praças, e o incremento das atividades agropecuárias e extrativistas fez surgir os estabelecimentos industriais representados pelas usinas de açúcar e as charqueadas de Descalvados e Barranco Vermelho, de grande expressão em suas épocas

Em 1914, São Luís de Cáceres recebeu a visita do ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, que participava da Expedição Roosevelt-Rondon. Conta-se que ele ficou encantado com o comércio local, cujo carro-chefe era a loja 'Ao Anjo da Ventura', de propriedade da firma José Dulce & Cia, que também era dona do vapor Etrúria. As lanchas que deixavam Cáceres com destino a Corumbá levavam poaia (ou ipecacuanha), borracha e produtos como charque e couro de animais e voltavam carregadas de mercadorias finas, como sedas, cristais e louças vindas da Europa.

No início de 1927, Cáceres viveu dois acontecimentos marcantes: a passagem da Coluna Prestes por seus arredores, que provocou a fuga de muitos moradores, e o pouso do hidroavião italiano Santa Maria, o primeiro a sobrevoar Mato Grosso. .

A partir de 1950, as mudanças passaram a ser mais rápidas.No início dos anos 60, foi construída a ponte Marechal Rondon, sobre o rio Paraguai, que facilitou a expansão em direção ao noroeste do Estado. A chegada de uma nova leva migratória,causada pelo desenvolvimento agrícola que projetou pólo de produção no Estado e no pais, mudou o perfil de Cáceres, cuja ligação com a capital, Cuiabá, foi se intensificando à medida em que melhoravam as condições da estrada ligando as duas cidades. É nesse período que ocorre a emancipação dos novos núcleos sócios-econômicos.

Assim, emanciparam-se de Cáceres: o distrito de Mirassol D'Oeste, Rio Branco, Salto do Céu, Jauru, Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Reserva do Cabaçal, Figueirópolis, Porto Estrela, Glória D'Oeste e Lambarí D'Oeste.

ATIVIDADES ECONÔMICAS

A pecuária é a principal atividade econômica da cidade, que possui um dos maiores rebanhos de gado bovino do Brasil

A criação de jacaré do pantanal em cativeiro tem levado Cáceres ao mundo. No dia 01 de julho de 2008, o Primeiro e Unico Frigorifico de Jacaré da America Latina foi agraciado com o SIF - Serviço de Inspeção Sanitária, o que permitirá a comercialização da carne para todo o território nacional e para outros países.E tudo acontece em Cáceres, são 3 criatórios comerciais, um frigorifico e um curtume. A indústria do turismo vem crecendo muito nos últimos anos, destacando-se a pesca esportiva que atrai milhares de pessoas anualmente, onde no mês de setembro, é realizado o Festival Internacional de Pesca de Água Doce.

INFRA-ESTRUTURA

Nos últimos anos, Cáceres procurou estruturar-se como importante porto fluvial no contexto matogrossense, incorporando-se à política de Integração Latino-Americana, buscando a implantação do sistema de transporte intermodal, e a ligação por rodovia com a Bolívia e conseqüentemente uma saída para o Pacífico, evidenciando-se como grande opção para profundas transformações, não só para sua economia, como para Mato Grosso.

CLIMA 

A temperatura média anual é de 22,6°C,o clima é mais ameno devido ao pantanal, em Julho o clima torna-se mais frio, tendo a temperatura média 19,1°C (mínimas de 13°C e máximas de 26°C). Em Janeiro é quente, a temperatura média é 26,4°C (mínimas de 22°C e máximas de 33°C), porém as temperaturas podem chegar a 40°C. Devido a massas de ar polar atlântica, em julho, as temperaturas pode chegar a 5°C. A menor temperatura feita na cidade foi de -3,5°C (1975) registrando uma forte geada e sua maior 41,8°C em 1998. As geadas são raras registrando uma a cada 5 anos. Sua precipitação é de 1370mm anuais tendo, o perido chuvoso vai de outubro a março, os demais meses o clima fica muito seco em agosto a umidade pode chegar a 10%.

FONTE: IBGE


6 de outubro
 
1856 – Aberta navegação do rio Paraguai



Deixa Buenos Aires com destino a Corumbá a escuna Leverger, a primeira embarcação dirigida a Mato Grosso, após a reabertura da navegação do rio Paraguai pelo governo da República vizinha. As informações são do cônsul brasileiro na capital Argentina ao Ministério dos Negócios Estrangeiros:

Cumprindo a ordem que V. Exa. transmitiu-me por despacho de 13 do corrente mês, a respeito da comunicação das notícias relativas ao movimento do comércio e navegação brasileiros para a província de Mato Grosso, tenho a satisfação de levar ao conhecimento de V. Exa. que consta aqui haver chegado no porto de Assunção a escuna brasileira Leverger, notícia que foi comunicada ao consignatário dessa embarcação nesta cidade, sem ser acompanhada de nenhuma informação sobre a facilidade ou dificuldade que tenha encontrado a mesma embarcação para continuar a sua navegação.


É, porém, exato ter informado o sobrecarga da dita escuna que até Vila do Pilar (setenta léguas abaixo de Assunção) sempre encontrou toda a benevolência da parte das autoridades da República, mas, também é certo que, tendo o sr. presidente Lopez suspeitado que uma casa comercial desta praça cuja firma é Machain & Irmãos, que são cidadãos paraguaios, tem uma parte no carregamento do Leverger, mandou lavrar um decreto contra o chefe dessa casa comercial declarando-o fora da lei.


Como comuniquei a V. Exa., além da escuna Leverger, se preparavam aqui outras duas embarcações denominadas Diamantina e Pedro II, que deste porto sairão para o de Albuquerque, a primeira no dia 6 e a segunda no dia 27 deste mês.


Estas três expedições comerciais são de uma importância regular, pois que, segundo um cálculo que tenho feito, e dando um desconto à exageração dos preços das faturas apresentadas neste consulado mediante as quais se organizaram os manifestos de carga, julgo que se elevaram a cifra de setenta a oitenta mil pesos fortes, a fora o valor do frete.


É de supor que estas três escunas sejam os navios que tenham de inaugurar a nevegação fluvial para a província de Mato Grosso, e por este motivo eu sinto um verdadeiro prazer pela glória que me cabe de haver sido a primeira autoridade brasileira que despachou navios para aquele destino, glória que me foi proporcionada pelas estipulações do tratado de 6 de abril deste ano, negociado pelos plenipotenciários do Brasil e do Paraguai.


FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses(2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973página 191

FOTO: Porto de Corumbá no início do século XX. 



6 de outubro

1862 - Autorizada construção do novo prédio da alfândega de Corumbá

O Ministério da Fazenda do Império libera 20:000$ destinados ao início da construção de prédio para a alfândega de Corumbá, antiga reivindicação do governo da província e do comércio daquela cidade. A boa nova vem na seguinte comunicação oficial ao presidente da província de Mato Grosso:

"À presidência de Mato Grosso, declarar que, em vista do seu parecer n° 13 de 14 de maio último, fica autorizada para construir o novo edifício da alfândega da mesma localidade em que se acha, isto é, na antiga povoação de Albuquerque, hoje mais conhecida pelo nome de Corumbá.

E, atendendo este ministério ao movimento atual do comércio direto da província, e mesmo do futuro próspero que geralmente se lhe augura, entendendo não convir desde já levar-se a efeito uma obra grandiosa como qualquer das orçadas em 273:498$, 180:000$, ou mesmo a de 100:000$, e por isso fica por enquanto adotado o projeto de construção apresentado pela última presidência e planejado pelo engenheiro Lobo d'Essa, cuja planta e orçamento, na importância de 49:580$, ora se remetem para que mande executar a obra por meio de contrato, com as garantias e fiscalização do estilo, se aparecer para isso pretendente, ou por administração no caso contrário.

Nesta data é autorizada a tesouraria da fazenda da província a despender com o começo da dita obra no corrente exercício a quantia de 20:000$".

FONTE: Correio Mercantil (RJ), 29 de outubro de 1862.






5 de outubro

5 de outubro

1783 – Leme do Prado deixa administração de Corumbá






Pinto Figueiredo substitui João Leme do Prado na administração do povoado de Albuquerque (atual Corumbá), recém-fundado e relata ao governador Luís de Albuquerque a situação deplorável em que encontrou o povoado:

No dia 26 de agosto portei nesta povoação com toda a conduta a Salvamento e com o número completo de colonos que a V. Exa. já terá exposto o meu mestre de campo comandante.

Achei a dita povoação formalizada com uma casa de oração e uma rua de 27 pessoas de comprido, guarnecida de casas inúteis pois estão a cair, e toda a circunferência bastantemente decortinada.

Fez-me entrega o Cap.m Mor João Leme do Prado, de tudo aquilo com que se achava presente a Fazenda Real, por relação cuja remeto ao meu mestre de campo...

Ainda no mesmo ofício encarece ao governador a urgência de mandar para a povoação um curioso de cirurgia, a fim de curar um grande número de enfermos, e um sacerdote para a assistência espiritual.


FONTE: Lécio G. de Souza, Historia de Corumbá, edição do autor,sd., página 38




5 de outubro

1884 – Floriano Peixoto, governador de Mato Grosso

Nomeado por carta imperial de 11 de agosto, assume o governo do Estado perante a assembléia provincial em Cuiabá, o brigadeiro Floriano Peixoto, que sete anos depois estaria à frente da presidência da República. No Estado dedica-se à campanha abolicionista e a dirigir uma eleição tumultuada para preencher uma vaga de deputado na Câmara Geral, que terminou sendo anulada. 

“Sua administração – segundo Generoso Ponce Filho – foi proveitosa para Mato Grosso. Entre os serviços que este lhe deve conta-se o haver criado uma taxa sobre a erva-mate exportada, que Tomás Larangeira, desde 82, época da sua concessão, explorava sem qualquer contribuição para o erário. A Floriano se deve o haver atraído para a civilização 10.000 índios bororos coroados e o de ter incorporado às rendas da província a exploração do abastecimento de água da capital, que, embora executada a expensas do tesouro era explorada pelos construtores da obra.

Como administrador e como político Floriano Peixoto granjeia amizades duradouras no meio matogrossense.” 


FONTE:  Generoso Ponce Filho, Generoso Ponce, um chefe, Pongetti, Rio de Janeiro, 1952, página 53




5 de outubro 

1932 – Legalistas ocupam Três Lagoas






Oficialmente encerrada a revolução constitucionalista, com a rendição de São Paulo, as tropas governistas que combateram os rebeldes do Sul de Mato Grosso em Alencastro, Paranaíba, Santa Quitéria e Sucuriu, sem resistência, ocupam Três Lagoas:

Na manhã de 5 de outubro o tenente-coronel Flávio do Nascimento, após parlamentar com o comando revolucionário na cidade de Três Lagoas, transferiu seu QG para essa cidade. Em boletim especial expediu ordens aos comandantes do 21º BC, contingente da PM e patriotas no sentido de arrecadarem e recolherem ao material bélico do QG toda munição de guerra em poder dos soldados. Nesse dia à noite as tropas rebeldes evacuaram a cidade, embarcando em trem especial para Campo Grande.


FONTE: Lindolpho Emiliano dos Passos, Goiás de Ontem, Memórias Militares e Políticas, edição do autor, Goiânia, 1987, página 112.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

4 de outubro

4 de outubro



1772 - Cuiabá recebe novo governador



Chega a Cuiabá, a caminho de Vila Bela, onde assumirá o governo da capitania de Mato Grosso, o general Luis deAlbuquerque de Mello Pereira e Caceres. A passagem do governador é festejada pela população do distrito, conforme registro nos anais da Câmara:

"No dia 4 de Outubro pellas cinco horas da tarde entrou nesta Villa vindo pello caminho de terra o Illustrissimo e Excellentissimo General que ainda hoje existe governando, Luis de Albuquerque de Mello Pereira e Caceres, foi recebido na entrada da Villa pela Camara que o esperava em huma caza rica mente ornada, que para esse fim que se armou na paragem, e rua chamada a mandioca, e dahi conduzido debaixo de palio, que carregarão seis Republicanos, e acompanhados da mesma Camara, Nobreza, e Povo para a Igreja Matris, onde o esperava paramentado de capa o Reverendo Parocho como a mais eclerezia da terra, e depois de feitas as serimonias do incensso, e beijamento da Crus, entrou o dito Parocho o Te Deum Laudamus, que proseguio a Muzica. Findo este acto se recolheo da mesma forma para a rezidencia, que se lhe havia preparado, dando lhe os corpos auxiliar, e ordenanças as descargas do estillo; o que feito, e practicados as mais circunstancias de vidas, nessa mesma noite, e nas duas seguintes illuminarão os moradores as suas cazas. Depois houverão varios festeijos de operas, e Comedias em tablado publico, alem de danças, bailes, e outros festeijos, que durarão por muitos dias, sendo em todos geral o contentamento. Aqui se demorou té o dia tres de Novembro em que se digressou para a Capital de Mato Grosso pelo caminho de terra. Trouse consigo hum Capitam Ingenheiro chamado Salvador Franco da Mota, que tirou o plano desta Villa hum Ajudante de Auxiliares do Rio de Janeiro, que depois foi Capitão de Pedestres, e hum Capitam de Auxiliares do Reino chamado Antonio Pinto do Rego que foi tão bem Thenente de Dragões | e em poucos annos se recolheo rico para sua Patria". 


FONTE: Anais do Senado da Câmara do Cuiabá, página 101.



4 de outubro
 
1886 – Bispo de Cuiabá deixa Campo Grande



Igreja de Santo Antonio de Campo Grande visitada pelo bispo




Dom Carlos Luis D’Amour, a mais alta autoridade da igreja a visitar o povoado de Campo Grande, após cinco dias na vila, retorna a Cuiabá. O registro é do escriba da comitiva episcopal, cônego Benedito Severino da Luz:

À última hora, à hora da partida que foi as 7 da manhã, ainda fiz um casamento e três batizados na residência episcopal. Depois S. Exa. Rvma. dirigiu-se à igreja para fazer oração e seguir viagem sendo muitas e muitas vezes interrompido nesse trajeto pela piedosa ansiedade popular. Foi grande a demora que teve o Prelado no templo em conseqüência do embaraço em que se via com o povo, que se atropelava para manifestar mais uma vez a S. Exa. Rvma. os seus sentimentos de amor filial e beijar-lhe a mão pela última vez na despedida. Nessa ocasião foi lida essa mensagem:

'Exmo. e Rvmo. Sr. – Cabe-me como representante do povo campograndense dirigir a V. Exa. as minhas sinceras e cordiais felicitações por ter V. Exa. empreendido uma tão longa e penosa viagem, a fim de derramar sobre nós a vossa salutar bênção.
'Sim, Exmo. Sr., os povos privados de recursos espirituais, como sempre acontece com este, sentem e experimentam uma satisfação enorme por poder gozar dos benéficos resultados que nos dá a nossa religião pregada tão sabiamente por V. Exa., verdadeiro ministro de Cristo nesta província.
'Pobres como somos e imensamente distantes dos centros populares onde há instrução e recursos de toda natureza para se obsequiar a um tão ilustre Pastor como V. Exa., pedimos do íntimo da alma desculpa de nossas faltas, tanto que muito desejaríamos fazer de V. Exa., que acaba de conquistar a veneração e o respeito de um povo que fica verdadeiramente cativo e agradecido de tantas provas de bondade que soube angariar de todos nós.
Ide pois, Exmo. Sr., e ficareis certo que nós oraremos por vós todos os dias. – José Antônio Pereira'.

À saída da igreja o povo estendeu-se prostado de joelhos em duas alas e recebeu a bênção. Foi tocante, enternecedor e sublime este espetáculo de fervor e humildade das ovelhas e da paciência e mais que humana bondade do Pastor. Bem poucos puderam suster as lágrimas.


Eram 7,00 horas e três quartos quando o Exmo. Sr. bispo pôs-se em caminho, acompanhado e rodeado de um espantoso concurso de cavalheiros, que só o deixaram dali a duas léguas.



FONTE:Luis-Philippe Pereira Leite, Bispo do Império, edição do autor, sd, página 186

3 de outubro

3 de outubro


1886 - Em Campo Grande escravo recusa liberdade





Em todas as localidades em que passou durante sua longa missão pastoral no Sul do Estado, o bispo de Cuiabá, dom Luis D'Amour, conseguia, por generosidade dos donos ou por subscrição de abolicionistas locais, a alforria de escravos, como marca da generosidade de sua passagem. Em Campo Grande, sua última parada, aconteceu um caso inédito, narrado por seu escriba, cônego Bento Severiano da Luz:

Em memória da visita pastoral foram concedidas nesse arraial duas cartas de liberdade, não verificando-se a entrega de uma terceira, porque o preto opôs-se tenazmente a isso não querendo mudar de condição nem sair da casa de seu senhor.

Reza a tradição que ao chegar em Campo Grande, em sua segunda e definitiva viagem ao local, em 1875, já encontrou uma comunidade negra, presumivelmente, a atual comunidade São Benedito, de Eva Maria de Jesus, a tia Eva.

FONTE: Luis-Philippe Pereira Leite, Bispo do Império, edição do autor, Cuiabá, sd., página 185.


FOTO: Tia Eva, contemporâneo do fundador José Antonio Pereira.

  
3 de outubro

1908 – Criado o município de Bela Vista


Pela lei estadual no 502 a paróquia de Bela Vista é elevada à condição de município:

O coronel GENEROSO PAES LEME DE SOUZA PONCE, presidente do Estado de Mato Grosso. FAÇO SABER que a ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA decretou eu eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - Fica criado o MUNICÍPIO DE BELA VISTA com sede na povoação do mesmo nome, a qual é elevada à categoria de Vila.

§ Único - Os limites do município serão os mesmos do atual distrito.


Art. 2° - O Poder Executivo, de conformidade com a disposição do artigo antecedente e as leis em vigor sobre o assunto, designará oportunamente dia para ter lugar no novo município, a eleição dos poderes municipais; assim como fará o provimento dos cargos policiais e judiciários no mesmo.

Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário.

MANDO, portanto a todas as municipalidades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir fielmente.
O secretário da presidência do estado em Cuiabá e faça imprimir, publicar e correr.


Palácio da Presidência do Estado em Cuiabá, 3 de outubro de 1908, 20° da República. Generoso Paes Leme de Souza Ponce.

FONTE: Sydney Nunes Leite, Bela Vistauma viagem ao passado, edição do autor, Campo Grande, 1995, página 01.


3 de outubro

1931 - Corumbá contra militares na política

Os militares de Corumbá entram na polêmica da interferência dos militares na política. Em boletim especial, baixado nessa data, o coronel Meira Vasconcelos, comandante da guarnição e fronteira de Corumbá:

"Nesse documento, depois do coronel Vasconcelos dizer que o Exército está atualmente dividido em duas correntes, das quais uma quer e outra repele a interferência das classes armadas na política e de declarar-se partidário dessa última corrente, faz o seu signatário interessantes comentários sobre essa questão que já vem tendo o parecer unânime da opinião nacional".

O dever dos militares - Esse boletim termina com as seguintes considerações:

A persistência, pois, representa desvirtuamento de nossos desígnios, com rumos perigosos, e destoa do que sabemos dos exércitos onde buscamos ensinamentos. Sem querer este comando entrar em outras apreciações, lembra que é dever militar nosso ficarmos adstritos ao desempenho da função que se enquadra na razão de nossa organização e objetivos, deixando ao governo que a Nação escolheu a liberdade de que carece para que em breve possa se normalizar a situação política, econômica e social de nossa querida Pátria. Escalada desabrida às posições é como que uma repartição de despojos, e ferir funda e profundamente o próprio espírito revolucionário que idealizou uma Pátria sob o mesmo pálio da Justiça de que todos precisamos para que tenhamos orgulho de ser brasileiros, pois isso representa o respeito ao passado e às nossas tradições gloriosas".

FONTE: Diário da Noite (RJ), 09/01/1932




3 de outubro

1932 – Termina governo revolucionário de Mato Grosso

Com a deposição das armas por São Paulo no dia anterior, desaparece o governo revolucionário de Mato Grosso, que por quase três meses estabeleceu-se em Campo Grande. Vespasiano Martins, chefe do governo rebelde e a maioria de seus auxiliares diretos e companheiros de luta exilam-se no Paraguai. O interventor federal Antonino Mena Gonçalves vem a Campo Grande e nomeia Ytrio Correa da Costa, prefeito do município. 

FONTEJ. Barbosa Rodrigues, História de Campo Grande, edição do autor, Campo Grande, 1980  página 151


3 de outubro


1950 - Fernando Correa da Costa elege-se governador do Estado


No pleito que elegeu Getúlio Vargas presidente da República, vence a eleição para governador de Mato Grosso, o médico cuiabano Fernando Correa da Costa, ex-prefeito de Campo Grande. O resultado foi o seguinte: para governador, Fernando Correa da Costa (UDN) 42.286 votos e Filinto Müller (PSD) 38.801 votos. Para senador: Sílvio Curvo (UDN) 31.643 votos; Júlio Müller (PTB) 25.750 votos;e Arnaldo Estêvão de Figueiredo 19.471 vostos.
Elegem-se deputados federais pela UDN: Dolor Ferreira de Andrade, (de Campo Grande), Ataíde de Lima Bastos e Aral Moreira (de Ponta Porã); pelo PSD:João Ponce de Arruda (de Cuiabá), Filadelfo Garcia (de Ponta Porã) e Virgílio Correa Neto (de Cuiabá); e pelo PTB:Lício Proença Borralho (Ponta Porã). Para a Assembleia Legislativa foram eleitos 12 (UDN), 11 (PSD) e 7 (PTB).

Fernando Correa da Costa sucedeu ao governador Arnaldo Estêvão de Figueiredo (PSD), o primeiro governador do Estado, depois da ditadura do Estado Novo.

FONTE: Demosthenes Martins, A poeira da jornada (memórias), edição do autor, Campo Grande, 1980, página 171.




2 de outubro

2 de outubro

 
1866 – Guerra do Paraguai: índios chacinam retirantes

 


Em correspondência de Miranda ao seu pai no Rio de Janeiro, o cadete Taunay, membro da comissão de engenharia da força expedicionária brasileira, dá conta de chacina cometida por índios, durante a retirada dos brasileiros de Miranda, em fuga com a a aproximação do exército paraguaio. Em poucas linhas, o autor de "Retirada da Laguna," dá a notícia aterradora da traição dos cadiuéus nesse episódio:

Os índios cadineus, entretanto, gente conhecida pela falsidade e que nos serviam de intermediários em relação ao chefe de uma família, a de João Barbosa, seguiam os retirantes e aproveitando da confiança que inspiravam a todos assassinaram sem piedade até pobres crianças que encontramos em grande quantidade com o crânio fraturado a pauladas! A sorte das infelizes vítimas da ferocidade dos índios impressionou a todos e ainda mais a mim que depois da estarmos nos morros me achava ao correspondência com eles, recebendo todas as cartas que enviavam aos seus amigos.


FONTE:Taunay, Mensário do Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, janeiro de 1943, página 172

FOTO: Guaicurus, ascendentes dos cadiuéus. Foto meramente ilustrativa.




2 de outubro


1932Guerra civil brasileira: São Paulo depõe as armas



Tendo negociado a rendição em 29 de setembro, São Paulo, finalmente, depõe as armas, encerrando definitivamente a chamada revolução constitucionalista, que contou com a adesão de Campo Grande e outras cidades do Sul de Mato Grosso:

Klinger, de fato, não teve outra escolha senão a de por fim à resistência. Mandou suas forças, portanto, recuarem em direção a São Paulo, depondo as armas. Góis Monteiro, então, em 2 de outubro, após receber um telegrama de Herculano transmitindo uma indagação do governo estadual a respeito de suas funções, enviou-lhe ordens para depor Pedro de Toledo e assumir o governo. Como último ato oficial, Toledo e seu secretariado divulgaram no mesmo dia uma proclamação culpando a FPP pela cessação da luta. ‘Cessa, destarte, a vida do governo constitucionalista aclamado pelo povo paulista, pelo Exército Nacional e pela FP [Força Pública], e hoje por esta deposto,’ disseram os líderes rebeldes. ‘Fica encerrada nesta faixa do território brasileiro, a campanha militar pela restauração do regime legal. Mas o anseio não se sopitará,’ declararam. ‘Comprimida a campanha há de expandir-se, certamente, por não ser possível que um povo, como o nosso, persista em viver sob regime de arbítrio.



FONTE:Stanley Hilton, 1932 A guerra civil brasileira, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1982, página 324


2 de outubro

1968: STF mantém confinamento de Janio Quadros em Corumbá

O Supremo Tribunal Federal, por maioria de votos, denegou o pedido de "habeas corpus", impetrado pelo advogado Pedroso Horta, em favor do ex-presidente Jânio Quadros, em prisão domiciliar na cidade de Corumbá, desde o início de julho, por ato da ditadura militar, que, com base em ato de exceção, deliberou a medida repressiva, tendo como justificativa, o fato de estar o ex-presidente com seus direitos políticos suspensos, praticar atividades políticas.

Foi relator do processo, o ministro Rafael de Barros Monteiro, que o negou. Foram votos vencidos os ministros Hermes Lima, Evandro Lins, Vitor Nunes Leal e Gonçalves de Oliveira.

Reação de Janio - na sessão do dia seguinte no Senado Federal, o senador Josafá Marinho leu manifesto do ex-presidente, onde ele assegura que "o direito pleiteado não era pessoal e sim coletivo, porque de todos e de cada um, onde que que esteja o brasileiro, independente de sua origem ou condição ou do juízo que faça a meu respeito - a sentença alcanço-o, diminuindo-o, tal como me alcançou e diminuiu".

FONTE: Diário de Notícias (RJ) 3 e 4 de outubro de 1968.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

1° de outubro

1º de outubro


1777 – Assinado Tratado de Santo Ildefonso

A rainha de Portugal e o rei da Espanha, seu irmão Carlos III, firmam o Tratado de Santo Ildefonso, que a exemplo do Tratado de Madri de 1750, reconhecia os rios Paraguai e Guaporé como limites de suas possessões na América do Sul. “Portanto – informa Lécio G. de Souza – os territórios da margem direita do primeiro dos rios voltavam a ser espanhóis e, assim, tanto Coimbra com Albuquerque estavam fora dos domínios lusitanos.” O governador da província de Mato Grosso, Luis de Albuquerque e Cáceres, desrespeitou o tratado:

Não era norma albuquerquiana retroceder e o seu arbítrio de se manter ao ocidente do grande rio, calcado em atos de posse anteriores, não iria sofrer qualquer recuo.


No ano seguinte ao tratado, mandou erguer o forte Coimbra e a fundar a vila de Albuquerque, no Sul da província à margem direita do Paraguai, em território formalmente de propriedade do império espanhol.

FONTE: Lécio G. de Souza, História de Corumbá, edição do autor, Corumbá, sd, página 26


1° de outubro

1912 - Aquidauana recebe primeira visita de um governador de Estado


O vilarejo de Aquidauana, em foto do início do século passado
Costa Marques, segundo sentado da esquerda para a direita, e sua comitiva


A vila de Aquidauana, recém alcançada pelos trilhos da Noroeste, procedentes de Porto Esperança, recebe a primeira visita do governador do Estado.

Trata-se de Joaquim Augusto da Costa Marques, que em sua mensagem à Assembleia inclui o seguinte depoimento sobre a povoação:

No dia 1 de outubro partimos de Miranda e chegamos a Aquidauana. Esta vila, de recente fundação, é entretanto, atualmente, a maior e mais populosa do Sul do Estado. É dividida em duas partes pelo formoso rio Aquidauana e a comunicação entre uma e outra é feita por meio de uma pequena barca-pêndula. Reclamam os seus habitantes e a municipalidade a construção de uma ponte que realmente é muito necessária para facilitar essa comunicação entre o importante bairro da margem esquerda com a povoação da margem direita, e que muito desenvolverá também o seu comércio, feito por via terrestre e já bastante animado com os municípios de Nioaque, Campo Grande e Bela Vista. O 5º Regimento de Artilharia que ali tem sua sede, está aquartelado sobre a margem esquerda em uma casa velha de telha e outras de capim que despertam a idéia de um acampamento provisório, e que está em desarmonia com a beleza e propriedade do local. A vila está bem situada, o seu clima é bom e o seu futuro prometedor. Já se notam muitos prédios novos e muitos outros em construção, sendo bem delineadas e cuidadas as suas ruas e praças. A Estrada de Ferro Noroeste que ali tem uma estação, pretende estabelecer nessa vila as suas oficinas, tendo a edilidade lhe oferecido terreno apropriado para esse fim.


As escolas públicas dessa localidade, sendo uma de sexo feminino e outra de masculino, estão instaladas em casas particulares, alugadas. Por falta de uma casa, ainda não se pode instalar outra à margem esquerda do rio, cuja população escolar já comporta uma boa escola, e o Governo, de acordo com a municipalidade está tratando de adquirir uma casa nesse bairro para esse fim, pois atualmente as crianças são obrigadas a fazer, com risco e perigo, a passagem do rio para freqüentarem as escolas existentes na povoação da margem direita. É muito necessária a construção de um bom prédio destinado ao funcionamento das escolas reunidas, dado o aumento crescente da população dessa vila. A cadeia pública de Aquidauana, conquanto uma das melhores que encontrei no sul, não satisfaz e não tem compartimento para prisão de mulheres.


Mandei melhorá-la e construir ao lado cômodos para alojamento da força policial e murar o quintal. A municipalidade de Aquidauana ainda não tem casa própria. A estação telegráfica tem um aspecto agradável, porém é muito pequena em relação ao movimento do serviço. A vida é cara e o aluguel das casas bastante elevado, devido ao rápido aumento da população e morosidade das construções por falta de material e operários. Há várias casas de negócio regularmente sortidas, tanto na margem direita como na esquerda do rio. Visitei entre outros estabelecimentos particulares uma boa instalação a vapor para o fabrico do pão e da massa e torrefação de café. É a melhor que conheço no Estado e está na povoação na margem esquerda. A principal indústria deste município como de todos os outros do sul do Estado é a pecuária e a sua população bovina foi ultimamente calculada pelos principais criadores e pelo intendente em cerca de 126.000 cabeças; eqüinos 2.800; muares 450; caprinos 250; lanígeros 600; suínos 2.500.

 
Na mensagem presidencial uma preocupação com o meio ambiente local:


Notei e por toda parte reprovei, o mau costume que ali se tem, de se estabelecerem as habitações à montante das cabeceiras, prejudicando imensamente as vertentes, algumas das quais já estão quase extintas. É que essa gente confia demasiado naquela ubérrima e opulenta natureza, e por isso não pensa nem acredita que ela possa esgotar-se, nem sabe avaliar o mal futuro que a si próprio está fazendo.


 
FONTE:Simon  E.S. e Cardosos Ayala, Album Graphico do Estado de Matto Grosso, Corumbá/ Hamburgo, 1914, página 395



OBISPO MAIS FAMOSO DE MATO GROSSO

  22 de janeiro 1918 – Dom Aquino assume o governo do Estado Consequência de amplo acordo entre situação e oposição, depois da Caetanada, qu...